quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Solidariedade

Dom Luiz Cáprio, Reiniciou o Jejum pela vida .
Somos solidárias e solidários neste momento, e reafirmamos o compromisso na incansável teimosia em dizer não a transposição do Rio São Francisco.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Sem-terra ocupam Prefeitura de União - PI

Cerca de 250 Pessoas ocuparam no dia 22 de novembro a sede da Prefeitura de União. A ocupação foi promovida pela associação de Moradores de Tranqueira e pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de União.
A ocupação é uma forma de pressão para que a Prefeitura faça o cadastro dos moradores, que o Instituto de Terras do Piauí faça um levantamento da área e que o Governo do Estado regularize o terreno, como havia sido acordado no dia 29 de agosto deste ano, mas não foram tomadas as providências pelos órgão públicos.
170 famílias ocupam 557 hectares na localidade de Tranqueira desde 19 de novembro de 2004. Segundo Manoel Mariano de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de União, a ocupaçao ocorreu porque as providências que os órgão públicos se comprometeram não foram cumpridas. Ele ainda disse que estão aumentando os conflitos no campo em União por causa da expansão da área de plantio da Comvap, empresa que produz álcool e açúcar. "Agora estão querendo despejar os moradores da localidade Saco".

Encontro CPT

A Comissão Pastoral da Terra esteve reunida no dia 09/11/2007 na Bahia para um dia de encontro. No primeiro momento houve troca de experiencias sobre as várias formas de armazenamento de água. O que nos chamou atenção é a cisterna de enchorrada e a outra é a barragem subterrânia. No Piauí se trabalha com a cisterna calçadão.
Com o conhecimeto deta nova técnica, pretendemos trazer esta experiência da cisterna de enchorrada e subterrânea para o Forum Piauiense e discutir quais as possiblididades de implementação no Piauí, tendo em vista que estas causam menos impacto amabiental
A barragem subterrânea possibilita acumular água no subsolo, podendo fazer plantio ao seu redor.
JOdian Aparecido.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Microregional de Curimatá

UGM – COMISSÃO PASTORAL DA TERRA – MICROREGIONAL DE CURIMATÁ

P1MC FAZ PARADA PARA BALANÇO

O Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido – Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), depois de 05 anos de existência, fez uma parada, com o objetivo de fazer um balanço geral, através de um processo de avaliação e de prestação de contas do Programa. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), sendo uma Unidade Gestora do Programa, faz uma avaliação muito positiva do mesmo, uma vez que tem possibilitado para as famílias do semi-árido, mobilização, formação, controle social e principalmente, melhoria na qualidade de vida das famílias. Neste período de atuação, a UGM – Comissão Pastoral da Terra, com a contribuição de muita gente boa, apresenta os seguintes dados:

* Atuação direta em 04 Municípios (Morro Cabeça no Tempo, Júlio Borges, Avelino Lopes e Curimatá);
* Construção de 1.125 cisternas;
* 1.125 famílias mobilizadas e capacitadas (diretamente);
* 60 jovens capacitados em confecção de bomba manual;
* 120 pedreiros capacitados;
* Criação e atuação efetiva de 04 GTMs (Grupos de Trabalhos Municipais), com média de 10 pessoas cada;
Além desses dados, a UGM CPT também realizou neste período:

Acompanhamento às atividades da CPT diocesana;
Acompanhamento ao processo de luta em defesa da serra vermelha;
Trabalho de parceria com STRs, paróquias e Associações;
Realização de 02 programas de rádios semanal (em 02 Municípios);
Outras atividades

Informamos que a equipe da UGM parou suas atividades desde o dia 30 de outubro último. Está sendo discutido entre UGC/ASA e MDS a possível assinatura de um novo contrato que se acordado deverá reiniciar as atividades em janeiro de 2008.

Paulo Henrique
Membro do Secretariado da CPT Regional

Água fonte de vida



Momento da celebração - água fonte de vida - quando compartilhada é benão.

Em meio a dura realidade da seca, as flores trazem toda beleza.

Inauguração das Cisternas




Inauguração da 16 cisternas na comunidade Boi Morto - São Raimundo Nonato - 13-11-2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

20 de novembro dia da Consciência Negra!

Diga não ao preconceito racial! denuncie qualquer discriminação.
O preconceito ainda é forte em nosso país por isso não podemos calar.
Hoje é um momento forte para celebrarmos a resistêcia do povo negro.

