Trabalhadores bolivianos foram encontrados em condições de escravidão em três confecções de São Paulo, fornecedoras da marca de roupas Zara.
Segundo o Ministério do Trabalho, três fornecedores foram alvos da investigação, dois na capital e um em Americana, no interior paulista.
Na capital, as duas oficinas eram de bolivianos, mas de responsabilidade da griffe. Ao todo, as duas tinham 15 funcionários. As duas oficinas foram fechadas. Os trabalhadores receberam indenização conjunta de R$ 140 mil.
Uma adolescente de 14 anos chegou a ser encontrada trabalhando em uma das oficinas — ela contou que só podia sair do local, onde também morava, com autorização dos chefes.
ESTRAGO NAS REDES SOCIAIS
As redes sociais viraram o canal de escape de milhares de consumidores brasileiros indignados com as denúncias de trabalho escravo contra confecções que prestavam serviço à Zara.
No Twitter, entre os dez assuntos mais comentados do Brasil, dois dizem respeito ao assunto: Zara e trabalho escravo.
“Me arrependo desde já por ter feito compras na #Zara, que escraviza bolivianos”, postou um internauta pelo Twitter.
“Todo mundo comprando calça Zara achando que é importada e a calça é feita por escravos bolivianos”, postou outra internauta.
Além do Twitter, uma grande de quantidade de internautas está manifestando sua opinião no perfil oficial da marca no Facebook.
Na última postagem da marca, que exibe um vídeo da coleção de inverno, a maior parte dos comentários é de brasileiros exibindo descontentamento com a acusação.
“Vergonha mundial. Fora do Brasil”, diz um dos comentários no perfil oficial da Zara no Facebook.
Até espanhóis mostraram indignação com a Zara — a Inditex, controladora da marca, é espanhola.
OUTRO LADO
A Inditex, controladora espanhola da Zara, reconheceu a irregularidade nos fornecedores.
A rede afirmou que, ao ter conhecimento dos fatos, exigiu que o fornecedor responsável pela terceirização não autorizada regularizasse a situação “imediatamente”.
A empresa também disse que conta com cerca de 50 fornecedores fixos, que somam mais de 7.000 colaboradores, e que possui um sistema de auditoria anual das condições de trabalho em seus fornecedores.
Leia mais em: http://www.materiaincognita.com.br/reacoes-ao-trabalho-escravo-na-confeccao-de-roupas-zara/#ixzz1VjHjmher