segunda-feira, 16 de julho de 2012

Conselho da CPT-PI se reune para Avaliar e planejar a caminhada pastoral

"CPT caminho de Missão na luta pela terra e pela vida!"

Na ternura do reencontro o Conselho da CPT se reuniu nos dias 13 e 14 de Julho na sede da CPT em Teresina. O encontro do conselho teve como objetivo: socializar as ações da CPT analisando sobre tudo os indicadores de resultados das atividades realizadas neste 1º semestre. Na continuidade a CPT fez em seguida a socialização das atividades planejadas para 2º semestre sendo uma das mais esperadas o dia Estadual de Luta pela Reforma Agrária.

 Representantes do Conselho da CPT-PI
Momento de avaliação da caminhada
Acolhida dos participantes- Eusebio Sousa

Piauí terá mais 10 mil cisternas na região da seca

O Governo do Estado vai construir 10,8 mil cisternas na região do Semiárido piauiense, com recursos no valor de R$ 26 milhões, já liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Serão beneficiados 45 municípios de sete territórios de desenvolvimento, beneficiando diretamente cerca de 54 mil pessoas.
Segundo o projeto, a ser executado pela Diretoria de Convivência com a Seca do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater), serão construídas 3,8 mil cisternas de placas com  capacidade para 52 mil litros de água e 7 mil com capacidade para 16 mil litros.
A proposta do Governo é garantir água de qualidade para o consumo humano e também para a produção de alimentos e criação de pequenos animais numa região de baixa pluviometria e que no momento enfrenta uma das piores secas de todos os tempos.
Serão atendidas 10,8 mil famílias, cerca de 54 mil pessoas, de baixa renda que não dispõem de acesso à fonte de água adequada ao consumo humano, com renda per capita familiar de até meio salário mínimo.
O projeto será implantado nos territórios Vale do Guaribas, Vale do  Canindé, Vale do Itaueira, Vale do Piauí, Vale do Sambito, Carnaubais, Chapada das Mangabeiras e Cocais.
A cisterna de placas é um tipo de reservatório d’água cilíndrico, coberto e semienterrado, que permite a captação e o armazenamento de água das chuvas, aproveitadas a partir de seu escoamento nos telhados das casas, através de calhas de zinco ou PVC. A água armazenada fica protegida da evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas enxurradas.
O tamanho da cisterna varia de acordo com o número de pessoas da casa e do tamanho do telhado. A experiência tem provado que ela pode garantir água portável para a família beber e cozinhar durante oito meses.

O Governo do Estado vai construir 10,8 mil cisternas na região do Semiárido piauiense, com recursos no valor de R$ 26 milhões, já liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Serão beneficiados 45 municípios de sete territórios de desenvolvimento, beneficiando diretamente cerca de 54 mil pessoas.
Segundo o projeto, a ser executado pela Diretoria de Convivência com a Seca do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater), serão construídas 3,8 mil cisternas de placas com  capacidade para 52 mil litros de água e 7 mil com capacidade para 16 mil litros.
A proposta do Governo é garantir água de qualidade para o consumo humano e também para a produção de alimentos e criação de pequenos animais numa região de baixa pluviometria e que no momento enfrenta uma das piores secas de todos os tempos.
Serão atendidas 10,8 mil famílias, cerca de 54 mil pessoas, de baixa renda que não dispõem de acesso à fonte de água adequada ao consumo humano, com renda per capita familiar de até meio salário mínimo.
O projeto será implantado nos territórios Vale do Guaribas, Vale do  Canindé, Vale do Itaueira, Vale do Piauí, Vale do Sambito, Carnaubais, Chapada das Mangabeiras e Cocais.
A cisterna de placas é um tipo de reservatório d’água cilíndrico, coberto e semienterrado, que permite a captação e o armazenamento de água das chuvas, aproveitadas a partir de seu escoamento nos telhados das casas, através de calhas de zinco ou PVC. A água armazenada fica protegida da evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas enxurradas.
O tamanho da cisterna varia de acordo com o número de pessoas da casa e do tamanho do telhado. A experiência tem provado que ela pode garantir água portável para a família beber e cozinhar durante oito meses.

