terça-feira, 14 de dezembro de 2010

IV Encontro das Mulheres Quebradeiras de coco, Miguel Alves, PI
















IV Encontro das Mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves e eleição da Nova Diretoria

Tema: Fortalecendo nossa organização.

A Associação das Mulheres Quebreiras de Coco do Municipio de Miguel Alves, realizou o IV encontro na sede da Associação, comunidade do Ezequiel no dia 11 de dezembro de 2010.
O encontro contou com a presença de 62 mulheres. foi marcado com muita alegria e celebração das conquistas da caminhada.
Na parte da manhã foi trabalhado o tema: Fortalecendo nossa organização, dando ênfase ao processo já iniciado e a importância de continuar a organização dos pequenos grupos e o fortalecimento dos mesmos.
Na parte da tarde foi feito a eleição da nova diretoria da Associação.

Programação:

7:30h Chegada

8:00h Acolhida (Ezequiel)

8:30h Mística (Todos os Santos)

9:15h Apresentação da pauta do dia (Rose)

9:30h Assessoria – Fortalecendo nossa organização (Odete)

11:00h Leitura do Estatuto e apresentação dos nomes para a nova diretoria.

Atribuições de cada cargo (Rose e Josélia)

12:00h Almoço.

13:00h Retomando as atividades.

Momento de dança - animação

13:30h Encaminhamentos para o processo de eleição da nova diretoria.

Composição da equipe de eleição.

Chamada das sócias

Retoma a função de cada cargo

Eleição

Agradecimento a antiga diretoria e acolhida da diretoria eleita.

Encaminhamentos:

Calendário da Associação.

Assembléia 1º

Reuniões da diretoria

Encontro 2 de Março dia Internacional da Mulher.

Encerramento

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Encontro sobre Trabalho Escravo na diocese de Oeiras, PI



No fim de semana, dias 10 e 11, a diocese de Oeiras (PI) acolheu o Encontro de Formação sobre o Enfrentamento do Trabalho Escravo. O evento faz parte do Projeto da CNBB em parceria com a Cáritas Norte-Americana (CRS) que visa conscientizar os agentes de pastoral sobre a realidade do trabalho escravo no Brasil denominado Mutirão Pastoral para o Combate ao Trabalho Escravo.Participaram do encontro diversos agentes de pastoral da diocese de Oeiras e de outras dioceses do estado.

O encontro foi dividido em três momentos: num primeiro momento foi refletido o conceito do trabalho escravo a partir de situações reais vivenciadas por cidadãos do Piauí em diferentes estados da Federação. No segundo momento o grupo refletiu os mecanismos legais de combate ao trabalho escravo e de como concretizar uma denúncia envolvendo trabalhadores em regime de escravidão. No último momento discutiram-se os encaminhamentos necessários para uma atuação em âmbito regional visando o combate ao trabalho escravo no Piauí, dentre estes, a criação de uma comissão diocesana como referência no combate ao trabalho escravo; atuação junto às escolas e ambientes acadêmicos, no intuito de conscientização da realidade do trabalho escravo na região; formalizar denúncias de cidadãos vitimados pelo trabalho escravo.

A cada ano 40 mil pessoas são envolvidas em situação de trabalho escravo. No mundo são cerca de doze milhões de pessoas. O trabalho escravo reflete a realidade de desigualdade social do país. Ao lado de propriedades rurais que fazem uso de tecnologia avançada é possível encontrar pessoas vivendo em condições de trabalho análogas à escravidão.

O estado do Piauí revela uma característica especial por ser um estado de grande fluxo de migrantes para outros estados. Estes migrantes tornam-se vulneráveis ao aliciamento como mão-de-obra escrava.
“O desejo de todos e que estas realidades que ferem o mais profundo da dignidade humana possam enfrentadas com consciência cristão, pois é uma realidade contrária ao Reino de Deus”, destacou o assessor da Pastoral Afrobrasileira, padre Ari Antônio dos Reis.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Forum Estadual contra o trabalho escravo realiza premiação do Concurso Estudual Educar para Libertar

Em comemoração ao Dia Internacional de Direitos Humanos no Estado do Piauí, o Fórum de Combate ao Trabalho Escravo condecora Escolas Públicas que participaram do I Concurso Estadual Educar para Libertar

Um desafio nas Instituições Públicas de Ensino do Estado de mais de dezenas de municípios do Piauí para conhecimento e prevenção ao trabalho escravo foi feito, nos últimos dois anos, com o Programa Educar para Libertar, pelo Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, pela Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos e da Juventude, Comissão Pastoral da Terra do Piauí, FETAG/PI, Serviço Pastoral do Migrante, Cáritas Regional do Piauí, Rede Um Grito Pela Vida, SEDUC, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/PI), INCRA/PI, OAB/PI.