Marcelo Barros *

Fontes - Adital
Nesta semana, ao recordar o martírio de Zumbi dos Palmares, que, no dia 20 de novembro de 1697, deu a vida pela liberdade do povo negro e para que nunca mais nenhuma pessoa humana seja escravizada, grupos sociais de todo o Brasil se unem para celebrar a valorização da negritude e a contribuição das culturas afro-descendentes para o nosso país. O Dia da União e Consciência Negra nos remete à riqueza de uma sociedade pluralista, na qual a originalidade de cada cultura seja não só respeitada, mas possa contribuir com o conjunto. Zumbi dos Palmares não é herói apenas dos que se reconhecem negros e sim de todo o povo brasileiro. Ele e todos os que lutaram pela liberdade e igualdade dos seres humanos possibilitaram que o Brasil se reencontre finalmente com sua alma negra e possa assumir o fato de ser, mais do que qualquer país africano, a pátria da maior população negra do mundo.
Infelizmente, mais de 300 anos depois do martírio do Zumbi, as pesquisas oficiais confirmam: o Brasil branco continua sendo 2,5 vezes mais rico que o Brasil negro. Apesar das políticas sociais do governo terem conseguido tirar mais de oito milhões de brasileiros da miséria, as diferenças entre negros e brancos não têm diminuído. Os negros chegam a ser 64% da população brasileira mais pobre. Enquanto esta realidade não for transformada, a lei que proíbe o racismo continuará sendo, na prática, desrespeitada. A sociedade mantém a máscara do respeito à igualdade de todos, mas se organiza de forma que os negros continuem social e economicamente discriminados. Eles vivem esta experiência há mais de cem anos, quando foram "libertados" da escravidão, sem qualquer indenização, nem política social que permitisse o mínimo de integração social aos ex-escravos, jogados à rua, sem casa, sem trabalho e sem nenhum direito social.

Desde a Conferência da ONU contra o racismo em Durban (África do Sul, 1991), cresce no mundo a idéia de exigir "indenização pelos anos de escravidão" e formular "uma política de reparação pelas injustiças sofridas". O mundo pagou indenização aos judeus pelo que sofreram nos anos do holocausto nazista. Governos de países latino-americanos que torturaram pessoas e assassinaram militantes em épocas de ditadura aceitam pagar indenizações às famílias pelo que os seus pais e avós sofreram. Entretanto, até aqui nenhum dos países que se enriqueceram com o seqüestro e a escravidão dos irmãos e irmãs da África aceitam restituir um pouco do que roubaram a estes povos, hoje, empobrecidos e em situações de grande carência. Ao contrário, governos e empresas de países da Europa, como também dos Estados Unidos continuam explorando diamantes e petróleo de vários paises africanos através da mão de obra quase escrava e da conivência de governos corruptos que se enriquecem à custa da miséria de seus cidadãos.

Tudo o que pode favorecer a superação de quaisquer preconceitos e discriminações deve ser apoiado para que consigamos construir relações em que as pessoas se enriqueçam com os diferentes e as diferenças. Neste assunto, ainda temos longo caminho a percorrer. No Brasil, a atual política de cotas nas escolas ou em certos trabalhos públicos tem defeitos e não atinge a raiz dos problemas, mas provisoriamente, pode ajudar a que a população negra e seus descendentes tenham mais condições de acesso à sociedade na qual sempre foram discriminados. O jornal Valor dedicou a capa do seu suplemento semanal de fim de semana ao fato de que a Universidade Zumbi dos Palmares, que tem 87% de seus alunos negros, formou sua primeira turma (ela foi criada em 2003). Conforme o jornal, a maioria destes 126 alunos, formados em Administração de Empresas e Direito, já se submetem a concursos e exames de admissão em empresas nacionais e internacionais. O resultado está sendo um excelente índice de aprovação (Cf. Valor, 09- 11/11/ 2007).

É importante este reconhecimento do talento de tantos jovens que, antes eram praticamente impedidos de aceder à universidade e a certos empregos simplesmente por serem negros e pobres. Entretanto, esta integração só vale a pena se, para ser incluídas na sociedade, as pessoas não precisem renunciar a sua identidade original e quase deixar de ser negras. Ora, um dos grandes valores das culturas afrodescendentes é justamente não se privar de sua liberdade em função das conveniências do mercado. O que toda sociedade brasileira pode aprender de muitas comunidades negras é que o sentido da vida é possibilitar a todos condições de se humanizar na convivência uns com os outros e na valorização dos elementos mais gratuitos da vida, como o lazer, a arte e a busca espiritual.

Sobre isso, as Igrejas cristãs têm uma dívida moral com as culturas e religiões negras. Se no passado, diversas Igrejas condenaram e perseguiram estas formas de fé, atualmente, o Conselho Mundial de Igrejas, que reúne 340 confissões cristãs, afirma que ninguém pode, em nome do Evangelho, negar o direito das comunidades negras ou indígenas de ter suas tradições espirituais próprias e autóctones, como não se pode menosprezar sua forma de crer e cultuar a Deus.