Fonte: CCOM

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Assembleia aprova criação do Dia Estadual da Caatinga: 17 de maio

A Assembleia Legislativa do Estado aprovou projeto de lei de autoria da deputada estadual Liziê Coelho (PTB), que institui o dia 17 de maio como o Dia Estadual da Caatinga. Segundo a parlamentar, esse é o ecossistema brasileiro que historicamente mais tem  sofrido com o uso intempestivo dos seus recursos e a falta de planos e projetos que garantam o desenvolvimento sustentável.

A data foi escolhida porque neste dia realizou-se em Fortaleza, Ceará, a I Conferência Regional de Desenvolvimento Susutentável do Bioma Caatinga. “A Conferência em Fortaleza foi um momento único para a discussão da preservação e proteção da Caatinga. A atenção do Poder Público de todos os Estados nordestinos estava voltada para esse bioma”, disse.

O objetivo da criação dessa data é fazer com que a população se atente para a importância da preservação e o potencial cultural e econômico da Caatinga. “Nessa dia escolas, faculdades, instituições de ensino, órgãos ligados à cultura e meio ambiente irão se mobilizar para mostrar a sociedade de uma forma geral o valor da Caatinga”, destacou.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), dos 224 municípios piauienses, o total de 201 possuem áreas com a presença de Caatinga, o que atende ao total de 2.938.978 piauienses. “Só esse número já justificaria a necessidade do reconhecimento desse dia para lembrar a importância da Caatinga. Esse bioma é a principal fonte de rende e sobrevivência do sertanejo do nosso Estado”, disse.


A parlamentar também  apresentou projeto que solicita o reconhecimento do bioma Caatinga como Patrimônio do Estado do Piauí. Segundo Liziê, a Caatinga é um bioma genuinamente brasileiro desprezado e abondonado pelo poder público, que nunca voltou sua atenção para a preservação e desenvolvimento desse habitat.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Comissão tenta votar relatório sobre MP do Código Florestal

 Ruralistas e ambientalistas anunciaram ontem que vão manter obstrução, para adiar a análise da proposta para agosto.

A comissão mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que complementa o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), se reúne hoje para a votação do relatório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que já foi adiada duas vezes. Descontentes com o texto do relator, ruralistas e ambientalistas anunciaram que vão obstruir a votação, para que a análise da proposta seja feita apenas em agosto, após o recesso parlamentar. A reunião será realizada às 10 horas, no Plenário 3 da ala Alexandre Costa, no Senado.
A intenção do presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS), é votar o texto principal amanhã e deixar os destaques para agosto. A MP perde a validade no dia 8 de outubro.

O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), disse que o relator não acolheu nenhuma emenda em benefício do meio ambiente. "Decidimos, o Partido Verde e o movimento ambientalista, fazer obstrução a essa comissão para que a gente possa ter tempo de mobilizar mais uma vez a sociedade e o Executivo possa barrar uma nova investida do retrocesso da legislação ambiental", disse.

Do lado ruralista, o deputado Homero Pereira (PSD-MT) acredita na possibilidade de acordo, mas disse que o parecer de Luiz Henrique precisa ser analisado com calma, em conjunto com as entidades do setor agropecuário. "Estamos produzindo uma lei que vai interferir na vida de muita gente no Brasil, tanto na ótica da produção quanto na ótica da preservação", ressaltou.

O relator, no entanto, afirma que o parecer reflete o acordo possível. "As alterações foram feitas na MP combinadas com o governo. Aquelas [mudanças] com as quais o governo não concordou e que não tiveram consenso com parlamentares foram excluídas", argumentou.
Luiz Henrique leu o relatório ontem de manhã. Ele manteve no texto a exigência de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais. Os ruralistas querem a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou apenas que ela não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade.
Já em relação à Amazônia, onde as propriedades são obrigadas a manter 80% de reserva legal, Luiz Henrique apresentou uma nova solução para não inviabilizar a produção agropecuária.

