Um ato religioso marcou nesta sexta, em Belém, os cinco anos do assassinato da missionária Dorothy Stang, que denunciava conflitos de terra no Pará. Dos cinco acusados do crime, quatro foram condenados e presos e um ainda aguarda julgamento em liberdade.
Um mês antes de morrer, Dorothy escreveu uma carta chamando a atenção das autoridades para a situação na região.
Na carta endereçada à Corregedoria da Polícia Civil do Pará, Dorothy Stang pede que sejam tomadas medidas para evitar os conflitos na região de Anapu, no sudoeste do estado, e faz várias denúncias de violência. Uma delas envolve o nome Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.
Ele é um dos fazendeiros acusados de encomendar a morte da missionária. Bida está preso, mas terá direito a um novo julgamento.
A missionária também denuncia ameaças feitas por Regivaldo Pereira Galvão, que tem o apelido de Taradão, outro acusado de ordenar o assassinato dela e que até hoje não foi julgado.
A carta faz parte de uma extensa documentação em que a missionária denunciava às autoridades casos de violência contra famílias de lavradores que lutam pelo direito à terra.
Um mês depois de escrever essa carta, Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros. E depois que aconteceu o crime, todo ano manifestantes se reúnem para pedir justiça e mais atenção aos trabalhadores do campo.
Movimentos sociais organizaram um ato inter-religioso em frente ao Tribunal de Justiça de Belém. “É oração para que a gente não desista e tenha a mesma força e energia de ir até as últimas conseqüências”, disse a missionária Rebecca Spires.
Segundo levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra, a impunidade ainda prevalece no campo. Os dados mostram que, num período de 26 anos, foram assassinados no Pará mais de 680 trabalhadores rurais e que 62% dos casos não foram investigados.
Os números revelam também que dos processos localizados no Tribunal de Justiça, somente 12,5% foram a julgamento. E, dos nove mandantes condenados, apenas um está preso: o fazendeiro Bida.
“Se houvesse a punição exemplar com certeza o cenário não seria esse”, acredita Mary Cohen, advogada do Comitê Dorothy.
O Tribunal de Justiça do Pará declarou que não há demora no julgamento dos processos e sim a obediência aos ritos do Judiciário.
O tribunal anunciou que fará um mutirão até o fim do ano para acelerar os julgamentos de crimes no campo.
A Secretaria de Segurança Pública do Pará observou que o estado é o único do Brasil com uma delegacia especializada em conflitos agrários.
FONTE: Jornal Nacional, Tv Globo
Um mês antes de morrer, Dorothy escreveu uma carta chamando a atenção das autoridades para a situação na região.
Na carta endereçada à Corregedoria da Polícia Civil do Pará, Dorothy Stang pede que sejam tomadas medidas para evitar os conflitos na região de Anapu, no sudoeste do estado, e faz várias denúncias de violência. Uma delas envolve o nome Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida.
Ele é um dos fazendeiros acusados de encomendar a morte da missionária. Bida está preso, mas terá direito a um novo julgamento.
A missionária também denuncia ameaças feitas por Regivaldo Pereira Galvão, que tem o apelido de Taradão, outro acusado de ordenar o assassinato dela e que até hoje não foi julgado.
A carta faz parte de uma extensa documentação em que a missionária denunciava às autoridades casos de violência contra famílias de lavradores que lutam pelo direito à terra.
Um mês depois de escrever essa carta, Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros. E depois que aconteceu o crime, todo ano manifestantes se reúnem para pedir justiça e mais atenção aos trabalhadores do campo.
Movimentos sociais organizaram um ato inter-religioso em frente ao Tribunal de Justiça de Belém. “É oração para que a gente não desista e tenha a mesma força e energia de ir até as últimas conseqüências”, disse a missionária Rebecca Spires.
Segundo levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra, a impunidade ainda prevalece no campo. Os dados mostram que, num período de 26 anos, foram assassinados no Pará mais de 680 trabalhadores rurais e que 62% dos casos não foram investigados.
Os números revelam também que dos processos localizados no Tribunal de Justiça, somente 12,5% foram a julgamento. E, dos nove mandantes condenados, apenas um está preso: o fazendeiro Bida.
“Se houvesse a punição exemplar com certeza o cenário não seria esse”, acredita Mary Cohen, advogada do Comitê Dorothy.
O Tribunal de Justiça do Pará declarou que não há demora no julgamento dos processos e sim a obediência aos ritos do Judiciário.
O tribunal anunciou que fará um mutirão até o fim do ano para acelerar os julgamentos de crimes no campo.
A Secretaria de Segurança Pública do Pará observou que o estado é o único do Brasil com uma delegacia especializada em conflitos agrários.
FONTE: Jornal Nacional, Tv Globo
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