Trabalho escravo e eleições
Empregadores autuados por manterem pessoas em situação de escravidão contemporânea ajudaram a eleger 16 políticos nas últimas 4 eleições, de acordo com cruzamento de dados proposto por este que vos escreve e executado por Eduardo Leoni e Narcélio Filho. Atualizada em 4 de janeiro, a lista usada no cruzamento apresenta 164 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas.
O motivo que leva um empregador a constar no cadastro é submeter trabalhadores a condições análogas à de escravo. As principais causas de manutenção do nome no cadastro estão relacionadas à não quitação das multas impostas; reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário. Informações adicionais sobre o "cadastro de empresas e pessoas autuadas por exploração do trabalho escravo" estão aqui.
Após o cruzamento de dados, foram encontradas doações a campanhas eleitorais efetuadas por 12 (2 empresas e 10 pessoas físicas) dos 164 empregadores da atual lista.
Para este texto, porém, foi excluída a Cosan, que estava na lista mas obteve uma liminar na última sexta-feira (8 de janeiro).
Entre os 16 políticos que receberam dinheiro de empregadores presentes na lista suja, 6 foram eleitos pelo DEM e 5 pelo PP. Os demais são cada um de um partido diferente: PMDB, PR, PSB, PSDB e PTB.
Os abastecidos por recursos de trabalho escravo foram eleitos em 9 estados, mas 5 dos 16 venceram eleições na Bahia. Em seguida, com dois eleitos cada um, vêm Minas, Mato Grosso e Sergipe. Completam a lista políticos de Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí.
Dos 16 eleitos, 3 estão na lista de trabalho escravo. Eles apareceram no cruzamento porque doaram recursos para suas próprias campanhas eleitorais em 2008.
São eles:
* Miguel Gomes Filho (PP). Com o nome de urna "Miguelito", foi o vereador mais votado em Marabá (PA);
* Joaquim Cândido Alves (DEM). Foi eleito vereador no município mineiro de Santa Fé (nome de urna: Joaquim Gameleira) e
* José Carlos dos Santos (DEM). Com o nome de urna "Tiririca", foi eleito vereador em Vila Rica (MT).
Entre os demais 13 políticos da lista, está o hoje senador Marconi Perillo, do PSDB. Em 2002, quando foi eleito governador de Goiás, Perillo recebeu R$ 330 de uma pessoa que está na atual lista do trabalho escravo.
Outros dois congressistas ajudados por empregadores da lista suja são os deputados federais Julio César, do DEM piauiense, e Jerônimo Reis, também do DEM, mas de Sergipe. Para visualizar a relação completa com os 16 nomes, seus respectivos doadores e os montantes repassados.
Empregadores autuados por manterem pessoas em situação de escravidão contemporânea ajudaram a eleger 16 políticos nas últimas 4 eleições, de acordo com cruzamento de dados proposto por este que vos escreve e executado por Eduardo Leoni e Narcélio Filho. Atualizada em 4 de janeiro, a lista usada no cruzamento apresenta 164 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas.
O motivo que leva um empregador a constar no cadastro é submeter trabalhadores a condições análogas à de escravo. As principais causas de manutenção do nome no cadastro estão relacionadas à não quitação das multas impostas; reincidência na prática do ilícito e ações em trâmite no Poder Judiciário. Informações adicionais sobre o "cadastro de empresas e pessoas autuadas por exploração do trabalho escravo" estão aqui.
Após o cruzamento de dados, foram encontradas doações a campanhas eleitorais efetuadas por 12 (2 empresas e 10 pessoas físicas) dos 164 empregadores da atual lista.
Para este texto, porém, foi excluída a Cosan, que estava na lista mas obteve uma liminar na última sexta-feira (8 de janeiro).
Entre os 16 políticos que receberam dinheiro de empregadores presentes na lista suja, 6 foram eleitos pelo DEM e 5 pelo PP. Os demais são cada um de um partido diferente: PMDB, PR, PSB, PSDB e PTB.
Os abastecidos por recursos de trabalho escravo foram eleitos em 9 estados, mas 5 dos 16 venceram eleições na Bahia. Em seguida, com dois eleitos cada um, vêm Minas, Mato Grosso e Sergipe. Completam a lista políticos de Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí.
Dos 16 eleitos, 3 estão na lista de trabalho escravo. Eles apareceram no cruzamento porque doaram recursos para suas próprias campanhas eleitorais em 2008.
São eles:
* Miguel Gomes Filho (PP). Com o nome de urna "Miguelito", foi o vereador mais votado em Marabá (PA);
* Joaquim Cândido Alves (DEM). Foi eleito vereador no município mineiro de Santa Fé (nome de urna: Joaquim Gameleira) e
* José Carlos dos Santos (DEM). Com o nome de urna "Tiririca", foi eleito vereador em Vila Rica (MT).
Entre os demais 13 políticos da lista, está o hoje senador Marconi Perillo, do PSDB. Em 2002, quando foi eleito governador de Goiás, Perillo recebeu R$ 330 de uma pessoa que está na atual lista do trabalho escravo.
Outros dois congressistas ajudados por empregadores da lista suja são os deputados federais Julio César, do DEM piauiense, e Jerônimo Reis, também do DEM, mas de Sergipe. Para visualizar a relação completa com os 16 nomes, seus respectivos doadores e os montantes repassados.
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