CPI ouvirá empreiteiros sobre denúncia de tráfico de pessoas para hidrelétricas

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara que investiga o tráfico de pessoas aprovou nesta quarta-feira a convocação dos responsáveis pelo consórcio que está construindo usinas hidrelétricas em Rondônia e no Pará para que esclareçam as denúncias do envio de pessoas, em condições que feririam o Protocolo de Palermo, para atuarem nos empreendimentos que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), autor dos requerimentos, quer que a comissão investigue suspeitas do recrutamento ilegal de trabalhadores, principalmente na região Nordeste que configuraria tráfico humano.
Segundo as denúncias que chegaram à comissão, pessoas que atuam como “gatos” estariam aliciando trabalhadores nestes locais e cobrando deles percentuais para conseguirem emprego nas obras do PAC.
Entre as informações repassadas à CPI há relatos de anúncios divulgados em emissoras de rádio pelos agenciadores para ofertar as vagas de emprego. Após manifestarem interesse, os trabalhadores pagariam até R$ 500 para conseguirem o serviço.
Jordy lembra que o Protocolo de Palermo, do qual o Brasil é signatário, estabelece explicitamente que o tráfico de pessoas significa, entre outras situações, o recrutamento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.

Tráfico de Pessoas: é possível combater?

Por Roberto Marinucci
Pesquisador do Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios – CSEM


O enfrentamento ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e trabalho escravo tornou-se uma das prioridades da pauta de numerosos governos, organismos internacionais e organizações não-governamentais. No mundo contemporâneo é inadmissível que continue esta prática hedionda de mercantilização de seres humanos. No entanto, os números oficiais da Organização Internacional do Trabalho falam em 20,9 milhões de vítimas encontradas no mundo inteiro, sendo que o número efetivo deve ser muito superior.
A região da Ásia-Pacífico apresenta o maior número de pessoas reduzidas à condição análoga à escravidão, com cerca de 11,7 milhões (56% do total), seguido pela África (18%), América Latina (9%) e o Leste europeu (7%). Mas não é apenas um problema dos países em desenvolvimento. Nos EUA, Japão, Canadá, Austrália, Noruega e Países da União Europeia, o número de vítimas chega a 1,5 milhão, cerca de 7% do total.
As vítimas são pessoas sujeitas a empregos impostos através de coação ou de fraude, dos quais elas não podem sair. Conforme um recente relatório da União Europeia, "mulheres e homens, meninas e meninos em situação de vulnerabilidade são vítimas de exploração sexual ou de trabalho, remoção de órgãos, mendicância forçada, servidão doméstica, casamentos forçados, adoções ilegais ou outras formas”. O crime mais comum é a exploração sexual (76%, em 2010), seguido pela exploração do trabalho (14%). No entanto, sobretudo no continente asiático, cresce muito também o tráfico de crianças para fins de mendicância (3%) e de mulheres para servidão doméstica (1%).
Apesar dos discursos oficiais, dos numerosos relatórios elaborados e das políticas públicas implantadas para o enfrentamento, tem-se a impressão de que as sociedades contemporâneas tenham certa tolerância ou omissão sobre a questão do tráfico. Por vezes questões culturais e econômicas acabam legitimando práticas consideradas injustas, mas que, no fundo, "sempre existiram e sempre continuarão existindo”. Em outros termos, a erradicação do tráfico não implica apenas a libertação de pessoas escravizadas, mas se fazem necessárias complexas e profundas mudanças de práticas e cosmovisões culturais, bem como uma redefinição da racionalidade econômica.
Por outro lado, há também um complexo debate acerca das definições teóricas de "trabalho análogo à escravidão” ou acerca da distinção entre "tráfico de pessoas para fins de exploração sexual” e "livre prostituição”. Essas indefinições semânticas, por vezes, acabam dificultando a elaboração de políticas de enfrentamento e, principalmente, a identificação das vítimas.
Outro fator que prejudica o enfrentamento é a instrumentalização da luta contra o tráfico de pessoas com vistas a outras finalidades: às vezes, em nome da proteção das vítimas ou da luta contra o crime organizado legitimam-se a implantação de políticas imigratórias restritivas, confundido, propositalmente, traffickinge smuggling; outras vezes, utiliza-se o tráfico para desacreditar outros países, apresentando-os como origem ou meta de ingentes fluxos de pessoas traficadas ou como países indiferentes à problemática.
A impunidade também é frequentemente considerada como um fator que alimenta a prática do tráfico e, inclusive, a tolerância ou indiferença social em relação a este crime. Não é por acaso que nos últimos anos, no Brasil, várias empresas de ampla difusão nacional e internacional tenham sido acusadas de utilizar trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Finalmente, diante deste cenário muito pouco promissor, torna-se prioritário trabalhar na redução da vulnerabilidade das possíveis vítimas, tanto através da educação e da informação, quanto mediante a oferta de oportunidades para uma vida digna. Esta é também a opinião de irmã Estrella Castalone, da Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, que há anos luta contra o tráfico: "Trata-se de propor não apenas de ‘sair’ do tráfico, mas de dar oportunidades para que melhorem as condições de vida nas aldeias e nas cidades, para que os pais e as famílias possam ‘proteger’ seus filhos”.
[Fonte: Resenha 87].
O governo do Piauí fez doação de terreno de aproximadamente 568 hectares para a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM). O espaço será destinado para implantação de área de preservação ambiental e construção de complexo hoteleiro.


