10ª Romaria da Terra e da Água do Piauí.
TERRA É FONTE DE VIDA
“Eu Ouvi O Clamor do Meu povo” no Cerrado.
De Uruçuí ecoa o grito dos povos do Cerrado
“A terra geme e seus filhos desfalecem;...
até os peixes do mar estão desaparecendo.” (Os 4,3).
“Olhei as montanhas: elas tremiam, e todas as colinas se abalavam”.(Jr 4,24).
O clamor do Cerrado:
O bioma do cerrado, a caixa d’água brasileira, no qual o cerrado piauiense é o 4º mais importante do Brasil, com uma área de 11.856.866 (onze milhões oitocentos e cinqüenta e seis mil, oitocentos e sessenta e seis hectares), o que corresponde a cerca de 34% do estado. Aproximadamente 10% desse ecossistema está sendo ocupado e utilizado com projetos agropecuários.
TERRA É FONTE DE VIDA
“Eu Ouvi O Clamor do Meu povo” no Cerrado.
De Uruçuí ecoa o grito dos povos do Cerrado
“A terra geme e seus filhos desfalecem;...
até os peixes do mar estão desaparecendo.” (Os 4,3).
“Olhei as montanhas: elas tremiam, e todas as colinas se abalavam”.(Jr 4,24).
O clamor do Cerrado:
O bioma do cerrado, a caixa d’água brasileira, no qual o cerrado piauiense é o 4º mais importante do Brasil, com uma área de 11.856.866 (onze milhões oitocentos e cinqüenta e seis mil, oitocentos e sessenta e seis hectares), o que corresponde a cerca de 34% do estado. Aproximadamente 10% desse ecossistema está sendo ocupado e utilizado com projetos agropecuários.
A monocultura da soja, a substituição da cobertura vegetal nativa pela monocultura do eucalipto e a produção de carvão e lenha representam as principais atividades degradadoras do Cerrado piauiense. Se este processo não for interrompido, em menos de 30 anos já não existirá mais o cerrado e conseqüentemente será transformado em áreas desertificada.
Dentre as inúmeras ameaças ao bioma cerrado estão: a expansão da agricultura e da pecuária; a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia; o uso de técnicas inadequadas de aproveitamento intensivo dos solos com o uso intensivo de maquinas equipamentos agrícolas; a utilização abusiva de agrotóxicos e fertilizantes; a ocupação desordenada, onde a área desmatada é duas vezes superior a área cultivada; a grilagem de terra;
Agronegócio E A Agricultura Familiar: Dois Pesos Duas Medidas
As pequenas propriedades, até 200 hectares, são responsáveis por 85% da produção de bananas; 78% do feijão; 60% do mamão; 92% da mandioca; 55% do milho; 76% do tomate; 72% do leite; 44% do arroz; enquanto que O Agronegócio produz para o mercado mundial. Produz para quem paga mais, sem se preocupar com a segurança alimentar.
No ano agrícola 2005/2006, o agronegócio recebeu 50 bilhões de reais, enquanto a agricultura familiar recebeu apenas 7 bilhões de reais, ou seja, os agricultores e agricultoras familiares que são muitos e muitas recebem muito pouco e produzem muito e os fazendeiros que são poucos recebem muito e produzem menos.
O Clamor dos Povos do Cerrado
Imersos neste degradante cenário de destruição do bioma do cerrado, onde o agronegócio busca ocultar o caráter concentrador e predador do latifúndio, do capital estrangeiro em nome de uma a produtividade voltada para atender os interesses do capitalismo neoliberal e os interesses da elite econômica e política do estado, os povos do cerrado clamam e propõe:
1. O Fim do Agronegócio, do Trabalho escravo e da degradação ambiental;
2. A criação de programas governamentais de conservação dos recursos naturais;
3. Créditos para a Agricultura familiar diversificada;
4. A Criação de reservas extrativistas nas áreas de populações tradicionais do cerrado e caatinga;
5. Punição para os responsáveis pelo trabalho escravo nas carvoarias e fazendas;
6. Programas de segurança alimentar que potencialize a agricultura familiar;
7. Fortalecimento e ampliação das redes de economia solidária da produção agrícola familiar;
8. Agilidade nos processos de desapropriação para fins de Reforma agrária e da regularização fundiária voltada para os agricultores/as familiares e camponeses/as.
9. Fiscalização do IBAMA em todas as áreas em que os Biomas vem sendo destruídos;
10. Desenvolver programas educacionais voltados para a cultura e políticas de convivência no cerrado, incluindo como disciplina curricular nas escolas públicas;
11. A execução do Programa Nacional de Conservação de uso sustentável do Bioma do Cerrado;
12. Auditoria nos processos de assentamentos através do crédito fundiário;
Somos Romeiros e Romeiras de fé e esperança:
Somos romeiros e romeiras, homens e mulheres do campo e da cidade, caminhamos com um só desejo, de proclamar que terra e as águas são sagradas. A vida da natureza, do cerrado e particularmente dos povos do cerrado, deve estar em primeiro lugar. Queremos construir o projeto de Jesus Cristo:“vida em abundância para todos, todas e tudo”. (cf. Jo 10,10).
