sábado, 17 de novembro de 2007

Organizações denunciam caso Keno para a ONU

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Via Campesina e a organização de direitos humanos, Terra de Direitos, entregaram documento com denúncias do assassinato do trabalhador Valmir Mota de Oliveira (Keno), de 34 anos, por uma milícia armada, contratada pela multinacional Syngenta Seeds, ao Relator Especial da ONU sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, durante audiência em Brasília, no dia de ontem. A notícia é do sítio da Terra de Direitos, do dia 13.
Além de assassinar Keno, no ataque ao acampamento da Via Campesina, que aconteceu em 21 de outubro, no campo experimental de transgênicos da empresa, em Santa Tereza do Oeste, no Paraná, mais cinco trabalhadores foram gravemente feridos, entre eles Isabel do Nascimento de Souza, que levou um tiro na cabeça, à queima roupa, atingindo o olho, perfurando o pulmão e alojando-se próxima à coluna vertebral. Ela ainda foi espancada e arrastada pelos pistoleiros. Em conseqüência, perdeu a visão de um olho.

O caso é um exemplo de execução de dirigentes de movimentos sociais e da impunidade e conivência de autoridades com o crime e a violência no Brasil. O documento também apresenta um histórico de vários ataques de milícias armadas, que vem sendo praticados por pistoleiros contratados ilegalmente por organização de fazendeiros, contra trabalhadores rurais no Paraná. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra, em 2006 o Estado apresentou o maior número de conflitos de terra no campo brasileiros, ao todo foram 76 casos de conflitos por terra.
Fonte: Adital

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