domingo, 30 de agosto de 2009

SÁBADO NA PRAÇA

A cidade de Monsenhor Gil , distante 56 km de Teresina, realizou no sábado (29) o I Sábado na Praça – Contra a Migração e Trabalho Escravo. O evento aconteceu na Praça da Igreja Matriz, centro, e contau com vasta programação cultural.
O evento foi uma promoção da Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí (CPT-PI), em parceria com a Associação do Assentamento Nova Conquista (Asanc) e teve como objetivo proporcionar um dia de cidadania e cultura aos moradores do município.
Além de ser um alertar aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade sobre a migração forçada e o trabalho escravo.
O tema é oportuno uma vez que o município é considerado um dos maiores exportadores de mão-de-obra para o Trabalho Escravo. Vale lembrar que Monsenhor Gil é a primeira cidade do Brasil a criar um assentamento destinado aos trabalhadores e trabalhadoras vítimas da prática de escravidão.
O assentamento foi criado após solicitação das famílias e da CPT-PI junto ao INCRA. O título de posse foi emitido no dia 08 de março.
Durante a manhã foram realizadas diversas atividades: exposição de material sobre trabalho escravo, apresentações culturais, teatro, distribuição de panfletos na feira, danças, música e depoimentos dos trabalhadores vítimas do trabalho escravo.
Grupo do Assentamento Nova Conquista
Momento de Mistica

Fala de Espedita, articuladora da CPT da Arquidiocese de Teresina, PI

Apresentação de teatro - grupo de trabalhadores


Depoimento de Edmilson, sobre a experiência de escravidão nas terras do Pará

Apresentações cultuais
Distribuição de panfletos na feira











segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reunião com os Grupos de Mulheres dos Assentamentos em Miguel Alves.

Visando fortalecer o empoderamento das mulheres quebradeiras de coco, A Comissão Pastoral da Terra realizou no ultimo dia 22/08 uma visita de articulação e monitoramento dos trabalhos realizados nas casas de produção dos assentamentos em Miguel Alves-PI.

O dia foi de articulação e monitoramento junto aos grupos de mulheres dos Assentamentos Todos os Santos, Ezequiel e Retrato. Irmã Roselei Bertoldo facilitou as reuniões e teve como pauta: Partilha das atividades realizadas e andamento dos grupos; Funcionamento da máquina de moagem e organização dos dias e equipes e também a Coordenação dos grupos e papel de cada uma (coordenadora, secretária e tesoureira) para o melhor andamento dos trabalhos. Também foram repassados informes como baixo-assinado para a instalação de uma delegacia da mulher na cidade, registro da associação das Quebradeiras de Coco, agenda de cada grupo.
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As três casas juntas reúnem em associação mais de 60 mulheres que, semanalmente, produzem tapetes artesanais, bolsas e sabão, além da realização da moagem do coco de babaçu e milho. O próximo passo é a realização de oficinas sobre a produção de produtos artesanais como confecção de mini-tepetes, bonecas e o aproveitamento do coco babaçu.
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Ir. Rose também lembrou os grupos sobre a realização da III Encontro das Quebradeiras de Coco que acontecerá nos próximos dias 09 e 10 de outubro na comunidade Ezequiel. Além de ser uma oportunidade para a troca de experiência entre os grupos que integram a Associação das Quebradeiras de Coco de Miguel Alves, será uma oportunidade para discutir a saúde da mulher, bem como, a análise das políticas públicas do município voltados para o segmento.
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“É importante destacar neste processo de organização das mulheres, o empenho que cada grupo vem fazendo para o bom andamento dos trabalhos. Num primeiro momento foram construída as casas de produção, porem o desafio agora é maior no que se refere a continuidade da organização das mulheres. Destaco como imprescindível para cada grupo a organização interna para que cada um tenha autonomia. A capacitação e geração de renda, a continuidade da formação na dimensão humana e de relações, gênero” destaca Ir. Rose.

SUPERANDO AS DIFICULDADES – Nas falas feitas pelas quebradeiras de coco durante as reuniões, foi colocada a dificuldade de distribuição das produções feitas na casas e tentativa de desestímulo dos grupos , porém, as reuniões das mulheres, segundo declaram, tem sido o fator de motivação para que os grupos sigam firmes e se consolidem ainda mais nos assentamentos.


Produção de bolsa.
Mulheres felizes com a produção de tapetes
Exposição do material produzido pelas mulheres.
Boneca produzida por Rosilene da Comunidade do Ezequiel, que irá dar o curso de boneca para as mulheres.
Mulheres do Assentamento Retrato e Ezequiel.