A concessão tem como objetivo o desenvolvimento integrado do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado na cidade de São Raimundo Nonato, a 517 quilômetros de Teresina. Segundo o documento oficial, será construído na área um hotel resort.

A informação consta na edição desta segunda-feira (09) do Diário Oficial do Piauí, divulgado nesta quarta-feira (11) no site oficial do governo na internet. A formalização do processo de doação ficará a cargo da Procuradoria Geral do Estado.

A FUMDHAM fica obrigada a desenvolver o espaço para a conservação da fauna e flora local, no prazo máximo de cinco anos, sob a pena de perder o imóvel, que será devolvido ao patrimônio do Estado do Piauí.

O terreno será divido em cinco partes. O imóvel está localizado nas adjacências do Parque Serra da Capivara.

Seca no Piauí: 184 dos 224 municípios estão em emergência

O governo federal reconheceu hoje (11) 28 municípios do Piauí em estado de emergência. Até o momento, 184 municípios do Piauí decretaram estado de emergência e 127 já foram reconhecidos pelo Ministério da Integração. O estado tem 224 municípios.

Segundo o diretor da Defesa Civil do Piauí, Jerry Herbert, as medidas tomadas para amenizar os problemas causados pela seca foram o Bolsa Estiagem e abastecimento de suprimentos e materiais em poços tubulares. Além disso, foram disponibilizados 130 carros-pipa que atenderão 80 municípios. São Raimundo Nonato é a cidade mais prejudicada.

Ainda de acordo com a Defesa Civil do Piauí, o Ministério da Integração liberou cerca de R$ 15 milhões para compra de equipamentos de poços tubulares e contratação de carros-pipas para abastecimento de água. 

Além dos municípios do Piauí, três municípios da Bahia, dois do Ceará, três do Maranhão, três de Minas Gerais e cinco de Pernambuco foram reconhecidos pelo governo federal como municípios em estado de emergência por causa da estiagem. Duas cidades do Rio Grande do Sul e quatro de Santa Catarina também foram consideradas na mesma situação.

No Paraná, quatro municípios em situação de emergência também foram reconhecidos. Por causa das fortes chuvas no estado durante o mês de junho, já são 147 municípios em situação de emergência, de um total de 399 cidades no estado. Ao todo, mais de 44 mil pessoas foram atingidas com as enchentes, o que resultou em 335 desalojados, 239 desabrigados e cinco pessoas doentes.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Igreja no Piauí aprova documento final da Assembleia de Pastoral do Regional Nordeste IV


Na manhã deste sábado, 07 de junho, os Bispos do Piauí, padres, religiosos e leigos aprovaram o documento final da XXII Assembleia de Pastoral Regional, que teve como tema “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil a luz do Concílio Vaticano II”.


