A FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Piauí) denuncia que 15 trabalhadores já morreram na região do município de Uruçui e outros 100 estão doentes por conta do uso de agrotóxicos na plantação de soja.Segundo Anfrísio Moura, diretor de Políticas Salariais da FETAG, esta situação foi denunciada no último dia 20 quando o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucci , esteve no Piauí.Anfrísio afirma que há morosidade na liberação dos exames feitos nos cadáveres dos trabalhadores para constatar a envenenamento: “Há uma demora para a liberação dos exames, mas o ministro pediu ao Governado Wellington Dias agilidade”.O diretor explica que depois das mortes, as famílias ficaram desassistidas e os trabalhadores que ficaram doentes foram demitidos: “O trabalhadores são demitidos destas empresas e quatro meses depois descobrem que estão infectados e impossibilitados de trabalhar”, disse Anfrísio acrescentando ainda que parte dos agricultores trabalham sem carteira assinada.A situação torna-se ainda pior uma vez que o município não possui posto de saúde habilitado para tratar doenças por envenenamento, com isso, os trabalhadores são obrigados a buscarem tratamento em Teresina, ou no município de Balsas, no Maranhão.CASO DEVE PARAR NO MINISTÉRIO PÚBLICOSegundo Anfrísio Moura, a FETAG já iniciou conversas junto ao Ministério Público para uma possível ação na região. Muitos trabalhadores trabalham com agrotóxicos totalmente desprotegidos.
Magnus Regis / Edição: Dani Sá26/11/2008
Contribuir na formação das trabalhadoras e trabalhadores do campo, na luta pela terra, água, direitos, justiça, igualdade e solidariedade. NA LUTA PELA TERRA E PELA VIDA!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Dia de Luta pela Reforma Agrária
A Comissão Pastoral da Terra, Regional do Piauí, por ocasião do dia Estadual de Luta pela Reforma Agrária estará realizando um ato público em Teresina, com início à zero hora do dia 01 de dezembro com uma vigília pela reforma agrária em frente a sede do INCRA. A partir das 08 horas seguirá em caminhada até a sede do INTERPI e encerrando com uma audiência às 10 horas com o Governo do Estado. A concentração da chegada será na praça ao lado da Igreja da Vermelha.
Durante o evento teremos manifestações de trabalhadores, mística, entrega de documento com denúncias e reivindicações relacionadas ao campo.
Joana Lúcia Feitosa Neta
Pela Coordenação da CPT-PI
CONTATOS: Joana Lúcia (8838-3899)
Ir. Rosa Ilma (8838-3898)
Gregório Borges (8838-3897)
Durante o evento teremos manifestações de trabalhadores, mística, entrega de documento com denúncias e reivindicações relacionadas ao campo.
Joana Lúcia Feitosa Neta
Pela Coordenação da CPT-PI
CONTATOS: Joana Lúcia (8838-3899)
Ir. Rosa Ilma (8838-3898)
Gregório Borges (8838-3897)
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Fiscais resgatam 17 trabalhadores no interior do Piauí
O Grupo Especial de Fiscalização Rural da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Piauí resgatou 17 homens de condições degradantes de trabalho, em ação que começou em 22 de outubro e terminou no início de novembro. O grupo laborava na atividade da cata de coco, em uma fazendo no município de Monte Alegre, região sul de estado. Os trabalhadores encontrados estavam em locais com péssimas condições de higiene, alimentação, saúde e segurança e não tinham registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Os Alojamentos, localizados próximos à sede da fazenda, eram barracos de lona, sustentados com peças de madeira retiradas do mato. O contraste entre a estrutura física da sede da fazenda - muito bem equipada e onde morava o proprietário - e a precariedade dos alojamentos dos trabalhadores chamou a atenção dos fiscais do GEFIR após estes constatarem que "no local não havia instalações sanitárias, os trabalhadores eram obrigados a fazer suas necessidades físicas no meio do mato e tomavam banho em local destinado ao gado da fazenda", conforme relatou Fausto Rosas dos Santos, o coordenador da ação. De acordo com Santos, a alimentação consistia basicamente em arroz e feijão. Quando tinha carne, esta era em quantidade insuficiente para atender as necessidades alimentares dos 17 trabalhadores. "A alimentação era pobre em calorias, não havia verduras ou legumes, e consistia apenas no almoço e janta, pois o café da manhã não existia para os trabalhadores, que iam trabalhar em jejum", ressaltou. Além de submeter os empregados a jornada de trabalho excessiva, que chegava a onze horas diárias, a empresa não fornecia Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos empregados, flagrados laborando calçados com tênis e botinas de uso próprio. Santos relatou ainda que o empregador não fornecia o material necessário aos primeiros socorros. O fato foi comprovado no momento da fiscalização quando um dos trabalhadores, com fortíssima dor de dente, não obteve amparo do empregador. A empresa foi notificada e os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, que somaram R$ 20 mil. Foram lavrados 16 autos de infração por descumprimento à legislação trabalhista e firmado um Termo de Ajuste e Conduta com a representante da Procuradoria Regional do Trabalho (PGRT), no qual, a empresa se comprometeu a pagar, a título de dano moral individual, o valor de R$ 2 mil para cada trabalhador prejudicado.
fonte:MTE Jornal Meio Norte, 25/11/2008
fonte:MTE Jornal Meio Norte, 25/11/2008
domingo, 23 de novembro de 2008
Micro região de Parnaiba celebra a caminhada de 2008.