Mulheres da Casa de Produção do Assentamento Todos os Santos.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Município de Monsenhor Gil recebe evento Contra a Migração e o Trabalho Escravo


A cidade de Monsenhor Gil , distante 56 km de Teresina, realizará no próximo sábado (29) o I Sábado na Praça – Contra a Migração e Trabalho Escravo. O evento acontecerá na Praça da Igreja Matriz, centro, e contará com vasta programação cultural que terá início a partir das 7h.


O evento é uma promoção da Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí (CPT-PI), em parceria com a Associação do Assentamento Nova Conquista (Asanc) e tem como objetivo proporcionar um dia de cidadania e cultura aos moradores do município e adjacentes, além de ser um alertar aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade sobre a migração forçada e o trabalho escravo.

O tema é oportuno uma vez que o município é considerado um dos maiores exportadores de mão-de-obra para o Trabalho Escravo. Vale lembrar que Monsenhor Gil é a primeira cidade do Brasil a criar um assentamento destinado aos trabalhadores e trabalhadoras vítimas da prática de escravidão. O assentamento foi criado após solicitação das famílias e da CPT-PI junto ao INCRA. O título de posse foi emitido no dia 08 de março.




Consta na programação exposições sobre o Trabalho Escravo, exibição de documentários, Animação musical e a apresentação teatral feita pelos próprios assentados retratando a experiência de vida em face da escravidão.




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Informações Complementares:
I Sábado na praça – Contra a Migração e Trabalho Escravo




Um dia de Cidadania e Cultura




Sábado, 29 de Agosto de 2009, 7h




Praça da Igreja Matriz




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Informações: CPT-PI - 3222-4555








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-reprodução autorizada-




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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Presidente da Fetag critica a decisão do Governo de suspender o carro-pipa no interior do Piauí

Presidente da Fetag critica a decisão do Governo de suspender o carro-pipa no interior do Piauí.

A determinação do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira que suspendeu a distribuição de água pelo carro-pipa na região nordeste, foi recebida com criticas pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag) no Piauí. Para o presidente da Fetag, Evandro Luis, a decisão foi precipitada. Este é o período em que os municípios sofrem mais com a falta de água, principalmente na região do semi-árido, revelou ao Jornal Verdes Campos 1ª Edição.
Segundo ele, atualmente 40 municípios piauienses já decretaram situação de emergência. "O período do inverno não foi suficiente para acumular água nos reservatórios. A pouca chuva em alguns municípios tornou a presença do carro-pipa ainda necessária. Falta água até para o consumo humano", afirmou.
Evandro Luis afirmou ainda que no inverno a presença do carro-pipa foi importante em alguns municípios onde a chuva foi pouca. E agora, no período seco, quando a necessidade é maior, o serviço foi suspenso, questionou.
Nesta terça-feira (18) haverá uma reunião com os comandos do Exército do Piauí, além dos prefeitos da APPM e diretores da Fetag (Federação dos Trabalhadores da Agricultura).A expectativa da Fetag é que o governo federal possa rever a decisão e autorizar a retomada do carro-pipa no interior do Piauí
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Fabio Brito. tvcanal 13.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Diga não à legalização da grilagem de terra!

COMISSÃO DE DEPUTADOS ESTADUAIS QUER
LEGALIZAR A GRILAGEM DE TERRA NO CERRADO


Diga não à legalização da grilagem de terra!

Para o povo do Piauí, não é mais novidade a existência de conflitos agrários no nosso Estado desde a criação das Sesmarias bem como a grilagem de terras ocorridas pelas interferências de grupos políticos e grupos empresariais, locais e originários de outros Estados. Mesmo tendo leis que garante os direitos de todos e todas, na maioria das vezes o Estado põe-se do lado dos opressores, ou se omite diante das injustiças cometidas no campo.
O Relatório da CPI dos Conflitos agrários no Piauí aponta uma série de irregularidades em relação à Política Fundiária Estadual. Ao invés de abrir processos discriminatórios das Terras Públicas Devolutas para fins de assentamentos das famílias sem terra, faz uma “anti-reforma agrária, pois através de suas atuações realizam vendas de terras públicas estaduais a pessoas físicas e jurídicas de direito privado, que resultam no surgimento de novos latifúndios.
Diante das irregularidades descritas no Relatório da CPI dos Conflitos Agrários, há várias recomendações. Entre elas citamos:
· Que a Assembléia Legislativa abra Expedição de Decreto Legislativo anulando os Títulos de terras irregulares;
· A extinção do Instituto de Terras do Piauí e da COMDEPI, órgãos responsáveis pelo o agravamento da estrutura fundiária do Estado do Piauí;
· A criação da Secretaria da Terra, órgão público integrante da Administração Pública Direta, com competência de planejar e executar a reforma e o desenvolvimento agrário no Estado do Piauí.
A CPI dos Conflitos Agrários constatou ainda, irregularidades ‘das mais absurdas possíveis’, a Assembléia Legislativa não encaminhou as proposições postas no Relatório e o pior: Acreditem. UMA COMISSÃO DE DEPUTADOS ESTADUAIS, A PEDIDO DOS PROPRIETÁRIOS GRILEIROS OU HERDEIROS DA GRILAGEM DE TERRAS, ESTÃO ELABORANDO UMA LEI ESTADUAL DE “REGULARIZAÇÃO” DAS TERRAS DO CERRADO. Nós piauienses que defendemos os direitos dos(as) trabalhadores(as) rurais.