A assembleia teve como assessor o Pe. Antônio Luz Catalan, Membro da Comissão Episcopal Pastoral para Doutrina da Fé, que ao longo do evento realizou aprofundamento sobre as DGAE e o Concílio Ecumênico Vaticano II, promovendo discussões acerca da ação pastoral no estado do Piauí.

Como resultado das discussões, os participantes aprovaram documento com luzes e caminhos para ação evangelizadora no regional Nordeste IV, contemplando os seguintes campos: Identidade Missionária da Igreja, Formação Inicial e Permanente à Vida Cristã, Espiritualidade, Compromisso com a Vida do Nosso Povo e Juventude.

Em seguida, dom João Santos Cardoso, Bispo Diocesano de São Raimundo Nonato, apresentou um apanhado com os principais pontos discutidos durante a Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada no mês de abril na cidade de Aparecida -SP. 



CNBB
REGIONAL NE IV
LUZES PARA A AÇÃO EVANGELIZADORA
2012

O discípulo, fundamentado assim na rocha da Palavra de Deus, sente-se motivado a levar a Boa Nova da salvação a seus irmãos. Discipulado e missão são como as duas faces da mesma moeda: quando o discípulo está apaixonado por Cristo, não pode deixar de anunciar ao mundo que só Ele nos salva (At 4,12). De fato, o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro (Bento XVI, Discurso Inaugural de Aparecida, 3).

A XXII Assembleia de Pastoral do Regional NE IV, realizada de 05 a 07 de julho de 2012, em Teresina-PI, teve como tema principal: “As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil à luz do Concílio Vaticano II”.  A partir das cinco “urgências” apontadas pelo referido documento da CNBB e considerando as grandes intuições do Concílio, foram estabelecidos cinco eixos temáticos, com indicativos de luzes em cada um deles, para a ação evangelizadora da Igreja no Piauí.


1. Identidade missionária da Igreja
A conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim será possível que “o único programa do Evangelho continue introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial” com novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como mãe que vai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão missionária. (DAp nº 370).

Jesus Cristo, o grande missionário do Pai, envia, pela força do Espírito, seus discípulos em constante atitude de missão (Mc 16,15). Quem se apaixona por Jesus Cristo deve igualmente transbordar Jesus Cristo, no testemunho e no anúncio explícito de sua Pessoa e Mensagem. A Igreja é indispensavelmente missionária. Existe para anunciar, por gestos e palavras, a pessoa e a mensagem de Jesus Cristo. Fechar-se à dimensão missionária implica fechar-se ao Espírito Santo, sempre presente, atuante, impulsionador e defensor (Jo 14,16; Mt 10,19-20) (DGAE n º 30).


Luzes

• Intensificar e/ou implantar o processo das Santas Missões populares;
• Criar condições que favoreçam um estado permanente de missão em nossas Comunidades, Paróquias e Dioceses;
• Incentivar as pastorais, movimentos, associações e serviços para assumirem uma postura decididamente missionária;
• Promover a implantação do COMIDI (Conselho Missionário Diocesano) e do COMIPA (Conselho Missionário Paroquial);
• Criar grupos de Infância Missionária e Juventude Missionária;
• Realizar cursos de formação missionária para o Regional NE IV, a partir de 2014, sob a organização e supervisão do COMIRE, em parceria com o Instituto Católico de Estudos Superiores do Piauí - ICESPI;
• Implantar Escolas Missionárias diocesanas;
• Ofertar, através do ICESPI, cursos de formação à distância para leigos, com conteúdo bíblico-catequético, enfocando o discipulado missionário e os ministérios não ordenados.


2. Formação inicial e permanente à vida cristã

O Encontro com Jesus Cristo: Aqueles que serão seus discípulos já o buscam (cf. Jo 1,38), mas é o Senhor quem os chama: “Segue-me” (Mc 1,14; Mt 9,9). É necessário descobrir o sentido mais profundo da busca, assim como é necessário propiciar o encontro com Cristo que dá origem à iniciação cristã. Esse encontro deve renovar-se constantemente pelo testemunho pessoal, pelo anúncio do querigma e pela ação missionária da comunidade (DAp nº 278a).

