terça-feira, 28 de agosto de 2012

CPT participa do Encontro do GAETE em Teresina.




Começou nesta quinta (23), o encontro do Grupo de Articulação Interestadual de Enfrentamento do Trabalho Escravo (GAETE), promovido pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região - Piauí em parceria com a Associação dos Magistrados da 22ª Região. O objetivo do evento é conscientizar a sociedade para a importância de atitudes que busquem combater o trabalho escravo.
O coordenador do evento, o juiz Titular da Vara do Trabalho de Bom Jesus, Carlos Wagner, chamou atenção para a importância da troca de experiências entre os atores socais de enfrentamento do trabalho

Trabalhadores do Assentamento Nova Conquista- Monsenhor Gil-PI
escravo para avaliar as ações positivas de combate a essa dura realidade nos principais estados exportadores de mão-de-obra escrava, como é o caso do Piauí.

De acordo com o juiz Carlos Wagner, na Vara do Trabalho de Bom Jesus os fundos arrecadados estão sendo utilizado para realização de ações que visam mudar essa realidade. Ele exemplificou informando sobre a aplicação direta de fundos arrecadados em multas trabalhistas na compra de 
Joana Lucia- Coordenadora da Comissão Pastoral da Terra -Piauí
120 livros para a UESPI e na construção de 2 poços tubulares em comunidades da zona rural de Bom Jesus. Atuando de um lado, na educação como principal elemento de conscientização, e do outro, permitindo condições mínimas para que o homem do campo não fique fragilizado e se sujeite a esse tipo de atividade.

As duas ações simplórias servem muito mais como exemplos de que é possível atuar nas mais diferentes áreas para combater esse mal que denigre o trabalhador rural. No combate ao trabalho escravo, toda ajuda é bem vinda.

A Consultora da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Mariana Castilho, falou sobre  o segundo Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.
Também presente no evento, Thiago Casteli, que faz parte do programa educativo "Escravo Nem Pensar", da ONG Repórter Brasil de SP, explicou que é fundamental desenvolver atividades que promovam essa discussão sobre o trabalho escravo para conscientizar a sociedade para importância do combate dessa realidade.
Começou nesta quinta (23), o encontro do Grupo de Articulação Interestadual de Enfrentamento do Trabalho Escravo (GAETE), promovido pela Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região - Piauí em parceria com a Associação dos Magistrados da 22ª Região. O objetivo do evento é conscientizar a sociedade para a importância de atitudes que busquem combater o trabalho escravo.

O coordenador do evento, o juiz Titular da Vara do Trabalho de Bom Jesus, Carlos Wagner, chamou atenção para a importância da troca de experiências entre os atores socais de enfrentamento do trabalho escravo para avaliar as ações positivas de combate a essa dura realidade nos principais estados exportadores de mão-de-obra escrava, como é o caso do Piauí.

De acordo com o juiz Carlos Wagner, na Vara do Trabalho de Bom Jesus os fundos arrecadados estão sendo utilizado para realização de ações que visam mudar essa realidade. Ele exemplificou informando sobre a aplicação direta de fundos arrecadados em multas trabalhistas na compra de 120 livros para a UESPI e na construção de 2 poços tubulares em comunidades da zona rural de Bom Jesus. Atuando de um lado, na educação como principal elemento de conscientização, e do outro, permitindo condições mínimas para que o homem do campo não fique fragilizado e se sujeite a esse tipo de atividade.

As duas ações simplórias servem muito mais como exemplos de que é possível atuar nas mais diferentes áreas para combater esse mal que denigre o trabalhador rural. No combate ao trabalho escravo, toda ajuda é bem vinda.

A Consultora da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Mariana Castilho, falou sobre  o segundo Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.
Também presente no evento, Thiago Casteli, que faz parte do programa educativo "Escravo Nem Pensar", da ONG Repórter Brasil de SP, explicou que é fundamental desenvolver atividades que promovam essa discussão sobre o trabalho escravo para conscientizar a sociedade para importância do combate dessa realidade.

O GAETE envolve entidades dos estados do Piauí, Maranhão, Pará, onde a questão é mais sensível, formados por entidades governamentais como a Justiça do Trabalho, Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretarias de Direitos Humanos, além de entidades não-governamentais, como Comissão Pastoral da Terra, Repórter Brasil, dentre outras.

O evento prossegue nesta sexta-feira (24) no auditório do Fórum Trabalhista, Juiz Jesus Fernandes de Oliveira, na Avenida Miguel Rosa.

