sexta-feira, 26 de março de 2010

CONFLITOS NO CAMPO.

Os trabalhadores rurais da localidade Vassoural, municipio de Madeiro, PI, senhor ANTONIO LUIZ PEREIRA DE ARAÚJO e ISAÍLTON SOUZA ARAÚJO, foram prezos na tarde da ultima terça feira dia 23 de março, pelo delegado da cidade de Matias Olimpio, em seguida foram transferido para cidade de Luzilandia e levados para a penitencia de Esperantina, PI. Os mesmo estao sendo acusado de furto pelo senhor proprietario Luiz Quaresma de Sousa.

Já foram tomadas providência junto a CPT e o INCRA, para que os trabalhadores sejam assistidos.

quarta-feira, 24 de março de 2010

“ Água, água sagrada. Água, água sagrada”


















“ Água, água sagrada. Água, água sagrada”
( Zé Vicente)



Foi com esta expressão poética do canto água sagrada, que o Fórum das Pastorais Sociais celebrou a Semana da Água.
A semana foi marcada por uma vasta programação com debates sobre o cuidado que devemos ter com o nosso meio ambiente, sobre a construção de barragens no leito do Rio Parnaíba e da vasta plantação de eucalipto que assola o nosso Estado.

Para finalizar a semana de atividades, foi realizando uma celebração na Praça Pedro II, que contou com a participação de comunidades, organizações e das Pastorais Sociais. Após o momento celebrativo os participantes tiveram um momento para expressar a toda a sociedade as preocupações em relação ao uso e o cuidado que devemos ter com a água. A Água é uma dádiva de Deus.

8 de março, reune mais de 800 mulheres em Esperantina, PI













Mais de 800, mulheres trabalhadoras rurais e demais categorias de Esperantina, se reuniram para comemorar seu dia, o evento neste ano aconteceu no dia 07 de Março Domingo, no ginasio Nogueirão.

O evento inicou-se muito cedo, com a santa Missa na Igreja de Nossa Senhora da Boa Esperança, celebrada pelo Padre Bernardo, onde teve grande participação, com a presença de varias autoridades. em seguida as companheiras sairam em caminhda, passando pelo mercado publico, até o ginásio.

As mulheres da zona rural do municipio, grande parte delas foram transportada por carros da prefeitura. O evento este ano teve um grande singnificado que foi trabalhar com as mulheres da zona urbana, parabens as entidades que estiveram envolvidas na organização, como STR, Cepes, MIQCB, Piju, IAPEP, KOLPING, Pastoral da Criança, AMAE, CPT e o poder publico municipal.
Informações Dicioneide e Genésio, CPT de Parnaiba.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Oficina - Escravo nem pensar

Acontecerá no dia 19 de março de 2010 a oficina Escravo nem pensar, com o objetivo de formar educadores e educadoras sobre o tema do trabalho escravo rural contemporâneo.

Local: Sindicato dos Comerciarios.
Horário: 8:30h as 17:30h

Realização ONG Repórter Brasil

sexta-feira, 12 de março de 2010

FRUTO DA TERRA E DA LUTA

Vendo esta melancia nos parece somente um fruto bonito, ou não. No entanto, ela representa toda uma história de sangue, suor e lágrimas dos trabalhadores piauienses que já foram migrantes, escravizados da cana, dos pastos do gado, da junquira, das carvoarias, da soja, nas diversas regiões do país. Representa uma história de garra, coragem, compromisso e organização de um povo, de um grupo de trabalhadores que passou a acreditar na sua capacidade e potencial.
Esta é a primeira melancia de muitas que certamente virão do Assentamento Nova Conquista, o primeiro voltado para trabalhadores migrantes, vítimas do trabalho escravo, criado em 2008 no município de Monsenhor Gil, Piauí. A emoção e alegria de ver este fruto foi especial e indescritível. As pessoas podem não entender e até achar uma besteira alguém se emocionar ao ver uma melancia, considerando que já se presenciou tantas outras produções em vários outros assentamentos que ajudamos a construir, só que nesse caso específico foi a partir de uma luta contra o trabalho escravo. Esse assentamento tem uma característica diferente, representa as possibilidades do Estado, a partir dessa luta, assumir de fato o seu papel, criando urgentemente as políticas públicas tão necessárias para os trabalhadores migrantes.
Cabe aos poderes constituídos desta nação criarem as condições dos trabalhadores permanecerem em sua terra de origem. Os trabalhadores demonstram que têm potencial e capacidade de produzirem. Cabe ao INCRA oferecer as condições, infra-estruturas, casas, liberação de créditos, assistência técnica, etc.
Ficamos a imaginar o que seria dessa terra se junto com a imissão de posse tivessem vindo todos os itens citados acima. A produção e a permanencia dos trabalhadores em seu Estado de origem seria outra, talvez não precisássemos mais falar em migração forçada e em trabalho escravo naquele município.

Fique Espert@!
De olho aberto para não virar escrav@!

terça-feira, 9 de março de 2010

Documento entre ao Sr. Prefeito de Miguel Alves.