A comunidade eclesial é o lugar de educação na fé para crianças, adolescentes e jovens batizados, em um processo que os leve a completar sua iniciação cristã. A formação dos discípulos missionários precisa articular fé e vida [...]. A formação dos leigos e leigas precisa ser uma das prioridades da Igreja Particular, dado que é “um direito e dever para todos”. Ela se torna mais efetiva e frutuosa quando integrada em um “projeto orgânico de formação”, que contemple a formação básica de todos os membros da comunidade e a formação específica e especializada, sobretudo para aqueles que atuam na sociedade, onde se apresenta o desafio de dar “testemunho de Cristo e dos valores do Reino” (DGAE nº 91).


Luzes

• Criar e/ou fortalecer Escolas Catequéticas nas Dioceses e Paróquias;
• Incentivar a Catequese com estilo catecumenal, favorecendo-se o encontro vital com Cristo;
• Fazer da Sagrada Escritura e do Catecismo da Igreja Católica instrumentos privilegiados da ação catequética;
• Criar Escolas Bíblicas para a formação de catequistas e agentes de pastoral;


3. Espiritualidade

 Entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura existe uma privilegiada à qual todos somos convidados: a Lectio divina ou exercício de leitura orante da Sagrada Escritura. Essa leitura orante, bem praticada, conduz ao encontro com Jesus-Mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus-Messias, à comunhão com Jesus-Filho de Deus e ao testemunho de Jesus-Senhor do universo (DAp nº 249).

 A espiritualidade, a vivência da fé e do compromisso de conversão e transformação nos orientam para a construção da caridade, da justiça, da paz, a partir das pessoas e dos ambientes onde há divisão, desafetos, disputas pelo poder ou por posições sociais. Este é um tempo em que, através de “novo ardor, novos métodos e nova expressão”, respondamos missionariamente à mudança de época com o recomeçar a partir de Jesus Cristo (DGAE nº 24).


Luzes

• Incentivar o método da Leitura Orante da Bíblia (Lectio Divina) nas diversas atividades pastorais, especialmente nas de caráter catequético, bíblico e formativo;
• Promover a criação e o fortalecimento de Círculos Bíblicos;
• Favorecer a “animação bíblica de toda a pastoral”;
• Valorizar a piedade popular como lugar de encontro com Jesus Cristo (cf. DAp 258-265);
• Promover retiros pulares para lideranças, favorecendo uma autêntica experiência de Deus, segundo a metodologia das oficinas de oração e vida e dos retiros inacianos.


4. Compromisso com a vida

 Os cristãos, como discípulos e missionários, são chamados a contemplar, nos rostos sofredores de nossos irmãos, o rosto de Cristo que nos chama a servi-lo neles: “Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo”. Eles desafiam o núcleo do trabalho da Igreja, da pastoral e de nossas atitudes cristãs. Tudo o que tenha relação com Cristo tem relação com os pobres, e tudo o que está relacionado com os pobres clama por Jesus Cristo: “Tudo quanto vocês fizeram a um destes meus irmãos menores, o fizeram a mim” (Mt 25,40) (DAp nº 393).

 Em meio a um mundo marcado por tantos sinais de morte e inúmeras formas de exclusão, “a Igreja, em todos os seus grupos, movimentos e associações, animados por uma Pastoral Social estruturada, orgânica e integral”, tem a importante missão de defender, cuidar e promover a vida, em todas as suas expressões (DGAE nº 106).


Luzes

• Implantar e articular as Pastorais Sociais, tendo como referencial a Doutrina Social da Igreja;
• Dar maior visibilidade às Pastorais Sociais, com uma formação contínua e integrada, e estabelecendo parcerias com outras pastorais;
• Considerar, na ação pastoral, o povo como protagonista de sua história;
• Promover a formação política do nosso povo, sensibilizando-o para uma participação consciente nas decisões políticas, elegendo candidatos comprometidos com a vida;
• Promover e enfatizar a Ação Social, em nível paroquial e diocesano, a serviço dos pobres;
• Mobilizar as forças vivas da sociedade em defesa das propostas dos fóruns sobre estiagem e outras situações emergenciais;
• Desenvolver ações que visem a convivência sustentável com o semiárido e outros biomas;
• Intensificar campanhas em defesa da vida, da justiça e da paz;
• Incluir um representante de cada diocese na Coordenação Regional das Pastorais Sociais;
• Divulgar os resultados e encaminhamentos das Campanhas, Romarias e outras ações sociais do Regional, em vista da continuidade das mesmas.