Material da Campanha de Olho aberto para Não virar Escravo
Mariana Castilho- Consultora Consultora da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

 

 
 

 
  

 
  




Volta a Goiás



Padre lembra 25 anos de atentado
Crime ocorreu em 1987, no município de Mossamêdes. Religioso defendia a reforma agrária
Malu Longo 23 de agosto de 2012 (quinta-feira)
Aos 78 anos de idade e há 5 de volta à sua cidade natal, Carpi, na Itália, o padre Francesco Cavazzuti desembarcou em Goiânia na semana passada para participar das celebrações que lembram os 25 anos do atentado que o deixou cego dos dois olhos. O crime, ocorrido na noite do dia 27 de agosto de 1987, no município de Mossâmedes, a 150 quilômetros de Goiânia, na Região do Mato Grosso Goiano, entrou para a história goiana como um dos marcos da luta pela reforma agrária. Muito lúcido e com as marcas da violência no rosto, o padre Chico como ficou conhecido nas paróquias por onde passou, é um brincalhão, mas ainda se emociona ao falar da experiência que viveu.
Hoje, em Goiânia, ele se faz uma celebração íntima na casa de uma das pessoas que o acompanharam em sua trajetória na Comissão Pastoral da Terra (CPT). No sábado, padre Cavazzuti estará na cidade de Goiás onde, às 20 horas, haverá uma celebração no Centro Diocesano. E, na segunda-feira, quando se completam exatos 25 anos do atentado contra sua vida, ele vai celebrar uma missa na igreja paroquial de Mossâmedes.
Após o atentado, padre Cavazzuti se recuperou em São Paulo (SP) e na Itália e voltou para Mossâmedes, onde continuou como pároco até 2002. Depois, foi para Itapirapuã, de onde saiu há cinco anos para retornar à Itália.
Ontem, na sede da Comissão de Justiça e Paz dos Dominicanos, em Goiânia, padre Chico recebeu a equipe do POPULAR. Ao seu lado estavam a irmã, a também religiosa Tereza Cavazzuti, que veio com ele da Itália, e os companheiros de uma longa jornada na atuação nos direitos humanos, Sebastião Donizete de Carvalho, Flávio Alves Barbosa e Vilma Ribeiro de Almeida, fiéis escudeiros que ainda sonham em tê-lo de volta.
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“A luta pela justiça nunca é em vão”



23 de agosto de 2012 (quinta-feira)
Wildes Barbosa

O padre Francesco Cavazzuti relembra, em entrevista exclusiva ao POPULAR, o encontro com seu algoz, e diz que atentado foi contra a diocese. “Eles, os proprietários de terra, ficaram com raiva de mim e falaram: ‘Tem de tirar esse falador daí senão estraga tudo’.” 

Que avaliação o senhor faz desse processo todo 25 anos depois?
Examinando as coisas não apenas do ponto de vista social, mas do ponto de vista da fé Deus entrou de cheio nessa história. Ele não permitiu que se realizasse o plano dos homens que era matar. Deus salvou minha vida. Foi como se dissesse: “Eu sou dono da vida, não vocês”. E fez mais nesse ato de amor: acrescentou 25 anos para continuar a trabalhar na missão que ele me confiou quando fui ordenado padre, pastor da Igreja Católica.

Então, chegou a visitar o Marcelino Antônio, o homem que atirou no senhor? Foi um encontro difícil?
Foi em Mossâmedes, antes da transferência para a cadeia em Goiânia. Terminei de celebrar a missa e saindo, estava de mãos dadas com um jovem e eu disse que gostaria de visitar o Marcelino na cadeia. Já no corredor, diante da cela, eu o cumprimentei, ele respondeu e depois me disse: “Sinto muito ter cegado o senhor. Eu devia matar. Me pagaram para isso”. Aí segurei a mão dele e disse que ele tinha me feito um mal muito grande que levaria para a vida toda, mas o perdoava. E disse que de mim ele não poderia ter medo, porque não arrumaria ninguém para fazer vingança e até chamei para tomar um café juntos, mas lembrei que a lei civil, a lei do país, ele teria de enfrentar. Segundo o jovem que estava comigo, ele voltou para a cama, abaixou a cabeça e disse: “Padre, não venha mais aqui”.

Foi muito difícil a perda física sofrida pelo senhor?
Sim, a perda das vistas foi um problema muito sério, mas depois de um certo tempo passei a reconhecer os lugares onde morei, as ruas e as casas. Em Mossâmedes quase sempre andava sozinho. Ao longo do caminho encontrava crianças que me acompanhavam.

