quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Veja as empresas incluídas na Lista suja do Trabalho Escravo do Piauí.

O Piauí tem quatro empresas incluídas na Lista Suja do Trabalho Escravo, divulgada ontem pelo Ministério do Trabalho.

Das quatro empresas piauienses incluídas na lista, duas são fazendas de Uruçuí, que trabalham com plantio de soja, milho e algodão.

Estão na lista suja a Fazenda Lírio Antônio Parisotto, na zona rural de Uruçuí, do empresário Antônio Parisotto, onde foram resgatados oito trabalhadores em condições análogas a escravos;

Fazenda Cosmos, na zona rural de Ribeiro Gonçalves, do empresário Eduardo Dall Magro, onde foram resgatados 21 trabalhadores em dezembro de 2008;

Fazenda de Antônio Odalto Smith Rodrigues da Costa, proprietário do Perímetro Irrigado do Gurguéia, no município de Alvorada do Gurguéia, onde foram resgatados 83 trabalhadores, em dezembro de 2004;

Fazenda Progresso, do empresário Cornélio Adriano Sanders, que fica no Quilômetro 50 da rodovia PI-247, em Uruçuí, onde foram resgatados 21 trabalhadores.

PI tem 4 empresas que utilizam trabalho escravo

A atualização da lista suja incluiu 12 empregadores flagrados pela exploração ilegal de trabalhadores

Das 164 pessoas físicas e jurídicas citadas na relação de empregadores que contratam trabalhadores em situação análoga à escravidão, a chamada lista "suja", mais de 40% estão concentradas no Pará (46 casos) e no Maranhão (22). Os dois Estados seguem na liderança do ranking, atualizado esta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A lista também registra empregadores de Mato Grosso do Sul (18), Tocantins (16), Goiás (16), Mato Grosso (12), Bahia (11), Piauí (4), Paraná (3), Ceará (3), Santa Catarina (3), Minas Gerais (3), Rondônia (2) e Amazonas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Espírito Santo, com um registro cada.

A atualização da lista suja incluiu 12 empregadores flagrados pela exploração ilegal de trabalhadores, entre eles a Cosan, uma das maiores empresas do setor sucroalcooleiro, dona da rede de postos de combustíveis Esso e fabricante do açúcar União. A fiscalização que rendeu à Cosan a entrada na lista suja libertou 42 trabalhadores em uma unidade da companhia no município de Igarapava, em São Paulo.

No total, de acordo com a lista, 314 trabalhadores foram libertados nas propriedades que passaram a integrar a nova versão do documento. Quem tem o nome incluído na lista suja fica impossibilitado de obter financiamento em instituições públicas ou privadas.

O cadastro é atualizado semestralmente e são incluídos na lista os nomes dos empregadores que não têm mais como recorrer na Justiça. São mantidos no cadastro aqueles que não quitam as multas de infração, casos de reincidência entre outros. Na relação, há propriedades incluídas desde 2004. Para que empregador tenha o seu nome excluído do cadastro, é necessário que por dois anos, contando a partir da data da inclusão, ele tenha corrigido irregularidades identificadas durante inspeção.

Ivaldo denuncia que queima de florestas persiste na região sul

Em visita a municípios do sul do estado, o procurador Ivaldo Fontenele, pré- candidato a governador pelo PV, visitou áreas na região de Arraial onde atualmente é produzido eucalipto.
Ele disse que as florestas nativas estão sendo queimadas para dar lugar à cultura do eucalipto e lamenta que apesar de denúncias de ambientalistas a situação persista.

Ivaldo ficou inconformado com a devastação provocada pela atividade e diz que o Piauí precisa buscar outras alternativas de desenvolvimento.

Segundo Fontenele, o modelo de desenvolvimento predatório incentivado pelo atual governo muito em breve apresentará suas consequências para o povo do Piauí, dentre as quais a degradação do meio ambiente e a concentração de renda.




AUMENTO DAS TEMPERATURAS

Para Ivaldo Fontenele, além da destruição dos biomas naturais a política de incentivo à cultura do eucalipto no estado poderá contribuir para o aumento das temperaturas na cidades vizinhas às plantações, além da redução do volume de água à disposição do ser humano.

Outro fato curioso notado por Ivaldo em sua visita aos fornos que queimam a mata e dá lugar ao eucalipto é o fato de ter encontrado na região apenas um pequeno número de trabalhadores, o que afasta a tese de que tal atividade é geradora de empregos.



DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Ivaldo conclui afirmando que é preciso mudar a forma de buscar o desenvolvimento que o Piauí precisa, pois o modelo atual apenas favorece a devastação da natureza e o aumento, cada vez maior, da concentração de renda no Estado.

É inadmissível pessoas que se dizem ambientalistas e se prestam a apoiar o devastação da natureza no Piauí, afirmou Ivaldo quando perguntado sobre a posição do ambientalista Deocleciano Guedes em defender a empresa Graúna, que desmatou milhares de hectares no sul do Estado para fornecer lenha para a BUNGE.