5. Evangelização da juventude

 Privilegiar na Pastoral da Juventude processos de educação e amadurecimento na fé como resposta de sentido e orientação da vida, e garantia de compromisso missionário. De maneira especial, buscar-se-á implementar uma catequese atrativa para os jovens que os introduza no conhecimento do mistério de Cristo, buscando mostrar a eles a beleza da Eucaristia dominical que os leve a descobrir nela Cristo vivo e o mistério fascinante da Igreja (DAp nº 446d).

Atenção especial merecem os nossos jovens. A beleza da juventude e os inúmeros desafios para a plenitude de sua vida exigem urgentes iniciativas pastorais nas diversas instâncias de nossa ação evangelizadora (DGAE nº 81).


Luzes

• Favorecer, entre os jovens, a vivência da fé cristã, incentivando-os ao engajamento em suas comunidades;
• Promover missões jovens;
• Proporcionar a formação de lideranças para o trabalho com a juventude, a partir do Doc. 85 da CNBB: Evangelização e juventude;
• Valorizar os processos do trabalho da pré e da pós-JMJ como oportunidade de formação dos jovens;
• Valorizar a Semana da Cidadania e o DNJ como oportunidades de ação juvenil organizadas/promovidas pelo Setor de Evangelização da Juventude;
• Incentivar e acompanhar pastorais e serviços no campo universitário;
• Criar casas de recuperação de dependentes químicos;
• Encontrar caminhos pastorais, como as iniciativas de trabalho e renda, que ajudem os jovens a permanecer em suas comunidades, evitando-se a migração forçada;
• Intensificar a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens.
• Incentivar e acompanhar o Projeto Leccionautas.


Maria, Virgem da Vitória e modelo de ação evangelizadora para a Igreja, nos acompanhe com sua maternal intercessão.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Contribua com a Repórter Brasil. E ajude a garantir dignidade para milhões de pessoas

Doações diretas agora podem ser feitas pelo sistema PagSeguro. Colabore e ajude a fortalecer diferentes projetos nas áreas de jornalismo, educação e pesquisa em todo o país


Os impactos sociais e ambientais causados pelo desenvolvimento não sustentável estão no centro da agenda mundial. Ao mesmo tempo, o Brasil deve ocupar o posto de quinta maior economia do mundo nos próximos cinco anos. Parte significativa desse salto deve acontecer por conta da produção, processamento e comercialização de matérias-primas e alimentos, que estão aumentando em ritmo frenético para suprir a demanda interna e externa. O problema é que ser o "celeiro do mundo" tem o seu lado ruim: na perspectiva de alcançar o futuro, adotam-se práticas do passado.
Nos últimos 16 anos, mais de 41 mil pessoas foram libertadas do trabalho escravo em fazendas, carvoarias, oficinas de costura e canteiros de obras espalhados pelo país. Nesse mesmo período, lideranças sociais foram assassinadas em conflitos agrários; extensas áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal foram desmatados ilegalmente e indígenas acabaram despejados de suas terras para dar lugar a lavouras ou hidrelétricas. O progresso veio, mas nem sempre trouxe felicidade a todos.
E se por um lado isso traz dor e sofrimento a milhares de pessoas, por outro mancha de forma indelével a imagem do país e de seus produtos. Em um contexto de acirrada competição global, em que barreiras não tarifárias são erguidas por qualquer motivo, os repetidos casos de trabalho infantil, tráfico de meninas ou contaminação por agrotóxicos podem e serão usados como justificativa.
Para que esses casos de violações aos direitos cessem é necessário, antes de mais nada, informação confiável e de qualidade. Dados que mostrem onde o problema está, análises que desvendem sua natureza, metodologias que indiquem como resolvê-lo.
A Repórter Brasil é reconhecida como a mais importante fonte de informação sobre trabalho escravo no Brasil, dentro e fora do país. Suas reportagens, pesquisas e metodologia educacional são usadas pelo poder público, o setor empresarial e a sociedade civil como instrumentos diários de trabalho. Sem elas, seria impossível combater esse crime contra os direitos humanos, sem elas o Brasil não seria considerado o principal exemplo mundial no combate ao problema.
A Repórter Brasil caminha para se tornar a principal fonte de análises e informações sobre os conflitos no campo e as violações aos direitos sociais e ambientais dos povos e trabalhadores rurais. Com isso, as lideranças sociais, políticas e econômicas dos três setores contarão, cada vez mais, com ferramentas para trabalharem por um desenvolvimento feito de forma justa e democrática.
O que os agrocombustíveis precisam ter para garantir que sejam realmente limpos? É possível identificar as mercadorias que causaram graves impactos sociais e ambientais em sua produção e retirá-las do mercado? Como garantir que a educação de crianças, jovens e adultos os preparem para os desafios que enfrentarão na zona rural da quinta maior economia do mundo?
A Repórter Brasil está, há 10 anos, trabalhando para fornecer as respostas para essas perguntas.
Ajude você também esse trabalho!
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Muito obrigado!
Leonardo Sakamoto
Diretor da Repórter Brasil

