Durante audiência realizada na
tarde desta terça-feira (04), na Assembleia Legislativa trabalhadores
rurais da cera de carnaúba, parlamentares e órgãos públicos discutiram a condição degradante de trabalho na hora de colher a palha da carnaúba. A audiência teve o intuito de debater a organização e a regulamentação da profissão que atualmente conta é desenvolvida
em condições inadequadas. “Tentaremos a todo custo trazer civilidade
para as relações econômicas dessa atividade”, afirma José Wellington
Soares, Procurador-Geral do Trabalho.
Cerca de 140 municípios tem atividades
que envolvem a cera da carnaúba no Piauí, que mesmo sendo a segunda
maior atividade do estado, o trabalho é exercido de forma precária. “Os
trabalhadores não tem alojamento, não tem alimentação adequada, além
disso, não possuem regulamentação, o que deixa o trabalhador em más
condições de trabalho”, ressalta José Wellington.
As representações da disseram que a falta de fiscalização é um dos principais fatores que torna a
atividade da cera de carnaúba precária.
Participaram
da audiência, que teve o tema “Palha de carnaúba: Pó de ouro para
poucos, cinzas para muitos”, representantes da FETAG-PI, Deputado
Estadual Magalhães, representantes do Ministério Público do Trabalho,
FAEPI, UFPI, UESPI, Federação das Indústrias, Superintendência Regional
do Trabalho, CONTAG, Setre, Sesapi, SDR, Governo do Estado, Vigilância
Sanitária, OAB, Centrais Sindicais, representantes da Procuradoria
Regional do Trabalho, e trabalhadores rurais que trabalham com a Palha
de Carnaúba.
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