E no próximo dia 10 de dezembro de 2010, Dia Internacional dos Direitos Humanos, no auditório da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Piauí – SRTE/PI, às 10h, o Fórum consagrará suas atividades com premiação às escolas, professores e alunos que participaram do I Concurso Estadual Educar para Libertar, com o tema: Educação no Combate ao Trabalho Escravo, nas categorias Poemas, Paródias e Redações a alunos de Ensino Médio, Fundamental e EJA.

Segundo a Comissão Organizadora do Concurso o programa realizado nos municípios registrados com índices de trabalhadores resgatados em outros Estados e com prática de trabalho escravo no Piauí foram os principais nortes de atuação do Educar para Libertar e do programa Escravo Nem Pensar, da ONG Repórter Brasil e os avanços obtidos com este trabalho atribuem-se ao exercício pleno da cidadania, à luta pelo trabalho decente e pela prerrogativa máxima da dignidade da pessoa humana no Estado do Piauí.

A programação do evento estará marcada com solenidade de abertura das instituições envolvidas, apresentação do programa desenvolvido no Estado e entrega dos premiados no Concurso 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Primeiro assentamento inclusivo do país é inaugurado no Piauí

Propriedade em Colônia do Piauí abriga 35 famílias, sendo que 23 assentados possuem deficiência.

Implantar um assentamento rural é um feito de inclusão: distribui terras com moradia, água, energia elétrica e projeto produtivo aos trabalhadores rurais. Mais ainda é fazer tudo isso a um agrupamento de pessoas acometidas por algum tipo de deficiência; é quando se tem o real significado do termo inclusão social. Foi esta a ação da Coordenadoria de Crédito Fundiário, ao inaugurar no último sábado, 4, o primeiro assentamento inclusivo do Brasil e que fica em Colônia do Piauí, a 315km ao sul de Teresina.


“O bom de estar aqui é que não somos motivos de piadas, de brincadeiras ou mesmo de não fazer parte da comunidade. Aqui nós somos iguais e podemos criar nossos dois filhos deficientes com mais tranquilidade e sem discriminação”. Este é do depoimento de dona Carmelita Silva, mãe de 6 filhos, sendo dois portadores de necessidades especiais, Marlon, 27, e Amaury 17, ambos com paralisia infantil, que já moram no assentamento inclusivo.


Amaury Silva, 17 anos, estudante. Um dos moradores
do assentamento inclusivo. Ele teve paralisia
infantil que afetou os membros inferiores.





A mudança na vida das 35 famílias, sendo 23 assentados com algum tipo de deficiência, só inicia. A piscina para armazenamento da água para a irrigação foi adaptada aos deficientes, com 3 níveis de profundidade, que servirá também para atividades esportivas e fisioterapia.


Os associados já planejam construir uma sede da APAE – Rural e a viabilização de um projeto de equoterapia, através da doação de um cavalo para a realização de sessões de fisioterapia. A comunidade também já adquiriu um microônibus para transporte de alunos e dos pacientes portadores de necessidades especiais. O assentamento ainda conta com um posto de saúde e uma sala para reforço escolar e Brasil Alfabetizado.


“As ações do Crédito Fundiário objetivam criar raízes. Intensificar o vínculo homem do campo à terra. Este especialmente aprofunda as relações homem e terra, gera renda e ainda faz a inclusão social de pessoas acometidas por algum deficiência à sociedade”, afirma o Coordenador, José Maria de Araújo Costa.


Para tornar realidade o assentamento, feito em parceria com a Associação de Moradores de Pais, Amigos e Familiares de Excepcionais de Colônia do Piauí, foram investidos em torno de R$700 mil para a construção de 35 casas, implantação do sistema de abastecimento d’água, energia elétrica, projeto produtivo, o que inclui a aquisição de um trator, e mais assistência técnica. Serão 8 hectares destinados especialmente à cultura de acerola e maracujá, complementando com melancia e abóbora. A produção vai gerar retorno anual em torno de R$10mil, por cada família assentada.


Em todo Piauí, aproximadamente 13 mil famílias foram assentadas através do Crédito Fundiário, totalizando 594 assentamentos rurais. Estes números colocam o Piauí como referência nacional na política de distribuição de terra e geração de renda à família rural.

redacao@cidadeverde.com

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dia 1º de Dezembro dia Estadual de Luta Pela Reforama Agrária.

Dia 1º de dezembro a CPT - Piauí comemora o dia Estadual de Luta pela Reforma Agrária.