Zumbi não conseguiu o fim da escravidão, menos ainda a superação do racismo. Mas, sua história e seu exemplo nos ajudam a prosseguir o caminho da liberdade e a lutar contra qualquer tipo de discriminação e injustiça. Ainda hoje, milhares de brasileiros/as cantam com convicção: "Ei, ei, Zumbi, Zumbi, ganga meu rei, você não morreu, você está em mim...".

Semi-Árido: o mais chuvoso do planeta

* Leonardo Boff, teólogo.

O romancista Graciliano Ramos, o pintor Di Cavalcanti e o cantor-sanfoneiro Luis Gonzaga nos acostumaram a associar o semi-árido nordestino à seca. Mas se trata de uma visão curta e parcial. Os últimos anos conheceram notável mudança de leitura. Estudos minuciosos e trabalhos consistentes suscitaram uma visão revolucionária. Fala-se menos de seca e mais de Semi-Árido com o qual se deve conviver criativamente. Nesta tarefa ganham relevância ONGs, comunidades eclesiais de base, a Articulação do Semi-Árido (ASA) que inclui 800 entidades ao redor do projeto "um milhão de cisternas" (já se construíram 200 mil) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC) de Feira de Santana-BA que atua em 50 municípios. O melhor apanhado desse processo prático-teórico nos é oferecido pelo exímio conhecedor da bacia do São Francisco, Roberto Malvezzi, com seu livro "Semi-Árido: uma visão holística" (Pensar o Brasil 2007). O eixo central é entender o Semi-Árido como bioma e a estratégia consiste na convivência não com a seca, mas com o Semi-Árido.

Tal bioma, chamado caatinga, recobre uma área de 1.037.00 km quadrados com rica biodiversidade. Na época da seca quase tudo hiberna. Mas basta chover, de setembro a março, para, em alguns dias, tudo ressuscitar com um verdor deslumbrante. Não há falta de água. Como média caem 750 mm/ano. É o Semi-Árido mais chuvoso do planeta. Mas pelo fato de o solo ser cristalino (70%), impedindo a penetração da água, acrescentando-se ainda a evaporação por insolação, perdem-se anualmente cerca de+ 720 bilhões de litros de água. Recoletada, seria mais que suficiente para toda a região.

A estratégia da convivência com o Semi-Árido "visa a focar a vida nas condições socioambientais da região, em seus limites e potencialidades, pressupondo novas formas de aprender e lidar com esse ambiente para alcançar e transformar todos os setores da vida". Com efeito, os vários grupos que por lá atuam, utilizam o método Paulo Freire que consiste, fundamentalmente, em criar sujeitos ativos, autônomos e inventivos. Assim aprendem a aproveitar todos os recursos que a caatinga oferece, utilizando tecnologias sociais de fácil manejo com o propósito de garantir a segurança alimentar, nutricional e hídrica através da agricultura familiar e de pequenas cooperativas.

Entre muitos, três projetos são notáveis: o da construção de um milhão de cisternas de bica que recolhem água da chuva dos telhados, conduzindo-a diretamente para o reservatório de 16.000 litros hermeticamente fechado. O outro é "uma terra e duas águas" (o "1+2"): visa garantir a cada família uma área de terra suficiente para viver com decência, uma cisterna para abastecimento humano e outra para a produção. Por fim, o Atlas do Nordeste, proposta da Agência Nacional de Águas para beneficiar 34 milhões de nordestinos do meio urbano, custando a metade da transposição. Esse projeto se opõe à transposição, qualificada como "a última obra da indústria da seca e a primeira do hidronegócio".

Os referidos projetos, se implementados, custarão muito menos, atenderão a mais gente e não causarão impactos ambientais. Por fim, cito duas outras iniciativas do MOC: o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), oferecendo educação contextualizada às crianças e o Baú da Leitura. São baús cheios de livros que percorrem as comunidades entretendo as pessoas com leituras, interpretações e teatralização, fazendo o povo pensar. De fato, o ser humano não nasceu para passar fome, mas para irradiar, como diz um de nossos poetas-cantadores.

*Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Incêndio destrói acampamento




Uma sequência de incêndio ocorrida na tarde do sábado dia 17-11 causou uma trájedia no acampamento Aroeiras no município de União-PI. foram totalmente destruídas cerca de 20 casas,as familias perderam todos os seu pertences, roupas, alimentos. Os incêndios começaram nas florestas e se espalharam para em volta do acampamento dos sem-terra.
o Cenário do assentamento é de desolação, toda mata ao redor foi destruída, as palmeiras de babaçu, tudo virou tronco seco, queimado, restando só carvão.

