No fim de semana, dias 10 e 11, a diocese de Oeiras (PI) acolheu o Encontro de Formação sobre o Enfrentamento do Trabalho Escravo. O evento faz parte do Projeto da CNBB em parceria com a Cáritas Norte-Americana (CRS) que visa conscientizar os agentes de pastoral sobre a realidade do trabalho escravo no Brasil denominado Mutirão Pastoral para o Combate ao Trabalho Escravo.Participaram do encontro diversos agentes de pastoral da diocese de Oeiras e de outras dioceses do estado.
O encontro foi dividido em três momentos: num primeiro momento foi refletido o conceito do trabalho escravo a partir de situações reais vivenciadas por cidadãos do Piauí em diferentes estados da Federação. No segundo momento o grupo refletiu os mecanismos legais de combate ao trabalho escravo e de como concretizar uma denúncia envolvendo trabalhadores em regime de escravidão. No último momento discutiram-se os encaminhamentos necessários para uma atuação em âmbito regional visando o combate ao trabalho escravo no Piauí, dentre estes, a criação de uma comissão diocesana como referência no combate ao trabalho escravo; atuação junto às escolas e ambientes acadêmicos, no intuito de conscientização da realidade do trabalho escravo na região; formalizar denúncias de cidadãos vitimados pelo trabalho escravo.
A cada ano 40 mil pessoas são envolvidas em situação de trabalho escravo. No mundo são cerca de doze milhões de pessoas. O trabalho escravo reflete a realidade de desigualdade social do país. Ao lado de propriedades rurais que fazem uso de tecnologia avançada é possível encontrar pessoas vivendo em condições de trabalho análogas à escravidão.
O estado do Piauí revela uma característica especial por ser um estado de grande fluxo de migrantes para outros estados. Estes migrantes tornam-se vulneráveis ao aliciamento como mão-de-obra escrava.
“O desejo de todos e que estas realidades que ferem o mais profundo da dignidade humana possam enfrentadas com consciência cristão, pois é uma realidade contrária ao Reino de Deus”, destacou o assessor da Pastoral Afrobrasileira, padre Ari Antônio dos Reis.
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