Neste dia Estadual de luta pela Reforma Agrária reafirmamos que a mesma se faz necessária e urgente como caminho rumo à justiça social e à preservação ambiental. A concentração de terras, muitas dessas públicas e griladas, apropriadas por latifundiários e o agronegócio, provoca destruição da natureza de forma violenta e criminosa, pondo em risco a vida do planeta.

O Agronegócio e a Agricultura Familiar: Dois Pesos Duas Medidas

Segundo dados oficiais, as pequenas propriedades, até 200 hectares, são responsáveis por 85% da produção de bananas; 78% do feijão; 60% do mamão; 92% da mandioca; 55% do milho; 76% do tomate; 72% do leite; 44% do arroz; enquanto que O Agronegócio produz para o mercado mundial. Produz para quem paga mais, sem se preocupar com a segurança alimentar. O que o Agronegócio produz vai para fora do país e só gera lucro para o capital estrangeiro. (IBGE, 2005)

No ano agrícola 2009/2010, a agricultura patronal recebeu 92,5 bilhões de reais como incentivo do Governo Federal, enquanto a agricultura familiar recebeu apenas 15 bilhões de reais, ou seja, os agricultores e agricultoras familiares que são muitos e muitas recebem muito pouco e produzem muito e os fazendeiros que são poucos recebem muito e produzem menos.

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA:

O INCRA se faz cada vez mais necessário para desenvolver o processo de Reforma Agrária no estado, porém, na forma como ele está estruturado onde setores estratégicos como a procuradoria, topografia entre outros, o quadro de servidores é insuficiente para garantia do cumprimento da meta física preestabelecida no seu plano operacional. As normas atuais que rege as ações do INCRA ao invés de facilitar o processo de reforma agrária, pelo contrário contribui para o emperramento. Outro problema agravante diz respeito à falta de compromisso de servidores com o referido projeto, causando prejuízo ao erário público e o que é pior não sofrem nenhuma punição por isso. Essa realidade faz com que a reforma agrária no sentido real de ser não avance e cada ano trabalhadores(as) rurais, Movimentos Sociais, Pastorais fiquem frustrados pelo não cumprimento das metas estabelecidas.

Todas as questões acima mencionadas fazem com que os processos de desapropriação e implementação das políticas públicas em favor dos assentados perdurem por muitos anos.

A reforma agrária é o caminho mais viável e eficiente para o desenvolvimento no campo.

INSTITUTO DE TERRA DO PIAUÍ - INTERPI:

O INTERPI é uma instituição que na forma como está estruturado, não responde as exigências que o Estado precisa para realizar o processo de regularização fundiária. Suas ações não respondem às necessidades do homem e da mulher do campo. Delegam para outros as responsabilidades que são suas. Sua forma de agir se dá dentro de uma estrutura ultrapassada. Os processos de regularização fundiária encaminhados pelos movimentos sociais, quando não estão engavetados, caminham a passos de tartaruga, por isso o INTERPI com a estrutura que tem, não tem razão de existir. Outra ação absurda e inaceitável é a compra de terras públicas estaduais pelo próprio Estado através do Crédito Fundiário. Enquanto isso, os trabalhadores e trabalhadoras rurais em áreas públicas devolutas encontram-se na maior miséria e sem meios para se desenvolverem.

GOVERNO DO ESTADO:

Os dados mostram que está havendo diversas realizações do governo tanto em nível estadual como federal em prol do desenvolvimento, no entanto, no que diz respeito às políticas adotadas para o campo não tem contribuído para um crescimento sustentável, tendo em vista que o modelo adotado segue a lógica do agronegócio, (monocultivo, agrotóxicos, insumos químicos, desmatamento, carvoarias), que pode até gerar divisas imediatistas, mas é uma prática nociva em qualquer tipo de bioma, levando ao sacrifício as gerações futuras e promovendo práticas de trabalho degradante e até mesmo escravo.

Vale ressaltar que o agronegócio não é prejudicial apenas na produção em grande escala, mas principalmente na agricultura familiar, onde os camponeses possuem apenas a pequena propriedade para a produção de alimentos.

Discordamos com a forma como é tratada a política de “reforma agrária”, dando prioridade ao crédito fundiário, (reforma agrária de mercado), política essa que reforça o latifúndio, e não mexe com a estrutura fundiária tão perversa, herança do Brasil colonial.

Outra atitude por nós repudiada trata-se da interferência do governo estadual em processos de desapropriação de imóveis rurais, como por exemplo, Aroeiras no município de União, prejudicando famílias que há décadas moram e trabalham na área. Essa forma de agir contribui para o inchamento das periferias das cidades e para o crescimento da miséria e da marginalidade.Não podemos nos calar, é nossa missão lutarmos pela conquista da terra, com justiça e dignidade.

Coordenação Regional da CPT Piauí


Teresina, 01 de dezembro de 2010