Excelentíssimo Sr. Prefeito Oliveira Junior,

Tendo em vista o dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, PI, juntamente com a Comissão Pastoral da Terra, vem através deste reivindicar e solicitar quais foram os encaminhamentos concretos dados por esta instituição referente ao documento entregue por ocasião da Audiência Pública, no dia 02 de março de 2009, na Câmara de Vereadores desta cidade.

Resumidamente segue as reivindicações já solicitadas:

1º O encaminhamento junto aos órgãos competentes para a criação de uma delegacia especial da mulher nesse município.

2º Saúde: ampliação de vaga para atendimento odontológico para as trabalhadoras e trabalhadores do interior; maior atenção no atendimento ginecológico para as mulheres.

3º Água: o acesso a água de qualidade no Assentamento Retrato, na Pedra Grande e nas comunidades do Ezequiel, Bom Principio.

4º Educação: acesso a educação de qualidade para jovens e adultos, especialmente as mulheres, das comunidades: Retrato, Pedra Grande, Ezequiel, Bom Principio, Riacho do Conrado, Paraíso São Benedito, Centro do Designo, Jenipapeiro da Mata, Mato Seco, Todos os Santos.

5º Que o Poder Público faça no município, juntamente com a sociedade civil um amplo debate para a criação do Babaçu Livre. A Lei do Babaçu Livre garante às quebradeiras de coco do município e às suas famílias o direito de livre acesso e de uso comunitário dos babaçus (mesmo quando dentro de propriedades privadas), além de impor restrições significativas à derrubada da palmeira.

Temos consciência que estar à frente de um órgão público é uma tarefa difícil, porém, o maior desafio de um gestor público é criar mecanismos de seus compatriotas não se submeterem as condições de violência e negação dos direitos, que destroem a vida. Portanto, é dever do Estado criar as condições para as pessoas permanecerem de forma digna em sua terra, tendo seus direitos respeitados, possibilitando que e a mulher e o homem do campo e cidade seja capaz de exercer sua cidadania e ter seus direitos garantidos.


Combater todas as formas de violência contra as mulheres é nosso dever e obrigação.

Miguel Alves, 08 de março de 2010.




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Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco Comissão Pastoral da Terra.

8 de março, Miguel Alves, PI

Concluindo a atividade, o grupo de animação puxa o cordão da ciranda para o local do almoço.
Rose, fala em nome da CPT Regional.
Exposição e venda dos produtos dos grupos.
Grupo que animou a manhã de mobilização.

Participação das escolas do Município na atividade
Era gente chegando de todos os lados, a feira ficou muito movimentada.
Entrando na ciranda, a grande roda da vida.

Alice, lê o documento contendo as reivendicações das mulheres e entrega ao Sr. Prefeito Oliveria Junior.

Apresentação dos grupos de Mulheres - Todos os Santos, com o tema Violência contra a mulher e criação da delegacia da mulher no município.


Apresentação Grupo do Ezequiel, com o tema Violência contra a mulher.

Fala de abertura da presidente da Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco, Sr. Auxiliadora.
Entrando no trem..... com muita animação.

Muita animação.....
Toinha em nome da Associação das Mulheres Quebraeiras de Coco e da CPT, faz agradecimento a todas e todos que contribuiram na realização da atividade.

sábado, 6 de março de 2010

Associação das Quebradeiras de coco realiza mobilização no dia internacional mulher

A Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí (CPT-PI) em parceria com a Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves, realizam na próxima segunda-feira (8) mobilização alusiva ao Dia Internacional da Mulher. Um ato público será realizado no centro da cidade com reivindicações e também exposições de produtos artesanais. Mais de 500 mulheres são esperadas para o evento.

Este é o terceiro ano que a mobilização é feita na cidade. O objetivo é celebrar, fortalecer a luta das mulheres por melhores condições de vida e reivindicar políticas públicas de qualidade para as mulheres: “A CPT atua junto aos grupos com a formação humana e política, empoderamento, geração de renda com a fabricação de produtos de limpeza, artesanato e agora vamos intensificar um processo de capacitação para um maior aproveitamento de coco babaçu. No acompanhamento destes trabalhos, percebemos as necessidades pelas quais as trabalhadoras passam e por isso estamos levando as reivindicações para o ato público. O evento dá visibilidade para que as mulheres sejam reconhecidas como sujeitas de direito ”, declara Roselei Bertoldo.

A assessora afirma que a mobilização será um momento de denuncia sobre a violência praticada contra as mulheres. Ela cita dados nacionais que são assustadores onde quatro mulheres são espancadas por minuto no Brasil. Dos atos de violência que as mulheres sofrem, a grande maioria é praticada por alguém muito próximo: “70% dos assassinatos são cometidos por ex-maridos ou ex-namorados. Estima-se que somente 10% das mulheres brasileiras vítima de violência fazem denuncia. A Violência responde por aproximadamente 7% das mortes de mulheres entre 15 a 44 anos no mundo todo. Aqui no Piauí a situação é agravante conforme dados da Delegada Vilma Alves. Só no ano de 2009 foram feitas 2.441 denuncias de violência, já em Miguel Alves, no mesmo ano, foram realizadas cinco denuncias”.