Na época, o Marcelino alegou que tinha atirado porque o senhor se negou a batizar os filhos dele. Como o senhor analisa essa versão.
O atentado foi pela vida pastoral da diocese. Eu acredito que por força das orações da igreja, na justiça do Evangelho e obrigação da igreja de realizar na medida do possível de realizar essa justiça para mostrar que o reino de Deus chegou. E foi essa pregação da justiça que irritou essas pessoas. Eles, os proprietários de terra, ficaram com raiva de mim e falaram: “Tem de tirar esse falador daí senão estraga tudo”. Por isso inventaram três processos contra mim - um em Jussara, outro de Goiás e outro em nível federal - e a acusação era sempre a mesma: eu era comunista, subversivo e revolucionário. Meu advogado disse ao acusador que se eu era comunista, tinha que mostrar a carteirinha do Partido Comunista. Era uma acusação sem provas.

Nesses 25 anos o senhor acompanha esses fatos? O que aconteceu com a pessoa que atirou no senhor?
Sim. O pistoleiro, condenado a 12 anos, ficou quatro anos na cadeia e foi solto por bom comportamento. Ele foi para Rondônia e me contaram que comprou uma grande fazenda com o dinheiro que recebeu para me matar. Pagaram muito bem. Não temos provas, mas falamos para a polícia que tinha sido os mandantes, eles foram ouvidos, mas nunca incomodados.

Nesses 25 anos a Igreja Católica mudou muito. A Renovação Carismática Cristã avançou assumindo o lugar das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Como o senhor analisa isso?
Eu tenho conhecimento de que certos setores da Igreja Católica no Brasil foram calados, pediram para ficarem mais quietos. Se conseguiram calar algumas hierarquias, os leigos não. Muitos que aprenderam conosco, nas CEBs, a justiça pelos mais pobres, eles continuam fazendo. Há uma lista de jovens em Goiânia, Mossâmedes, Sanclerlândia e Goiás que continuam nessa caminhada, graças a Deus. Continuam fazendo a justiça pelos mais pobres. A semente não morreu, continua brotando. É preciso que a justiça se torne o ideal desse mundo, o fermento da política, dos sindicatos, do trabalho para o bem do povo. Não tem justiça, não tem evangelho. Nós temos o comando do Cristo, filho de Deus, não de um Karl Marx qualquer. Eu sou revolucionário, sim, não em nome de Karl Marx, de Lênin, de Stálin, de Mao Tsé Tung. Não me interessa esses homens, mas Cristo sim.

A Renovação Carismática hoje tem um papel muito forte dentro da Igreja Católica.
Eu não gosto muito desses movimentos porque me parecem espirituais demais porque o homem não é feito só de espírito, mas também de matéria. E temos que tomar conta dos dois na mesma hora. Nós também damos valor à oração, ao espiritual, aos sacramentos, mas não paramos aí. Sabemos que tem gente que precisa comer para viver. Primeiro tem que matar a fome. As pessoas têm necessidades físicas e espirituais. Acho o trabalho da Renovação Carismática limitado. Nós não ficamos só no material, mas demos importância a ele porque era necessário para o espiritual continuar. Nosso povo é religioso e as pessoas precisam rezar, mas não é só, também precisa comer. Deus sabe que as pessoas precisam da oração, mas não podem esquecer do corpo.

Como está sua vida em Carpi?
Aos domingos e sábados ajudo os vigários em paróquias maiores, onde tem apenas um padre. Vou celebrar, fazer pregações, fazer palestras e confessar. Graças a Deus ainda tem muita gente que vai pedir perdão a Deus pelos seus pecados porque reconhece que tem falhas e precisa se livrar deles.

O senhor acha que a luta pela terra avançou no Brasil?
Sim. Eu mesmo tive a satisfação, antes de sair de Itapirapuã, de ver assentadas cem famílias que viviam em barracas na periferia. As famílias estão lá unidas e algumas já construíram suas casas, estão tirando o seu sustento da terra.

O atentado não foi em vão?
Não. A luta pela justiça nunca é em vão (choro).
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oficina sobre geraçao de renda/ diocese de parnaiba.


Geração De Renda

As trinta e uma famílias da Comunidade Barra Do Taguari, participaram do curso de artesanto a parti do aproveitamento do babaçu e da carnaúba, o referido curso aconteceu nos dia 26 a 29 de julho, que assessorado pelas irmã Joselia Diniz e Irma Lucimar, no aproveitamento do babaçu, e nos demais dias foram assessorado pelas Antonia Lira, Lidiane Paiva, no trançado de carnaúba, as mesma moram e fazem parte do grupo de mulheres da comunidade jacaré da vermelha. O referido curso teve todo apoio do sindicato dos trabalhadores (as) rurais de Esperantina.