quarta-feira, 7 de novembro de 2012

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA REGIONAL DO PIAUÍ


            Está faltando um pouco mais de 15 dias para o grande evento, o dia Estadual de Luta pela Reforma Agrária, por isso devemos arregaçar as mangas e fazer com que esse evento venha ficar como destaque na nossa história. Mas, pra isso acontecer dentro das nossas expectativas se faz necessários nos organizarmos com antecedência. Lembremos:

1.    Organizar as caravanas (Bom Jesus e SRN, Picos uma delegação de 09 pessoas que já ficará na assembleia,, Teresina, Parnaíba e Campo Maior 3 ônibus cada), Caso possam trazer mais caravanas fiquem a vontade;
2.    Ver a melhor forma possível de baratear os custos com os fretes de ônibus (patrocínios, etc);
3.    Lembrar as caravanas de trazer o frito, bolo para café, lanche e almoço do dia 30/11;
4.    Divulgar nos meios de comunicação de sua cidade esse grande evento;
5.    Preparar faixas, cartazes, etc;
6.    Enviar para CPT até o dia 10 de novembro a relação das caravanas;
7.    As  caravanas que vierem para a manifestação terá o seu retorno após o almoço do dia 30/11; Portanto cada articulador deve ver alguém para coordenar os ônibus das caravanas, principalmente no retorno quando os articuladores juntamente com os demais delegados ficarão em Teresina na assembleia;
8.    Enviar para CPT até o dia 05 de novembro a relação das áreas que serão incluídas no documento reivindicatório;

Lembramos que na discussão do conselho ficamos de enviar um orçamento dos ônibus de cada microrregião, para ver quanto a CPT poderia assumir, por isso, vejam todas as formas possíveis de participação financeira dos participantes e o orçamento deve ser enviado até dia 20/09 o mais breve possível.
Resaltamos que a assembleia regional terá inicio dia 30/11/2012, após a manifestação, portanto os delegados devem vir para a manifestação do dia 30/11 e permanecerem na assembleia, que terá seu encerramento no  dia 02/12 com o almoço.

O DILEMA DOS TRABALHADORES A TER DIREITOS



A garantia dos direitos constituídos torna-se um dilema para os trabalhadores. Muitos envelhecem e até morrem e não gozam destes direitos. A inoperância dos órgãos competentes frustra a esperança do homem e da mulher do campo que sonham com uma vida simples, mas com direito a uma vida digna. No entanto, a realidade é outra. O que se consta é uma Reforma Agrária que não sai do papel, são assentamentos sucateados e sem uma política de desenvolvimento contextualizada e a contento, uma justiça lenta e descomprometida com a causa dos trabalhadores.
Em anos anteriores a média para criação de um assentamento era de dois anos, hoje essa média cresceu assustadoramente. O pedido através de ofício junto ao INCRA de vistoria para fins de reforma agrária do imóvel Pé do Morro/Capim, localizado no município de Miguel Alves, foi efetuado em 2009 e até agora nem a vistoria preliminar foi realizada. A implementação das políticas públicas do INCRA nos assentamentos levam anos para serem efetivadas. Os decretos de desapropriação de imóveis rurais que antes levavam poucos meses, hoje levam anos.
E quando se fala na Justiça aí é que a coisa fica feia. Temos situações que nos deixam indignados, como por exemplo, a invasão do assentamento Nova Conquista por um fazendeiro da região que cercou novecentos hectares e que mesmo a justiça federal reconhecendo o direito do INCRA e dos Assentados, já faz três anos que tramita na terceira vara federal um processo de reintegração de posse e ainda não tem um veredito. Essa situação faz com que os trabalhadores percam a confiança nos órgãos públicos responsáveis pelas políticas de inserção da justiça social no campo.
E os Movimentos Sociais, o que estão fazendo? Por que esse silêncio diante de tanto descaso e ao mesmo tempo em que se vê a generosidade do governo para com o “outro lado” - o agronegócio?


Gregório Borges
Comissão pastoral da terra.