NÃO PODEMOS CALAR DIANTE DE MAIS UMA INJUSTIÇA!
A TERRA É UM DIREITO DE TODOS E TODAS!

Comissão Pastoral da Terra
Regional Piauí
(86) 3222-4555

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

PI: Igreja Católica reúne mais de cinco mil na 11ª Romaria da Terra e da Água



A Igreja Católica do Piauí reuniu mais de cinco mil pessoas durante o sábado (1) e o domingo (2) na 11ª Romaria da Terra e da Água do Piauí. Esta edição trabalhou com o tema Migração Forçada e Trabalho Escravo e foi realizada na cidade de Corrente, extremo sul do Piauí. A cidade é considerada porta de entrada e saída para esta prática criminosa.


Tribuna Popular lotou a praça da cidade de Corrente


No sábado, foi feita a acolhidas dos romeiros e romeiras e o encaminhamento para as casas da cidade. A programação foi iniciada durante a noite com a Tribuna Popular que explorou o tema através de falas, músicas e apresentações teatrais.

Segundo Gregório Borges, integrante da Comissão Pastoral da Terra no Piauí, este ano já foram registrados mais 16 casos de trabalho escravo no Piauí envolvendo mais de 800 trabalhadores.

Ainda no sábado, foi instalado o Memorial das Romarias. O espaço contou com fotos das últimas edições das romarias e ainda a exposição dos mártires da terra e também informações sobre o Trabalho Escravo no Piauí.





Memorial das Romarias




Dramatização da exploração de mão-de-obra



Já na madrugada do domingo, os romeiros participaram da caminhada em defesa da água, simbolizada pela visita ao Rio Corrente. Logo em seguida uma missa campal, encerrou a programação. A celebração foi presidida pelo Arcebispo de Teresina, Dom Sérgio da Rocha.

Romeiros das dioceses de Teresina, Campo Maior, Floriano, Parnaíba, São Raimundo Nonato e Bom Jesus participaram do evento realizado pela CNBB e as pastorais sociais da Igreja: Cáritas, Pastoral do Migrantes, Comissão Pastoral da Terra regional do Piauí dentre outras entidades.









Fotos getilmente cedidas pela Comissão Pastoral da Terra - Piauí


Romaria reúne piauienses contra o trabalho escravo


Milhares de romeiros se reuniram em Corrente, há 920 quilômetros de Teresina, para chamarem atenção sobre o problema da migração forçada e o trabalho escravo no Estado. Pelo menos cinco mil romeiros representando todas as dioce-ses do Regional Nordeste IV, participaram do evento no sábado e domingo.

As caravanas começaram a viagem na sexta-feira, 31, e foram recepcionadas pelos moradores da cidade sede, que se organizaram para acomodar os romeiros em suas próprias casas. Após a acomodação, os romeiros conheceram o memorial, um espaço destinado a contar as histórias das romarias. Ao sair do memorial, os romeiros se dirigiram à tenda onde estava exposto o santíssimo sacramento enfatizando o momento espiritual do evento.


O arcebispo de Teresina, Dom Sergio da Rocha, salientou a importância da participação de todas as oito dioceses do Piauí na 11ª Romaria da Terra e da Água. Segundo ele, a Regional é uma grande família que pode crescer em comunhão eclesial e em comunhão solidária com o povo mais sofrido. Ele comple-menta que a escolha do tema migração forçada e trabalho escravo foi de suma importância, pois assim, se pôde tomar consciência da gravidade da situação que está no meio de nós.


Um dos momentos fortes do evento foi a tribuna livre, que aconteceu no palco montado na frente da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição. Durante este momento, os romeiros denunciaram todo tipo de trabalho escravo.


De acordo com denúncia da Comissão Pastoral da Terra-CPT, apesar da extinção da escravidão no Brasil, nos últimos anos se tornou comum ouvir falar em trabalho escravo no rádio na televisão e em outros meios de comunicação.

Em 2008, 5.244 trabalhadores foram resgatados no Brasil, grande parte dos registros da escravidão ocorre na indústria de álcool, açúcar e do agronegócio de grãos nos cerrados.

Fonte: Renato Bezerra / Jornal Diário do Povo
LINK: http://www.diariodopovo-pi.com.br/geral_materia.php