Entrega do documento da posse da terra ao Sr.Chico Vicente


EMISSÃO DE POSSE DO IMÓVEL BARRA DO TAQUARI – MUNICÍPIO DE BARRAS – PI

Depois de muitos anos de luta, resistência onde os moradores e moradoras da área Barra do Taquari sofreram os mais diversos tipos de ameaças e violência, tais como, impedimento do acesso a água, matança de animais, ações infundadas na justiça e delegacia de polícia, pressão psicológica, enfim, no dia 13 de novembro de 2007 saiu a emissão de posse da referida área.
E para coroar esse momento com chave de ouro, as famílias receberam da Superintendência do INCRA o título de emissão de posse em clima de festa, onde houve uma grande celebração retratando a história de luta das famílias, como também um almoço comunitário para todos os presentes.
Grefório Borges.

Emissão de Posse - Barra do Taquari

sábado, 17 de novembro de 2007

Organizações denunciam caso Keno para a ONU

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Via Campesina e a organização de direitos humanos, Terra de Direitos, entregaram documento com denúncias do assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira (Keno), de 34 anos, por uma milícia armada, contratada pela multinacional Syngenta Seeds, ao Relator Especial da ONU sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, durante audiência em Brasília, no dia de ontem. A notícia é do sítio da Terra de Direitos, do dia 13.
Além de assassinar Keno, no ataque ao acampamento da Via Campesina, que aconteceu em 21 de outubro, no campo experimental de transgênicos da empresa, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná, mais cinco trabalhadores foram gravemente feridos, entre eles Isabel do Nascimento de Souza, que levou um tiro na cabeça, à queima roupa, atingindo o olho, perfurando o pulmão e alojando-se próxima à coluna vertebral. Ela ainda foi espancada e arrastada pelos pistoleiros. Em conseqüência, perdeu a visão de um olho.

O caso é um exemplo de execução de dirigentes de movimentos sociais e da impunidade e conivência de autoridades com o crime e a violência no Brasil. O documento também apresenta um histórico de vários ataques de milícias armadas, que vem sendo praticados por pistoleiros contratados ilegalmente por organização de fazendeiros, contra trabalhadores rurais no Paraná. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra, em 2006 o Estado apresentou o maior número de conflitos de terra no campo brasileiros, ao todo foram 76 casos de conflitos por terra.
Fonte: Adital

Encontro Nacional de Formação - Territorialidade e Quilombos.

Em carta divulgada após o encerramento do Encontro Nacional de Formação "Territorialidade e Quilombos" - realizado na cidade de Goiânia entre os dias 26 e 28 de outubro -, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciou a campanha mentirosa que está sendo orquestrada para atingir várias comunidades quilombolas, desqualificando sua identidade, sua luta e seu direito a ter o domínio de seu território.
Dita campanha, que é apoiada por alguns meios de comunicação influentes, busca frear a luta, "legítima e constitucional, das comunidades quilombolas de todo Brasil para ter reconhecido, demarcado e titulado o seu próprio território, nos faz renovar nosso compromisso de fidelidade junto a todas e todos que lutam por terra, alimento e vida na paz", acrescentou a CTP.
A carta final do Encontro, que reuniu cerca de 120 agentes e representantes quilombolas de vários estados, exigiu ainda o reconhecimento e a titulação de todos os territórios quilombolas do Brasil, para que o povo possa construir relações comunitárias com a terra, com a água e com toda a natureza; construir relações de fidelidade com os ancestrais e com as futuras gerações.
A CPT se comprometeu com uma luta firme: contra toda a discriminação e a violência étnica, cultural e religiosa que, apesar de ilegal, continua presente em nossa sociedade e em várias igrejas ou movimentos eclesiais; para exigir que as políticas públicas para as comunidades quilombolas sejam decididas com a participação deliberativa das mesmas, de modo a evitar todo assistencialismo e irregularidade; para que o Incra, superando seu crônico imobilismo.
"O protagonismo corajoso e perseverante das comunidades quilombolas levou à elaboração de uma base legal que legitima seus direitos e à implementação de políticas públicas afirmativas que, mesmo insuficientes, são um passo indispensável para que lhes seja feita justiça", disse a carta.
Os participantes do encontro, saídos da Bahia, Minas Gerais, Pará, Goiás e outros, discutiram questões como a importância do território para as comunidades tradicionais, políticas públicas e governamentais para o povo quilombola e para trocar experiências de luta, dificuldades e resistência. Em um debate para entender, com as exposições, um pouco mais da cultura e da identidade quilombola.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Oficina - Trabalho Escravo

Nos dias 27 e 28-11-2007 acontecera no Auditório da DRT- PI o encontro para elaboração do Plano Estadual de Combate ao Trabalho Escravo e os Desafios para o próximo Treênio.

