Para pessoas jurídicas: saiba como fazer doações dedutíveis do Imposto de Renda.
Os
impactos sociais e ambientais causados pelo desenvolvimento não
sustentável estão no centro da agenda mundial. Ao mesmo tempo, o Brasil
deve ocupar o posto de quinta maior economia do mundo nos próximos cinco
anos. Parte significativa desse salto deve acontecer por conta da
produção, processamento e comercialização de matérias-primas e
alimentos, que estão aumentando em ritmo frenético para suprir a demanda
interna e externa. O problema é que ser o "celeiro do mundo" tem o seu
lado ruim: na perspectiva de alcançar o futuro, adotam-se práticas do
passado.
Nos últimos 16 anos, mais de 41 mil pessoas foram
libertadas do trabalho escravo em fazendas, carvoarias, oficinas de
costura e canteiros de obras espalhados pelo país. Nesse mesmo período,
lideranças sociais foram assassinadas em conflitos agrários; extensas
áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal foram desmatados ilegalmente e
indígenas acabaram despejados de suas terras para dar lugar a lavouras
ou hidrelétricas. O progresso veio, mas nem sempre trouxe felicidade a
todos.
E se por um lado isso traz dor e sofrimento a milhares de
pessoas, por outro mancha de forma indelével a imagem do país e de seus
produtos. Em um contexto de acirrada competição global, em que barreiras
não tarifárias são erguidas por qualquer motivo, os repetidos casos de
trabalho infantil, tráfico de meninas ou contaminação por agrotóxicos
podem e serão usados como justificativa.
Para que esses casos de
violações aos direitos cessem é necessário, antes de mais nada,
informação confiável e de qualidade. Dados que mostrem onde o problema
está, análises que desvendem sua natureza, metodologias que indiquem
como resolvê-lo.
A Repórter Brasil é reconhecida
como a mais importante fonte de informação sobre trabalho escravo no
Brasil, dentro e fora do país. Suas reportagens, pesquisas e metodologia
educacional são usadas pelo poder público, o setor empresarial e a
sociedade civil como instrumentos diários de trabalho. Sem elas, seria
impossível combater esse crime contra os direitos humanos, sem elas o
Brasil não seria considerado o principal exemplo mundial no combate ao
problema.
A Repórter Brasil caminha para se
tornar a principal fonte de análises e informações sobre os conflitos no
campo e as violações aos direitos sociais e ambientais dos povos e
trabalhadores rurais. Com isso, as lideranças sociais, políticas e
econômicas dos três setores contarão, cada vez mais, com ferramentas
para trabalharem por um desenvolvimento feito de forma justa e
democrática.
O que os agrocombustíveis precisam ter para garantir
que sejam realmente limpos? É possível identificar as mercadorias que
causaram graves impactos sociais e ambientais em sua produção e
retirá-las do mercado? Como garantir que a educação de crianças, jovens e
adultos os preparem para os desafios que enfrentarão na zona rural da
quinta maior economia do mundo?
A Repórter Brasil está, há 10 anos, trabalhando para fornecer as respostas para essas perguntas.
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Leonardo Sakamoto
Diretor da Repórter Brasil