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quarta-feira, 9 de maio de 2012
Conflitos no Campo
Um dos coordenadores da Comissão Pastoral da Terra, Edmundo fala sobre os dados dos conflitos do campo. No link abaixo vocês podem acessar. Abs http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/t/edicao-das-18h/v/numero-de-conflitos-no-campo-cresce-15-no-pais-em-2011/1936718/
votação da PEC do Trabalho Escravo é adiada
O apoio do governo e a pressão de
organizações da sociedade civil não foram suficientes para garantir a
votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite a
expropriação de terras nas quais seja constatado o uso de mão de obra
escrava. Após reunião de líderes, os deputados decidiram adiar a
votação, prevista para a noite deste terça-feira (8).
Os
deputados da bancada ruralista consideraram que o texto da PEC é
genérico e não caracteriza claramente o que significam trabalho análogo à
escravidão e trabalho degradante, nem como será feita a expropriação
das terras.
Para o líder do PR, deputado
Lincoln Portela (MG), essas lacunas podem propiciar abusos de autoridade
no momento da fiscalização. “Há um acordo para que a PEC seja votada,
esta é uma questão definitiva. Porém, o que preocupa alguns
parlamentares é a questão da subjetividade do texto. Nós teremos
dificuldade de saber como será a atuação do fiscal, se ele poderá fazer a
expropriação de qualquer maneira”, explicou o líder.
Como
a Câmara não pode mais alterar o texto, já que a PEC está pronta para
ser votada em segundo turno, os líderes decidiram procurar as bancadas
no Senado para tentar um acordo. Como o texto irá para o Senado após a
votação na Câmara, os líderes querem que os senadores incluam no texto
os esclarecimentos necessários. O presidente da Câmara, deputado Marco
Maia (PT-RS), deverá procurar a presidenta em exercício do Senado,
senadora Marta Suplicy (PT-SP), para tratar do assunto.
O
líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP),
concordou que há pontos não esclarecidos no texto. É o caso, por
exemplo, de flagrantes de trabalho escravo em terras arrendadas ou de
imóveis urbanos alugados, cujos proprietários que não têm relação direta
com o crime e, mesmo assim, estão sujeitos a perder os terrenos.
“Há
algumas grandes bancadas que concordam com esse argumento de que é
necessária uma legislação infraconstitucional. É melhor a gente
respeitar as opiniões porque o pior seria não conseguirmos os 308 votos
necessários para a aprovação da matéria”, argumentou Chinaglia. Ele
negou que o recuo dos governistas, que apoiaram o adiamento da votação
da PEC do Trabalho Escravo, tenha relação com a derrota sofrida pelo
governo para os ruralistas na votação do Código Florestal.
O
líder do PSDB na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), disse que o
partido de oposição não criará obstáculos para a votação da matéria
quando os líderes entrarem em acordo. “O PSDB está pronto, qualquer que
seja o entendimento, nós vamos votar”.
A PEC
também autoriza a expropriação de terras nas quais for constatado o
cultivo de maconha ou plantas usadas como insumo para fabricação de
drogas ilícitas. Depois de votada na Câmara, a PEC seguirá para o
Senado. Se receber as alterações que os deputados querem, a matéria
voltará para última análise da Câmara.
Fonte: Agência Brasil
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