terça-feira, 8 de maio de 2012

Entidades do Piauí participam de mobilização em Brasília


 
Estado do Piauí na luta pela aprovação da PEC 438
A Caravana de representantes  das entidades da sociedade civil e do estado (Comissão Pastoral da Terra-CPT, Serviço Pastoral do Migrante-SPM, FETAG e SASC) que integram o Fórum de Combate ao Trabalho Escravo do Piauí chegaram ontem 07.07 em Brasília, os mesmo foram participar hoje 08.05 no Plenário da Camâra Federal da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo (438/01). O texto da PEC foi aprovado em primeiro turno em agosto de 2004 e, desde então, aguarda votação em segundo turno. A proposta prevê a expropriação de propriedades rurais ou urbanas onde for constatado trabalho escravo.
 Caravana do Piauí
 Trabalhadores Assentamento Nova Conquista
Segundo o texto, o proprietário não terá direito a indenização, e os bens apreendidos serão confiscados e revertidos em recursos de um fundo cuja finalidade será definida em lei. No Piauí de 2003 a 2012 – 653 trabalhadores foram resgatados, sendo que cerca de 12 (doze) ações foram ajuizadas na Justiça Federal (MPF) com condenação de 03 (três) pessoas  na 1ª. Instância e a presença de 10 empresas na chamada Lista Suja do Trabalho Escravo (Municípios de Alvorada do Gurguéia, Monte Alegre do Piauí,Corrente, Morro Cabeça do tempo, Ribeiro Gonçalves, Aroazes, Parnaguá, Uruçuí, Antonio Almeida, Teresina).
 "Migrar forçado jamais, Trabalho Escravo Não Mais"
 O evento contará com o apoio de artistas às 11 horas, no auditório Nereu Ramos, onde será entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia, um documento assinado por mais de  60 artistas e intelectuais em apoio à PEC do Trabalho Escravo. Entre os artistas que devem participar da entrega estão a atriz Letícia Sabatella e os atores Marcos Winter e Osmar Prado.

Piauí tem o maior crescimento em conflitos de terra, diz CPT

Por: Márcia Bonfim
 
Presidente da CNBB, Leonardo Steiner e a Coordenadora Nacional da CPT, Isolete Wichinieski. (Foto: Elza Fiúsa / ABr)

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou nesta segunda-feira (7) na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em Brasília a 27ª publicação “Conflitos no Campo Brasil 2011", com os dados relativos aos conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores, comunidades e indígenas no Brasil em 2011.
De acordo com os dados da CPT os conflitos no campo no país cresceram 15% em 2011, em relação a 2010. Os conflitos por terra (conflitos, ocupações e acampamentos) tiveram o maior aumento, sendo que tal crescimento aconteceu em 17 estados brasileiros, com destaque expressivo para o Nordeste com 34,1%.
O maior aumento aconteceu no Piauí com 130,8% que passou de 13 conflitos em 2010 para 30 em 2011, assim como o número de famílias envolvidas saltou de 611 para 1.398, ou seja, 128,8%.
Além dos conflitos por terra, o Piauí registrou 3 conflitos trabalhistas (trabalho escravo) e um conflito por água.

Dados Nacionais
Os conflitos no campo cresceram 15% de 2010 para 2011, passando de 1.186 para 1.363. O número de pessoas envolvidas passou de 559.401 pra 600.925, ou seja, aumento de 7,4%.
Do total de conflitos, 1.035 foram por terra, 260 trabalhistas e 68 por água.