Ibama autoriza instalação da usina de Belo Monte
Liberação da obra foi envolvida por polêmicas, como queda de presidentes do instituto e manifestações agressivas, e muito atraso
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acaba de autorizar a instalação da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.
A liberação da obra foi envolvida por polêmicas, que passaram por queda de presidentes do Ibama, manifestações agressivas de índios e organizações não-governamentais e muito atraso. O projeto inicial de Belo Monte vem de décadas atrás e a o governo teve de reduzir o tamanho de represa para acatar demandas da sociedade.
Segundo o Ibama, o licenciamento "foi marcado por robusta análise técnica e resultou na incorporação de ganhos socioambientais". Entre eles, destaca o instituto, a garantia de vazões na Volta Grande do Xingu suficientes para a manutenção. Para o governo, essa medida é suficientes para a manutenção dos ecossistemas e dos modos de vida das populações ribeirinhas.
Nas negociações para liberação da licença, o Ibama e a empresa Norte Energia (Nessa) firmaram um Acordo de Cooperação prevendo apoio logístico às ações de fiscalização na região para controlar os crimes ambientais, como o tráfico de animais silvestres e a exploração ilegal de madeira na região.
Segundo o Ibama, a Nesa terá de investir cerca de R$ 100 milhões em unidades de conservação na bacia do rio Xingu a título de compensação ambiental, conforme determina a legislação vigente.