Estudo denuncia como indústria de ferro e aço lucra com escravidão e desmatamento

Relatório aponta que 60% do carvão vegetal utilizado vem de matas nativas e não de reflorestamento. Exploração de trabalhadores marca produção nacional 

Por Repórter Brasil
A produção de ferro-gusa e aço no Brasil tem em sua base problemas graves que precisam de soluções urgentes e mudanças drásticas. É o que aponta o estudo "Combate à devastação ambiental e ao trabalho escravo na produção do ferro e do aço", feito pelas organizações Repórter Brasil e Papel Social, a pedido de WWF-Brasil, Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Rede Nossa São Paulo e Fundación Avina. O documento, resultado de mais de dois anos de pesquisas, foi apresentado terça-feira, dia 12, durante a Conferência Ethos Internacional, em São Paulo (SP). Clique aqui ou na imagem abaixo para obter uma versão digital em PDF

 
Com exemplos detalhados e bem documentados, o estudo apresenta problemas recorrentes no setor com especial atenção para o desmatamento e os impactos provocados na Amazônia, Pantanal e Cerrado, bem como para os casos de flagrantes de escravidão, que afetam principalmente trabalhadores pobres sem alternativas de emprego e renda.
Principais polos de produção e
consumo de carvão ilegaldo país
Pesquisas de campo realizadas em Brasília (DF), Montes Claros (MG), Rio Pardo de Minas (MG), Várzea da Palma (MG), Sete Lagoas (MG), Belo Horizonte (MG), Conceição do Pará (MG), Campo Grande (MS), Aquidauna (MS), Marabá (PA), São Luís (MA), e Imperatriz (MA) permitiram não só traçar e demonstrar a ligação direta entre algumas das principais fabricantes de ferro e aço do país com a produção de carvão clandestino, como também detalhar mecanismos comumente utilizados para driblar a fiscalização.
Um exemplo é a lavagem de carvão, quando unidades produtoras ilegais regularizam o produto com documentos falsos ou apresentando a produção como se fosse de uma unidade regularizada. O estudo também trata de reflorestamento de fachada, uso de terras públicas, contrabando de carvão do Paraguai e de como o desmatamento e a exploração do homem têm recebido apoio e investimentos públicos. 
Foram identificados grupos que usaram carvão vegetal de fontes que flagradas produzindo de forma ilegal. Entre eles, Libra Ligas, Rotavi, Sinobrás, Sidepar, Cosipar, Gusa Nordeste, Brasil Verde, Simasul, Vetorial, Grupo Itaminas, entre outros. Essas empresas, enquanto processavam esse carvão, estiveram conectadas comercialmente a grandes companhias como ArcelorMittal, Cosipa, Gerdau, Mahle, Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen.