Familias do Assentamento Rio Preto
Superitendente do INCRA
CPT e diretoria da Associação
Celebração de Ação de graças
Depois de passarem por várias
situações de conflitos, perseguições, espancamentos, queimas das casas e
expulsão das 21 famílias que moravam e trabalhavam no imóvel Sucruiú, hoje elas
comemoram o retorno para a área, e desta vez de cabeças erguidas e com o
sentimento de que lutar pelos seus direitos não foi em vão.
Essa luta pela conquista da terra
se intensificou a partir do início de 2008 quando o proprietário do imóvel de
forma arbitrária e cruel expulsa as 21 famílias da área provocando uma
verdadeira barbárie. Todas as casas foram queimadas, pessoas espancadas,
inclusive uma criança.
A partir daí nenhuma família pode
fazer seus cultivos na área, sendo-as obrigadas a buscar abrigos em comunidades
vizinhas e na cidade.
Neste processo de luta pelos seus
direitos tiveram o apoio da FETAG e o acompanhamento sistemático da Comissão
Pastoral da Terra (CPT) e STR de Bom Jesus. Durante estes quatro anos a CPT
Regional do Piauí realizou várias atividades de formação junto às famílias
envolvidas no conflito, onde foram desenvolvidas temáticas no campo da
organização (Associativismo), Reforma Agrária, além das múltiplas audiências no
INCRA sobre o processo de desapropriação do referido imóvel.
Toda essa luta e o acreditar
dessas famílias resultou na criação do Assentamento Rio Preto, nome esse
escolhido pelas próprias famílias beneficiadas. A área desapropriada mede 4.000
hectares e foram assentadas 41 famílias.
As famílias empolgadas com a
conquista da terra fizeram duas festas em uma: 1. Solenidade de imissão de
posse com a presença do Dr. Francisco Limma, superintendente do INCRA; 2.
Constituição da Associação Comunitária do Assentamento Rio Preto.
Como ação de Graças dessa grande
conquista houve uma celebração Eucarística proferida pelo Padre João,
missionário que sempre esteve presente na vida deste povo.
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