Encontro CPT, Micro Região de Parnaida, aconteceu nos dias 14 e 15 de novembro os agentes de pastaral estiveram reunidos para avaliar as atividades planejadas e realizadas extra realizada e não planejadas, em sequida foi realizado o planejamento para o ano de 2009, com metas e a situação de cada área e tambem reforçar as parcerias com os str de esperantina, Burit dos lopes e Madeiro.
O evento aconteceu na cidade Luiz Correia no STR e na oportunidade os integrantes da equipe realizaram o tradicional amigo oculto com troca de presentes e domingos toda a equipe participaou do lazer na praia do Coqueiro e Atalaia.
Foi um momento forte de confraternização entre os participantes.
Genésio Magalhães.
O evento aconteceu na cidade Luiz Correia no STR e na oportunidade os integrantes da equipe realizaram o tradicional amigo oculto com troca de presentes e domingos toda a equipe participaou do lazer na praia do Coqueiro e Atalaia.
Foi um momento forte de confraternização entre os participantes.
Genésio Magalhães.
Trabalho escravo, uma vergonha para o Brasil
Trabalho escravo é intolerável, diz ministro
20/11/2008
O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucci, disse na manhã desta quinta-feira, 20, no plenarinho da Assembléia Legislativa do Piauí, que o trabalho escravo é uma mancha que o Brasil carrega e que precisa ser combatido com determinação.
Paulo Vanucci e o governador Wellington Dias participaram da abertura de reunião da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), que reúne representantes do poder público e da sociedade civil e incentiva o desenvolvimento de programas de combate ao trabalho escravo no Brasil.
“Queremos desenvolver no Piauí um trabalho preventivo de combate ao trabalho escravo”, explicou o ministro, que reconhece as ações desenvolvidas pelo Governo no Estado, que nos últimos anos saiu dos primeiros para os últimos lugares na exportação de trabalhadores.
Para o ministro, "a escravidão desqualifica o trabalho e é intolerável, mas o governo do presidente Lula tem enfrentado o problema de maneira decisiva para que possamos acabar com essa vergonha”.
Adiantou que o Brasil hoje é um país respeitado e ouvido no cenário internacional e que o Piauí é o estado que mais reflete o momento brasileiro. “O Piauí tem a beleza, a energia, a força e os problemas sociais brasileiros”. Francisco Leal
20/11/2008
O ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucci, disse na manhã desta quinta-feira, 20, no plenarinho da Assembléia Legislativa do Piauí, que o trabalho escravo é uma mancha que o Brasil carrega e que precisa ser combatido com determinação.
Paulo Vanucci e o governador Wellington Dias participaram da abertura de reunião da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), que reúne representantes do poder público e da sociedade civil e incentiva o desenvolvimento de programas de combate ao trabalho escravo no Brasil.
“Queremos desenvolver no Piauí um trabalho preventivo de combate ao trabalho escravo”, explicou o ministro, que reconhece as ações desenvolvidas pelo Governo no Estado, que nos últimos anos saiu dos primeiros para os últimos lugares na exportação de trabalhadores.
Para o ministro, "a escravidão desqualifica o trabalho e é intolerável, mas o governo do presidente Lula tem enfrentado o problema de maneira decisiva para que possamos acabar com essa vergonha”.
Adiantou que o Brasil hoje é um país respeitado e ouvido no cenário internacional e que o Piauí é o estado que mais reflete o momento brasileiro. “O Piauí tem a beleza, a energia, a força e os problemas sociais brasileiros”. Francisco Leal
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Conflito de terras: Agricultores estão impedidos de plantar para comer no PI
Um conflito de terra já dura mais de onze anos na localidade Barra do Taquari, localizado entre os municípios de Barras e Esperantina no Piauí. Cerca de 24 famílias estão envolvidas e são obrigas a buscar outras formas de obter comida por não poderem fazer plantio de alimentos.
A denúncia foi feita pelo trabalhador rural e líder da região Chico Vicente, durante a Assembléia de Lavradores e Lavradoras realizado nesta sexta (7) e sábado (8), em Teresina-PI. A área em conflito corresponde a 519 hectares de terra onde, segundo o militante, é habitada há mais de 70 anos por agricultores: “Eu nasci lá há 45 anos e minha mãe e outros moradores já estavam lá.” conta.
