quarta-feira, 29 de julho de 2009

CPT-PI DENUNCIA: PIAUÍ REGISTRA CASOS DE TRABALHO ESCRAVO.

PIAUÍ REGISTRA CASOS DE TRABALHO ESCRAVO

Apesar da extinção da escravidão no Brasil, nos últimos anos se tornou comum ouvir falar em trabalho escravo, no rádio, na televisão e em outros meios de comunicação. Em 2008, 5.244 trabalhadores foram resgatados no Brasil. Grande parte dos registros de escravidão ocorrem na indústria do álcool, açúcar e do agronegócio de grãos nos cerrados.
O Trabalho Escravo é crime, transforma o ser humano em objeto descartável e se caracteriza pelos seguintes fatores:

Ø Aliciamento com promessas enganosas
Ø Dívida crescente
Ø Não recebimento de salário
Ø Condições desumanas de alojamentos e alimentação
Ø Violência física, ameaça e pressão psicológica
Ø Impedimento de sair

No Piauí, entre 2004 e 2008 foram registrados 18 casos de trabalho escravo que envolveu mais de 800 trabalhadores. Além disso, o Estado é considerado exportador de mão de obra escrava. Há registros dessa prática de crime na cultura da soja e em carvoarias envolvendo 161 trabalhadores dos municípios de Barras, Elesbão Veloso, Regeneração, Porto, Miguel Alves, Uruçuí que foram libertados pelo o Ministério do Trabalho. Em 2008, também foram resgatados 1.364, trabalhadores piauienses em situação análoga de trabalho escravo em outros Estados.

POLITICAS DE PREVENÇÃO AO TRABALHO ESCRAVO

Ø Governo Federal: reforma Agrária e política agrícola, com foco na economia solidaria.
Ø Congresso Nacional: PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 438 da expropriação
Ø Instituições Financeiras: suspender o crédito e barrar financiamento público a escravagistas
Ø Governo do Estado: Construir programa de inserção dos trabalhadores resgatados; focar políticas públicas.

Reduzir alguém a condição escravo é crime!
Vamos acabar com essa vergonha!
DENUNCIE!

De olho aberto,
para não virar escravo
!

Comissão Pastoral da Terra
Regional Piauí
(86) 3222-4555

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Esperantina foi sede de oficina de enfrentamento do trabalho escravo no Piauí

Teve inicio na última terça-feira (03) e finalizou na manhã deste sábado na casa São Vicente a Oficina Pedagógica no enfrentamento ao trabalho escravo no Piauí. O curso foi voltado para 40 professores da rede municipal e estadual de ensino e para 10 lideranças sociais.




Segundo a jornalista Ana Cristina Martins da Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos e da Juventude, declarou que esta foi a 12ª Oficina Pedagógica já realizada no Estado sobre o aliciamento de mão de obra escrava.

Ana Martins explicou que este tipo de Oficina vai está acontecendo também em outros 15 municípios do Estado que se enquadram no aliciamento ao trabalho escravo e citou que em 2004 um esperantinense de nome José da Silva foi morto por causa de aliciamento escravo.



Já a palestrante, Joana Lucia Feitosa que faz parte da Comissão Pastoral da Terra disse que a Oficina possibilitará que cada professor desenvolva nas escolas do município e do estado a temática sobre o trabalho escravo e sobretudo que possibilite aos alunos esclarecimentos dos direitos trabalhistas e social que são bases para se garantir a cidadania do ser humano.
A Professora Bete Aguiar, disse que achou a Oficina ótima e muita rica em informações. "Mas é muito triste vê que ainda existe trabalho escravo diante de nossos olhos",declarou a professora.
O professor Genésio Alves, falou que foi um momento muito importante para abrir mais a discussão sobre o trabalho escravo principalmente voltado para a realidade atual onde a maioria dos jovens na faixa etária de 15 a 25 anos são aliciados.

Fonte: jornalesp.com

Original em: http://jornalesp.com/2009/07/04/esperantina-foi-sede-da-oficina-de-enfrentamento-do-trabalho-escravo-no-piaui/?show=gallery




quinta-feira, 9 de julho de 2009

Comissão Pastoral da Terra realiza curso de Juristas Populares


A Comissão Pastoral da Terra, Regional do Piauí (CPT-PI) realiza no período de 11 a 17 de julho de 2009, no CCHL da Universidade Federal do Piauí, o terceiro módulo do curso de Juristas Populares.
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A iniciativa tem o objetivo de capacitar 40 lideranças rurais para atuarem como agentes multiplicadores na luta e garantia dos direitos, como também na conquista da cidadania.
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As lideranças dos municípios acompanhados pela CPT-PI nas Dioceses de Bom Jesus, São Raimundo Nonato, Picos, Parnaíba, Campo Maior e Teresina participam do encontro.
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O curso de Juristas Populares tem como parceira a Pro-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Piauí.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Seminário Internacional de Arte Rupestre Global Rock Arte - São Raimundo Nonato-PI

A Comissão Pastoral da Terra (CPT-PI) divulga carta durante o Seminário Internacional de Arte Rupestre Global Rock Arte.