Programação: 27-11
Apresentação dos participantes
O que é trabalho escravo para nós?
Diálogos com Frei Xavier - CPT Nacional e Anfrisio-FTAG - PI
Dabate e sintese.
Almoço
Grupos de leitura e discussão do Plano Estadual de Combate ao Trabalho Escravo para identeificação de Direitos.
Fechamento do dia

28-11
Apresentação da sintese do dia anterior
Definição das prioridades
Encerramento.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

VOZ DA MÃE TERRA

VOZ DA MÃE TERRA (poema de Lúcia Silva, adaptado)

Estou cercada
Estou marcada
Estou presa e não posso mais
Nas mãos de poucos que são tiranos
Que não repartem em porções iguais

Eu a mãe terra de que falas
Eu gero a vida e tudo mais:
Trago comigo o grande grito
A dor que sinto já é demais

Sou mãe do índio
Sou mãe do negro
Sou mãe do branco e quero paz.
Sou a mãe terra e gero a Vida e tudo mais...

Eu sou amada, sou desejada,
Por meus filhos
Por minhas filhas
Pelas plantas e os animais

Escute o apelo, ouça o meu grito
“Ouvi o clamor do meu povo no cerrado”
Com a irmã água sou fonte de Vida
Quero ser livre e gerar mais!

Estou cercada
Estou marcada
Estou presa e não posso mais
Nas mãos de poucos que são tiranos
Que não repartem em porções iguais

Eu sou amada, sou desejada,
Por meus filhos
Por minhas filhas
Pelas plantas e os animais
Sou a mãe terra, e com a irmã água eu gero a Vida e tudo mais...

Bênção de envio as romeiras e romeiros

Como o sol e a chuva descem do céu e para lá não voltam
Sem ter regado a terra tornando-a fecunda e fazendo-a germinar
Dando semente ao semeador e pão a quem tem fome,
Tal ocorre com a experiência vivida nesta 10ª Romaria da terra e da Água!
Regada pela palavra de Deus e da Vida
Ela germina da terra e não retorna sem produzir frutos.
A terra se abre e produz a salvação e faz brotar a justiça para os povos do cerrado!

Queridos Romeiros e Romeiras

Que o Deus da Vida e da Libertação, os abençoe
no caminho de volta para suas casas e comunidades
e continue conduzindo os passos de vocês
rumo a terra prometida hoje e sempre; Amém!

Que o Deus de Jesus Cristo, os abençoe no caminho da paz,
da justiça e da solidariedade com a esperança incansável
de que na luta dos pequenos o projeto do Reino se faz semente; Amém!

Que o Deus Espírito Santo, os abençoe com a coragem ousada
dos profetas e profetizas que ontem e hoje
acreditam e confiam na força libertadora dos
pequenos que com fé se põem em Romaria para
afirmar com toda a força do teu ser que a Terra
e a Água são fontes de Vida! Amém!

A Benção de Deus Trindade, Pai, Filho
e Espírito Santo desça sobre vocês como
tenda que abriga; água, pão e o vinho que alimenta e
mata a sede; Luz e fogo que aquece e ilumina;
Terra que germina e produz frutos de Vida! Amém!

Vá na benção e abençoado e abençoada seja benção para o irmão e a irmã que encontrares no caminho, que contigo acredita e assume a causa da Vida e da libertação! Amém!

Carta da Romaria.

10ª Romaria da Terra e da Água do Piauí.
TERRA É FONTE DE VIDA
“Eu Ouvi O Clamor do Meu povo” no Cerrado.

De Uruçuí ecoa o grito dos povos do Cerrado

“A terra geme e seus filhos desfalecem;...
até os peixes do mar estão desaparecendo.” (Os 4,3).
“Olhei as montanhas: elas tremiam, e todas as colinas se abalavam”.(Jr 4,24).

O clamor do Cerrado:

O bioma do cerrado, a caixa d’água brasileira, no qual o cerrado piauiense é o 4º mais importante do Brasil, com uma área de 11.856.866 (onze milhões oitocentos e cinqüenta e seis mil, oitocentos e sessenta e seis hectares), o que corresponde a cerca de 34% do estado. Aproximadamente 10% desse ecossistema está sendo ocupado e utilizado com projetos agropecuários.
A monocultura da soja, a substituição da cobertura vegetal nativa pela monocultura do eucalipto e a produção de carvão e lenha representam as principais atividades degradadoras do Cerrado piauiense. Se este processo não for interrompido, em menos de 30 anos já não existirá mais o cerrado e conseqüentemente será transformado em áreas desertificada.
Dentre as inúmeras ameaças ao bioma cerrado estão: a expansão da agricultura e da pecuária; a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia; o uso de técnicas inadequadas de aproveitamento intensivo dos solos com o uso intensivo de maquinas equipamentos agrícolas; a utilização abusiva de agrotóxicos e fertilizantes; a ocupação desordenada, onde a área desmatada é duas vezes superior a área cultivada; a grilagem de terra;

Agronegócio E A Agricultura Familiar: Dois Pesos Duas Medidas

As pequenas propriedades, até 200 hectares, são responsáveis por 85% da produção de bananas; 78% do feijão; 60% do mamão; 92% da mandioca; 55% do milho; 76% do tomate; 72% do leite; 44% do arroz; enquanto que O Agronegócio produz para o mercado mundial. Produz para quem paga mais, sem se preocupar com a segurança alimentar.
No ano agrícola 2005/2006, o agronegócio recebeu 50 bilhões de reais, enquanto a agricultura familiar recebeu apenas 7 bilhões de reais, ou seja, os agricultores e agricultoras familiares que são muitos e muitas recebem muito pouco e produzem muito e os fazendeiros que são poucos recebem muito e produzem menos.

O Clamor dos Povos do Cerrado

Imersos neste degradante cenário de destruição do bioma do cerrado, onde o agronegócio busca ocultar o caráter concentrador e predador do latifúndio, do capital estrangeiro em nome de uma a produtividade voltada para atender os interesses do capitalismo neoliberal e os interesses da elite econômica e política do estado, os povos do cerrado clamam e propõe:

1. O Fim do Agronegócio, do Trabalho escravo e da degradação ambiental;
2. A criação de programas governamentais de conservação dos recursos naturais;
3. Créditos para a Agricultura familiar diversificada;
4. A Criação de reservas extrativistas nas áreas de populações tradicionais do cerrado e caatinga;
5. Punição para os responsáveis pelo trabalho escravo nas carvoarias e fazendas;
6. Programas de segurança alimentar que potencialize a agricultura familiar;
7. Fortalecimento e ampliação das redes de economia solidária da produção agrícola familiar;
8. Agilidade nos processos de desapropriação para fins de Reforma agrária e da regularização fundiária voltada para os agricultores/as familiares e camponeses/as.
9. Fiscalização do IBAMA em todas as áreas em que os Biomas vem sendo destruídos;
10. Desenvolver programas educacionais voltados para a cultura e políticas de convivência no cerrado, incluindo como disciplina curricular nas escolas públicas;
11. A execução do Programa Nacional de Conservação de uso sustentável do Bioma do Cerrado;
12. Auditoria nos processos de assentamentos através do crédito fundiário;

Somos Romeiros e Romeiras de fé e esperança:

Somos romeiros e romeiras, homens e mulheres do campo e da cidade, caminhamos com um só desejo, de proclamar que terra e as águas são sagradas. A vida da natureza, do cerrado e particularmente dos povos do cerrado, deve estar em primeiro lugar. Queremos construir o projeto de Jesus Cristo:“vida em abundância para todos, todas e tudo”. (cf. Jo 10,10).
A VIDA se manifesta no chão piauiense de múltiplas culturas e de biodiversidades, contrapõe com o sistema neoliberal e nos atribui a missão de promover a dignidade humana e a ecologia. O lucro, em detrimento da pessoa humana, submete os filhos e filhas de Deus a situações de exploração e marginalização. Os pobres e a natureza, em todos os lugares, são excluídos dos projetos de desenvolvimento implementados pelos governantes que agem a serviço da acumulação do capital das grandes empresas e corporações transnacionais. A “vida em semente”, em todo canto, nos impulsiona à ruptura com as estruturas capitalistas. A mãe terra, seus filhos e filhas e a irmã água clamam pela construção de uma sociedade sustentável.
A Reforma Agrária se faz necessária como caminho rumo à justiça social e à preservação ambiental. A concentração de terras, muitas dessas terras públicas e griladas, apropriadas pelos latifundiários e pelo agronegócio, de forma violenta e criminosa, provocaram a destruição da natureza, dádiva divina.
Nossa fé e esperança: “O Deus da vida enxugará toda lágrima dos nossos olhos, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!” (Ap 21,4). Anunciamos que a luz e a força de Deus brilham em nós, as comunidades se recriam, onde são estabelecidas novas relações entre as pessoas e a natureza, onde emergem e se fortalecem as organizações e lutas populares no campo e na cidade.
Por esta razão é que caminhamos em romaria, na esperança de chegar a terra prometida, carregamos na mochila e no coração a esperança de que um dia no campo e na cidade, todos e todas terão terra, água e pão, terão acesso às políticas públicas de saúde, moradia, educação, lazer, assistência social e soberania alimentar. Eis a glória de Deus brilhando e caminhando conosco! Sigamos firmes romeiros e romeiras, fiéis ao projeto de Jesus Cristo libertador, em irmandade com os e as mártires da caminhada, façamos desta 10ª romaria da Terra e da água o grito firme e profético de que a terra e a água são fontes de vida e precisa ser respeitada, preservada, cuidada e repartida!

