Cher, Oliver Stone e o brasileiro Milton
Nascimento são alguns dos participantes de mobilização da OIT contra
escravidão contemporânea
Por Anali Dupré
Cher exibe cartaz contra escravidão. Fotos: Divulgação/OIT
Artistas
premiados como a cantora e atriz Cher, o cineasta Oliver Stone e o
compositor brasileiro Milton Nascimento são alguns dos famosos que
aderiram à campanha "End Slavery Now!" (ou "Acabe com a Escravidão
Agora!", em português), promovida pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT). A mobilização conta com a participação de celebridades
de todo o planeta, que posaram exibindo cartazes cobrando o fim da
exploração.
Milton Nascimento, Carlos Saldanha, John Powell e Sérgio Mendes |
No site em inglês da campanha, é possível baixar um cartaz igual ao exibido pelos famosos, além de enviar e compartilhar fotos próprias em um mural. A campanha é mais uma das ações do ArtWorks,
coletânea de iniciativas envolvendo figuras públicas comprometidas com
a promoção dos direitos fundamentais trabalhistas pelo mundo.
Além
de Milton Nascimento, mais dois brasileiros aderiram, o cineasta Carlos
Saldanha e o músico Sérgio Mendes. Não é a primeira iniciativa de apoio
ao combate à escravidão envolvendo figuras públicas do país. Este ano, artistas ligados ao Movimento Humanos Direitos gravaram vídeos defendendo a a aprovação na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda Constitucional 438, a PEC do Trabalho Escravo.
O texto, que agora tramita no Senado como PEC 57A, prevê expropriação
de propriedades onde for flagrado trabalho escravo e sua destinação para
reforma agrária e uso social.
Maria Bello, Paul Haggis e Mila Kunis Toni Colette com cartaz |
Hollywood contra escravidão
Desta vez, a campanha da OIT conseguiu mobilizar até mesmo celebridades de Hollywood, como as atrizes Mila Kuniz e Jada Pinkett Smith, e o ator Kellan Lutz.
Desta vez, a campanha da OIT conseguiu mobilizar até mesmo celebridades de Hollywood, como as atrizes Mila Kuniz e Jada Pinkett Smith, e o ator Kellan Lutz.
Jada gravou um vídeo
declarando estar orgulhosa de unir-se à OIT na luta contra a
escravidão. “Quando pensamos na escravidão, pensamos no passado. Mas a
realidade é que na atualidade, três de cada 1.000 pessoas no mundo
estão em trabalho forçado, são vítimas de tráfico ou trabalham em
condições similares à escravidão”, afirmou. “Isto não é bom e tem que
terminar”.
De acordo com números da OIT, quase 21 milhões de
mulheres, homens e crianças no mundo são vítimas de trabalho forçado.
Isto significa que estão presos em empregos que lhes foram impostos
por meio da coação ou de engano, e que não podem abandonar. Cerca de
26% das pessoas exploradas como escravos hoje têm menos de 18 anos, de
acordo com a OIT.
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