Tudo começou com a morte de um dos proprietários que doou o terreno as famílias que lá moram, porém parte foi vendida para uma empresa de beneficiamento de cera de carnaúba que pede na justiça a retirada dos moradores.
Falamos em 24, mais é 33 o número de famílias que moram no local e há onze anos esta tem sido a nossa luta, depende da anexar outras duas áreas contínuas ”, diz Chico Vicente.
Segundo Chico, a empresa avaliou em R$ 2.002 mil reais os investimentos feitos no local, fora os R$ 72 mil correspondente a desapropriação, o que impossibilita a venda das terras ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O trabalhador rural relata que pelo fato da terra estar em questão na justiça, os moradores não podem fazer plantio de alimento: “Agente não pode plantar nossa comida, nem a empresa, mas a empresa não cumpre o acordo feito com advogados da justiça federal e colocou 200 cabeças de gado na terra, que não pode”.
Guerra Judicial
Chico Vicente afirma que por quinze vezes a polícia foi ao local para expulsar os moradores, sem sucesso. Além disso, no dia 13 de fevereiro do ano passado a juíza Maria das Neves Ramalho da comarca de Barras, deu posse aos moradores da área, porém em fevereiro deste ano, a mesma juíza voltou atrás na decisão e determinou a reintegração de posse à empresa e em julho deste ano a mesma decisão foi renovada. Em ambos os casos, o agricultores suspenderam na justiça a reintegração.
Comunidade comemorou a emissão de posse das terras que foi revogada
Rio cercado
O militante relata ainda que a empresa de beneficiamento chegou a cercar três quilômetros do Rio Longá, impossibilitando o acesso dos moradores ao rio. “Nós fizemos representação junto ao IBAMA , enviamos cerca de cinco ofícios. Decidimos derrubar a cerca para que pudéssemos ter acesso a água”. A mesma situação aconteceu com o parte do riacho Taquari.
Alternativas à fome
O militante afirma ainda que pelo fato de não ter acesso a terra e fazer plantio, as famílias vivem em dificuldades: “Agente se alimenta com um porco, galinha.. isso quando dá, o que queremos é ter terra para plantar nossa comida”, Finaliza.
Magnus Regis / Edição: Dani Sá09/11/2008
A denúncia foi feita pelo trabalhador rural e líder da região Chico Vicente, durante a Assembléia de Lavradores e Lavradoras realizado nesta sexta (7) e sábado (8), em Teresina-PI. A área em conflito corresponde a 519 hectares de terra onde, segundo o militante, é habitada há mais de 70 anos por agricultores: “Eu nasci lá há 45 anos e minha mãe e outros moradores já estavam lá.” conta.
Tudo começou com a morte de um dos proprietários que doou o terreno as famílias que lá moram, porém parte foi vendida para uma empresa de beneficiamento de cera de carnaúba que pede na justiça a retirada dos moradores.
Falamos em 24, mais é 33 o número de famílias que moram no local e há onze anos esta tem sido a nossa luta, depende da anexar outras duas áreas contínuas ”, diz Chico Vicente.
Segundo Chico, a empresa avaliou em R$ 2.002 mil reais os investimentos feitos no local, fora os R$ 72 mil correspondente a desapropriação, o que impossibilita a venda das terras ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O trabalhador rural relata que pelo fato da terra estar em questão na justiça, os moradores não podem fazer plantio de alimento: “Agente não pode plantar nossa comida, nem a empresa, mas a empresa não cumpre o acordo feito com advogados da justiça federal e colocou 200 cabeças de gado na terra, que não pode”.
Guerra Judicial
Chico Vicente afirma que por quinze vezes a polícia foi ao local para expulsar os moradores, sem sucesso. Além disso, no dia 13 de fevereiro do ano passado a juíza Maria das Neves Ramalho da comarca de Barras, deu posse aos moradores da área, porém em fevereiro deste ano, a mesma juíza voltou atrás na decisão e determinou a reintegração de posse à empresa e em julho deste ano a mesma decisão foi renovada. Em ambos os casos, o agricultores suspenderam na justiça a reintegração.
Comunidade comemorou a emissão de posse das terras que foi revogada
Rio cercado
O militante relata ainda que a empresa de beneficiamento chegou a cercar três quilômetros do Rio Longá, impossibilitando o acesso dos moradores ao rio. “Nós fizemos representação junto ao IBAMA , enviamos cerca de cinco ofícios. Decidimos derrubar a cerca para que pudéssemos ter acesso a água”. A mesma situação aconteceu com o parte do riacho Taquari.
Alternativas à fome
O militante afirma ainda que pelo fato de não ter acesso a terra e fazer plantio, as famílias vivem em dificuldades: “Agente se alimenta com um porco, galinha.. isso quando dá, o que queremos é ter terra para plantar nossa comida”, Finaliza.
Magnus Regis / Edição: Dani Sá09/11/2008
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