Objetivos da 10ª Romaria

OBJETIVOS
1. Ser instrumento de motivação, sensibilização, conscientização e articulação das
forças vivas da igreja e da sociedade, no campo e na cidade
2. Contribuir na educação política, na formação da cidadania, da consciência crítica
sobre a realidade e a necessidade de se lutar pela terra e pela água no Piauí.
3. Ser espaço de profecia: de denuncia e de anúncio sobre a situação dos cerrados piauienses.
4. Celebrar com fé, cultura e arte a caminhada das comunidades, fortalecendo o compromisso, a esperança e o sonho de conquista da “terra sem males”: onde haja “água no copo” e “pão no prato” de todas as pessoas.
5. Apresentar, apoiar e incentivar propostas concretas de políticas públicas que contribua e resolva de vez as problemáticas da fome e da sede e os conflitos de terra e de água no Piauí.
Eis o grito profético da 10ª Romaria da Terra: de anunciar o projeto de Deus, que é vida em abundancia para todos, e denunciar o que é contrário a este projeto, procurando recuperar este santuário, tornando a terra lugar sagrado, onde todos se sintam felizes e possam viver dignamente.
“Eu ouvi o clamor do meu povo” no Cerrado. Este é o lema da 10° Romaria da Terra e da Água do Piauí. Mostrando, de um lado, que o povo dos Cerrados clama em busca da preservação e valorização do seu espaço de vida; de outro, que Deus escuta a voz do seu povo, vem ao seu encontro e caminha junto em busca da libertação e da terra prometida.

História das romarias no Piauí

A Romaria da Terra e da Água já faz parte da história da Igreja no Piauí. São dezoito anos de caminhada do povo de Deus, rumo a terra e água prometida.
As Romarias da Terra e da Água do Piauí passaram a ser contadas a partir de 1988. Antes elas aconteciam como atividades diocesanas. Eis as nove romarias já realizadas no Estado, com seus respectivos temas e locais onde aconteceram:

Primeira: Tema: “Terra, água, justiça, clamor dos pobres”.
Local: Oeiras
Data: 09 de outubro de 1988.

Segunda: Tema: “Terra para plantar, terra para morar”.
Local: Teresina
Data: 02 de setembro de 1989.

Terceira: Tema: “Terra, água, trabalho, dons de Deus, direitos de todos”.
Local: São Raimundo Nonato
Data: 26 de outubro de 1991.

Quarta: Tema: “Repartir a terra e partilhar a vida”.
Local; Barras.
Data: 11 de setembro de 1993.

Quinta: Tema: “Conquistar a terra e construir a cidadania”.
Local: Bom Jesus do Gurguéia
Data: 29 e 30 de julho de 1995.

Sexta: Tema: “Terra concentrada, Vida encarcerada”.
Local: Esperantina
Data: 18 e 19 de outubro de 1997.

Sétima: Tema: “Terra repartida, Canteiro de vida”.
Local: Picos
Data: 25 e 26 de setembro de 1999.

Oitava: Tema: “Terra e Água; Nossa Morada, Nossa Vida”.
Local: União
Data: 27 e 28 de julho de 2002.

Nona: Tema: “Terra e Água, Fontes de Vida”.
Local: São Raimundo Nonato
Data: 31 de julho e 01 agosto de 2004.

Décima: Tema: “Terra é Fonte de Vida”
Lema: “Eu ouvi o clamor do meu povo” no Cerrado.
Local: Uruçuí, diocese Oeiras-Floriano.
Data: 20 e 21 de outubro de 2007.

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Celebração
Acolhida dos Romeiros e Romeiras que vão chegando em caminhada.

