terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Artistas participam de campanha internacional contra trabalho escravo



Cher, Oliver Stone e o brasileiro Milton Nascimento são alguns dos participantes de mobilização da OIT contra escravidão contemporânea

Por Anali Dupré
 
 Cher exibe cartaz contra escravidão. Fotos: Divulgação/OIT
Artistas premiados como a cantora e atriz Cher, o cineasta Oliver Stone e o compositor brasileiro Milton Nascimento são alguns dos famosos que aderiram à campanha "End Slavery Now!" (ou "Acabe com a Escravidão Agora!", em português), promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A mobilização conta com a participação de celebridades de todo o planeta, que posaram exibindo cartazes cobrando o fim da exploração. 
Milton Nascimento,
Carlos Saldanha, John Powell e Sérgio Mendes
No site em inglês da campanha, é possível baixar um cartaz igual ao exibido pelos famosos, além de enviar e compartilhar  fotos próprias em um mural. A campanha é mais uma das ações do ArtWorks, coletânea de iniciativas envolvendo figuras públicas comprometidas com a promoção dos direitos fundamentais trabalhistas pelo mundo.
Além de Milton Nascimento, mais dois brasileiros aderiram, o cineasta Carlos Saldanha e o músico Sérgio Mendes. Não é a primeira iniciativa de apoio ao combate à escravidão envolvendo figuras públicas do país. Este ano, artistas ligados ao Movimento Humanos Direitos gravaram vídeos defendendo a a aprovação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional 438, a PEC do Trabalho Escravo. O texto, que agora tramita no Senado como PEC 57A, prevê expropriação de propriedades onde for flagrado trabalho escravo e sua destinação para reforma agrária e uso social.  

Maria Bello, Paul Haggis e
Mila Kunis



Toni Colette com cartaz
Hollywood contra escravidão
Desta vez, a campanha da OIT conseguiu mobilizar até mesmo celebridades de Hollywood, como as atrizes Mila Kuniz e Jada Pinkett Smith, e o ator Kellan Lutz.
Jada gravou um vídeo declarando estar orgulhosa de unir-se à OIT na luta contra a escravidão. “Quando pensamos na escravidão, pensamos no passado. Mas a realidade é que na atualidade, três de cada 1.000 pessoas no mundo estão em trabalho forçado, são vítimas de tráfico ou trabalham em condições similares à escravidão”, afirmou. “Isto não é bom e tem que terminar”.
De acordo com números da OIT, quase 21 milhões de mulheres, homens e crianças no mundo são vítimas de trabalho forçado. Isto significa que estão presos em empregos que lhes foram impostos por meio da coação ou de engano, e que não podem abandonar. Cerca de 26% das pessoas exploradas como escravos hoje têm menos de 18 anos, de acordo com a OIT.

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