A VIDA se manifesta no chão piauiense de múltiplas culturas e de biodiversidades, contrapõe com o sistema neoliberal e nos atribui a missão de promover a dignidade humana e a ecologia. O lucro, em detrimento da pessoa humana, submete os filhos e filhas de Deus a situações de exploração e marginalização. Os pobres e a natureza, em todos os lugares, são excluídos dos projetos de desenvolvimento implementados pelos governantes que agem a serviço da acumulação do capital das grandes empresas e corporações transnacionais. A “vida em semente”, em todo canto, nos impulsiona à ruptura com as estruturas capitalistas. A mãe terra, seus filhos e filhas e a irmã água clamam pela construção de uma sociedade sustentável.
A Reforma Agrária se faz necessária como caminho rumo à justiça social e à preservação ambiental. A concentração de terras, muitas dessas terras públicas e griladas, apropriadas pelos latifundiários e pelo agronegócio, de forma violenta e criminosa, provocaram a destruição da natureza, dádiva divina.
Agronegócio E A Agricultura Familiar: Dois Pesos Duas Medidas
As pequenas propriedades, até 200 hectares, são responsáveis por 85% da produção de bananas; 78% do feijão; 60% do mamão; 92% da mandioca; 55% do milho; 76% do tomate; 72% do leite; 44% do arroz; enquanto que O Agronegócio produz para o mercado mundial. Produz para quem paga mais, sem se preocupar com a segurança alimentar.
No ano agrícola 2005/2006, o agronegócio recebeu 50 bilhões de reais, enquanto a agricultura familiar recebeu apenas 7 bilhões de reais, ou seja, os agricultores e agricultoras familiares que são muitos e muitas recebem muito pouco e produzem muito e os fazendeiros que são poucos recebem muito e produzem menos.
O Clamor dos Povos do Cerrado
Imersos neste degradante cenário de destruição do bioma do cerrado, onde o agronegócio busca ocultar o caráter concentrador e predador do latifúndio, do capital estrangeiro em nome de uma a produtividade voltada para atender os interesses do capitalismo neoliberal e os interesses da elite econômica e política do estado, os povos do cerrado clamam e propõe:
1. O Fim do Agronegócio, do Trabalho escravo e da degradação ambiental;
2. A criação de programas governamentais de conservação dos recursos naturais;
3. Créditos para a Agricultura familiar diversificada;
4. A Criação de reservas extrativistas nas áreas de populações tradicionais do cerrado e caatinga;
5. Punição para os responsáveis pelo trabalho escravo nas carvoarias e fazendas;
6. Programas de segurança alimentar que potencialize a agricultura familiar;
7. Fortalecimento e ampliação das redes de economia solidária da produção agrícola familiar;
8. Agilidade nos processos de desapropriação para fins de Reforma agrária e da regularização fundiária voltada para os agricultores/as familiares e camponeses/as.
9. Fiscalização do IBAMA em todas as áreas em que os Biomas vem sendo destruídos;
10. Desenvolver programas educacionais voltados para a cultura e políticas de convivência no cerrado, incluindo como disciplina curricular nas escolas públicas;
11. A execução do Programa Nacional de Conservação de uso sustentável do Bioma do Cerrado;
12. Auditoria nos processos de assentamentos através do crédito fundiário;
Somos Romeiros e Romeiras de fé e esperança:
Somos romeiros e romeiras, homens e mulheres do campo e da cidade, caminhamos com um só desejo, de proclamar que terra e as águas são sagradas. A vida da natureza, do cerrado e particularmente dos povos do cerrado, deve estar em primeiro lugar. Queremos construir o projeto de Jesus Cristo:“vida em abundância para todos, todas e tudo”. (cf. Jo 10,10).
A VIDA se manifesta no chão piauiense de múltiplas culturas e de biodiversidades, contrapõe com o sistema neoliberal e nos atribui a missão de promover a dignidade humana e a ecologia. O lucro, em detrimento da pessoa humana, submete os filhos e filhas de Deus a situações de exploração e marginalização. Os pobres e a natureza, em todos os lugares, são excluídos dos projetos de desenvolvimento implementados pelos governantes que agem a serviço da acumulação do capital das grandes empresas e corporações transnacionais. A “vida em semente”, em todo canto, nos impulsiona à ruptura com as estruturas capitalistas. A mãe terra, seus filhos e filhas e a irmã água clamam pela construção de uma sociedade sustentável.
A Reforma Agrária se faz necessária como caminho rumo à justiça social e à preservação ambiental. A concentração de terras, muitas dessas terras públicas e griladas, apropriadas pelos latifundiários e pelo agronegócio, de forma violenta e criminosa, provocaram a destruição da natureza, dádiva divina.
Nossa fé e esperança: “O Deus da vida enxugará toda lágrima dos nossos olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!” (Ap 21,4). Anunciamos que a luz e a força de Deus brilham em nós, as comunidades se recriam, onde são estabelecidas novas relações entre as pessoas e a natureza, onde emergem e se fortalecem as organizações e lutas populares no campo e na cidade.
Por esta razão é que caminhamos em romaria, na esperança de chegar a terra prometida, carregamos na mochila e no coração a esperança de que um dia no campo e na cidade, todos e todas terão terra, água e pão, terão acesso às políticas públicas de saúde, moradia, educação, lazer, assistência social e soberania alimentar. Eis a glória de Deus brilhando e caminhando conosco! Sigamos firmes romeiros e romeiras, fiéis ao projeto de Jesus Cristo libertador, em irmandade com os e as mártires da caminhada, façamos desta 10ª romaria da Terra e da água o grito firme e profético de que a terra e a água são fontes de vida e precisa ser respeitada, preservada, cuidada e repartida!
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