Terra e Água são fontes de Vida! Está é a convicção que nos trouxe aqui em uruçuí nesta X Romaria da terra e da água. A terra é um organismo vivo, seu sangue é a água. A água é a fonte da vida em todas as suas formas, vegetal, animal e humana. Hoje cresce a consciência de que ou defendemos o planeta e seus recursos naturais ou pereceremos junto com ele. Daí nossa luta no combate à contaminação das águas, à devastação da natureza e do cerrado por um lado, e o cuidado, o respeito ao equilíbrio ecológico e à preservação dos ecossistemas, por outro.
C.2 Entender a água como sangue da terra, e de todas as formas de vida, é opor-se à lógica do sistema capitalista neoliberal, que a vê unicamente como um bem a ser mercantilizado. A biodiversidade privilegia uma abordagem sistêmica, no sentido de que cada ser vivo é interdependente dos demais. Todos os seres vivos – humano, animal ou vegetal – interagem organicamente. Tudo o que prejudica um, tem conseqüências nocivas para os outros. E inversamente, defender determinada forma de vida é defender a vida no seu conjunto. O planeta inteiro é um grande ser vivo, em que os diversos ecossistemas necessitam uns dos outros para permanecerem igualmente vivos. Portanto defender e preservar a Vida no cerrado é defender e preservar a Vida do planeta.
C1. “Eu Ouvi o clamor do meu povo” no Cerrado, lema que nos dá a certeza de que esta romaria conta com a presença Libertadora de Deus entre nós. O mesmo Deus que viu o sofrimento, ouviu o clamor e desceu para libertar o povo no Egito, também vê nossa dor e sofrimento, ouve o nosso Clamor, no cerrado, caminha e luta com a gente na busca de terra, água, pão, justiça e Liberdade para todos e todas.

Estamos aqui diante da mesa Eucarística para celebrar a História de Deus na História da gente. Na história das tribos primeiras, raiz Ameríndia do povo da terra; da Terra sem Males, dos males da terra. Na História de luta e resistência dos pobres da terra e do cerrado, história de sangue e suor, sofrimento e esperança, permeada de conquistas e martírios; História teimosa de tanta bravura, vencendo os impérios do lucro e da morte. Na História de Deus feito gente na história. Na história da gente tornando-se Deus, na única História da terra e do céu. ( cf. Dom Pedro Casaldaliga , São Félix do Araguaia - MT).


De todos os cantos viemos para louvar o Senhor, Pai de Eterna bondade, Deus vivo e libertador, acolhemos os representantes de nossas dioceses, que com as cores que nos identificam como igreja povo de Deus, no Piauí, trazem a terra e o baner com o tema e o Lema desta X Romaria da terra e da água, bem como os celebrantes.

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Presença dos Bispos das Dioceses:
Picos, Oeiras/Floriano, Campo Maior, Bom Jesus, São Raimundo Nonato.

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

tribuna livre

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007



Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Sala dos mártires

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007


romeiras e romeiro em visita à tenda

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Memorial da romaria, muita animação...

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007


Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Entrada da tendo, sonho de Deus, criação perfeita...

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Tenda da Romaria.

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007

Caravana do Cerrado

Romaria da Terra em Uruçuí 20 e 21-10-2007


Momento da acolhida das caravanas.

SEMINÁRIO
AGRONEGÓCIO
X
TRABALHO ESCRAVO.
DATA: 21 E 22/09/2007
LOCAL:Auditório do STR de Uruçuí

Apresentação:
Em meados da década de 90 a produção da soja tem inicio nas cidades de Uruçuí, Bom Jesus e Santa Filomena formando o chamado “triângulo do cerrado”. Com isso dá-se inicio ao chamado desenvolvimento e com ele a agricultura de exportação, com crédito subsidiado e a inserção de impostos. O chamado agronegócio.
O agronegócio tem utilizado em sua cadeia produtiva a mão de obra escrava na expansão dos campos agrícolas para a monocultura e pecuária de produtos comerciais. Extinguindo qualquer perspectiva de geração de empregos formais no local de origem.
O impacto produzido pelo desmatamento de grandes áreas tem uma relação negativa quando se levam em conta os direitos fundamentais do ser humano, entre eles terra e trabalho digno. Na perspectiva de entender e aprofundar essa discussão o Seminário Trabalho Escravo e Agronegócio será momento de formação da classe trabalhadora e de educadores populares para o fortalecimento de ações de combate ao trabalho escravo e a degradação da natureza

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Comissão Pastoral da Terra - PI

Microregiões:
São Raimundo Nonato
Picos
Oeiras Floriano
Teresina
Campo Maior
Parnaiba
Bom Jesus