Além de português, o documento foi traduzido para o inglês e, segundo informa, a criação destes espaços é importante por conta da preservação ambiental, por outro lado, desrespeita os nativos da região que também são integrantes do cerrado.

“Antes da criação dos parques centenas de famílias já viviam e produziam nesta área respeitando a natureza. Com a criação dos mesmos, muitas destas famílias foram expulsas passando a viverem nas periferias das cidades, sendo que muitas delas ainda hoje não foram indenizadas e as que moram no corredor ecológico, sofreram perseguições, repressão, intimidação, e ainda não são detentores das políticas públicas e nem valorizadas pela importância que tem neste processo” afirma a carta aberta.

De acordo com Félix Neres dos Santos, de 80 anos, integrante CPT da cidade de São Raimundo Nonato, região sul do Piauí, há mais de 20 anos o drama das famílias foi iniciado. No povoado Zabelê, por exemplo, mais de 110 famílias foram despejadas com promessa de indenização:

“Era uma região de descendência dos antigos. Naquele dia foram despejadas mais de 110 família com 412 pessoas (...) As pessoas estão há mais de 20 ano sem receber a indenização. Tem pessoas que o IBAMA foi pagar e pagou 2 mil reais, serviço que valia mais de R$ 12 mil. Sempre preservamos lá e alguns estão escavando o chão para encontrar ossada. Hoje, há mais de 30 anos que agente não mata nada. Tem gente que até hoje chora com vontade de trabalhar naquela região” relata Félix.
A Coordenação Estadual da CPT-PI, declara que as informações que a entidade possui, dão conta que as famílias não foram consultadas previamente sobre a criação do Parque Ambiental:

“As pessoas foram tratadas como objeto. Moravam há anos e foram expulsas. Além da expulsão foi prometido que seriam indenizadas”

Acrescenta que e a media em que as famílias eram expulsas, o único local que tinham como destino era a periferia da cidade e só foram amparadas anos depois com a criação de um assentamento, mesmo assim, famílias inteiras já haviam ido embora.

“Houve uma falta de sensibilidade. As famílias viviam da plantação de arroz, feijão, mandioca e laranja e hoje não tem onde plantar. É preciso olhar as famílias e sua história. Eles foram tratados como seres que destruíam e não como seres que preservam. Se eles não preservassem , não haveria natureza lá como há hoje”, afirma.

A Comissão Pastoral da Terra do Piauí também chama atenção para outros tipos de problemas como projeto de implantação de minério no entorno dos parques, caça predatória e o tráfico de animais que são verdadeiros crimes ambientais. Com a carta aberta a CPT-PI espera levantar a discussão sobre o tema nos esferas estadual, federal e internacional para que as famílias prejudicadas com esse processo, tenham seus direitos restituídos respeitados.

Coordenação da CPT-Regional

WE ARE NOT INVADERS, WE ARE NATURE´S MEMBERS AND NATURE´S KEEPERS

WE ARE NOT INVADERS, WE ARE NATURE´S MEMBERS AND NATURE´S KEEPERS

Aiming to protect and preserve the environment for the benefit of current and future generations, it became necessary the creation of conservation and environmental parks, ecological stations, biological reserves, environmental protection areas, areas of private reserves and permanent preservation of national heritage.

Among the parks listed above, the National Park of Serra da Capivara and the Park of Serra das Confusões.

We reaffirm the importance of those conservation units, but the people that lived there over time are parties in the construction and preservation of this heritage. So, instead of expulsion and exclusion, that people should be valued and treated equally to other elements that compose the nature.

Talk about parks, it is not just talk about cave paintings, rock, fauna, flora, but also the lives of human beings, their history, their culture, their identity.

Before the creation of parks, hundreds of families have been living and producing in this area already - always respecting nature. With the creation of parks, many of these families were expelled and obliged of living in suburbs of cities.

Many of them still have not been indemnified and those who still live in the ecological corridor, suffer persecution, repression and intimidation, and still are not holders of public policy and not valued by the importance they have in this process.

We condemn and denounce the actions of environmental predators, such as the exploitation of minerals in the surrounding parks, hunting and predatory and the consequent trafficking of wild animals, and the routine fire use.

Before this finding, we demand: participation, public policies, respect, appreciation for life and security of citizenship.

WE ARE PART OF THIS HISTORY AND NATURE´S KEEPERS

Families living around the park Serra da Capivara
Pastoral Land Commission, PI, Brazil