Uma programação variada foi montada para o dia internacional da mulher, onde será realizada uma alvorada e animação às 4h. Apartir das 7h será iniciado um ato público com a apresentação dos grupos de mulheres organizadas, denuncia dos casos de violência e entrega de um documento com reivindicações ao Prefeito da cidade, Oliveira Júnior. O documento cobra do poder público municipal o cumprimento das solicitações feitas ainda em 2009, como a criação da delegacia especial da mulher; ampliação de vaga para atendimento odontológico para as trabalhadoras e trabalhadores do interior; maior atenção no atendimento ginecológico; acesso a água de qualidade no Assentamento Retrato, na Pedra Grande e nas comunidades do Ezequiel, Bom Principio; educação e por fim que o Poder Público faça no município, juntamente com a sociedade civil um amplo debate para a criação do Babaçu Livre. A Lei do Babaçu Livre garante às quebradeiras de coco do município e às suas famílias o direito de livre acesso e de uso comunitário dos babaçus (mesmo quando dentro de propriedades privadas), além de impor restrições significativas à derrubada da palmeira.

“O evento celebra as tantas vitórias, conquistas realizadas pelos grupos de mulheres organizados, o fortalecimento da auto-estima, a independência financeira, salário maternidade, aposentadoria, auxilio doença, Lei Maria da Penha. Por outro lado, o dia 8 de março é um dia de fortalecer a luta organizada das mulheres na garantia dos direitos que ainda hoje são violentamente negados”, diz Roselei.

A Comissão Pastoral da Terra desenvolve trabalho em Miguel Alves há mais de cinco anos com o acompanhamento e organização de áreas de conflitos e assentamentos. Mais recentemente, a CPT-PI intensificou o apoio aos grupos de mulheres, que resultou na criação da Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco, onde são desenvolvidos trabalhos de geração de renda, associativismo e educação. O trabalho é considerado referência e a experiência na cidade já foi levada para o Encontro de Políticas Públicas, ocorrido em novembro de 2009 na Fortaleza (CE).

Magnus Regis
Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí
cptpi@velox.com.br
86 3222-4555


quinta-feira, 4 de março de 2010

Piauienses são enganados com "falso emprego" em Rondônia

03/03/10, 19:52

Piauienses são enganados com "falso emprego" em Rondônia

Grupo de 44 pessoas ficou sem comer ou ter onde dormir em Porto Velho/RO. Justiça condenou empresa a indenização.

Um grupo de 44 piauienses ficou sem comer ou ter onde dormir em Porto Velho/RO no final da última semana. Eles chegaram no dia 25 a capital de Rondônia com a promessa de emprego, mas souberam apenas lá de que não seriam mais necessários. Após venderem pertences e até fazerem empréstimos para viajar em busca de uma nova vida, todos tiveram de dormir na rodoviária da cidade, sem ter o que comer. A Justiça concedeu indenização a todos eles.

Fotos: SITCCERO

Um funcionário da empresa Consarg teria prometido os postos de trabalho aos piauienses na usina Jirau. Vindos de Luzilândia, norte do Estado, eles tiveram de ficar um dia na rodoviária. A presença de um grupo tão grande chamou a atenção da sociedade, e dois procuradores acompanharam o caso. A ajuda surgiu já na sexta-feira.

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil no Estado de Rondônia - SITCCERO -, conseguiu comida e alojamento para os piauienses. Na última segunda-feira (1º), os trabalhadores conseguiram na Justiça uma idenização de R$ 1.500, além da passagem de volta. A decisão foi do Ministério Público do Trabalho e vale para 41 dos trabalhadores. Três conseguiram recursos e já retornaram para o Estado.

Segundo Anderson Machado, administrador do Sindicato, ficou combinado que os trabalhadores vão receber a passagem e a idenização às 10h (11h em Teresina) de quinta-feira. A viagem de volta fica a critério de cada um dos trabalhadores.


Sonho acabado
A ida foi cheia de esperanças, mas faltam até os R$ 430 para a passagem de volta para o Piauí, e o fim do pesadelo que dura uma semana. Cinco empresas até surgiram para dar emprego. Treze trabalhadores aceitaram inicialmente, mas hoje só seis querem ficar. "Estamos deixando eles bem a vontade para tomar essa decisão. A vida deles está em jogo", disse ao Cidadeverde.com Clébio Lobato, assessor executivo do sindicato, explicando que o mercado está em plena expansão na região.

"Eles vão querer maltratar a gente depois que procuramos o Ministério Público", disse Francisco das Chagas Teixeira em entrevista ao jornal Diário da Amazônia. Ele deixou esposa e sete filhos no Piauí por conta da promessa de emprego.


Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com