V Encontro das Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, PI.

Matéria Publicada no dia 31.10 sobre as Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, PI.

Reportagem feita pela TV Clube sobre as Quebradeiras de Coco do Municipio de Miguel Alves, PI

Mulheres Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, PI

O município de Miguel Alves, com uma área territorial de 1.394,708 km², localizado a 112 km ao norte de Teresina, possui uma população de aproximadamente 33.410 habitantes. As principais atividades econômicas do município são relacionadas com a exploração do coco babaçu, e pó de carnaúba, pecuária, comércio e serviços. O município, que apresenta baixos indicadores sociais, é um dos pobres do Piauí, se posiciona no 213º lugar no ranking estadual.
A atividade extrativista do babaçu é extremamente importante na organização sociocultural do município, que foi líder na produção no período de 2000 a 2008, com uma média produtiva de 1.067,70 toneladas. A atividade geralmente é desenvolvida muitas vezes por famílias inteiras, mas as mulheres, geralmente, tem um papel de destaque nesse processo.
Em função disso, grupos de mulheres através da CPT começaram a se organizar e em dezembro de 2009, foi criada a Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco no Município de Miguel Alves, com sede na comunidade do Ezequiel. É uma instituição que nasce da organização das mulheres, buscando fortalecer seus direitos políticos, culturais e de gênero. Atualmente são 69 mulheres associadas, vindas dos assentamentos e comunidades: Bom Principio, Ezequiel, Paraíso São Benedito, Riacho do Conrado, Santana, São Jerônimo, Centro do Designo, Jenipapeiro da Mata, Lagoa do Mato, Mato Seco, Pedra Grande, Retrato, Todos os Santos.

A associação está organizada de acordo com a proximidade das comunidades, sendo então dividida em 3 setores, onde as mulheres se encontram mensalmente. Em cada setor, foi construída uma pequena sede, onde são desenvolvidas as atividades de organização e produção. Além do aproveitamento do coco babaçu, amêndoa e mesocarpo, as mulheres produzem materiais de limpeza e artesanato. A organização gera frutos e já possibilitou a aquisição de máquinas de moagem do coco babaçu e de costura para auxiliar no desenvolvimento dessas atividades.

Durante esse processo de organização, as mulheres alcançaram algumas conquistas no sentido da garantia de políticas públicas para as mulheres, do empoderamento das mulheres, consolidação da mobilização do 8 de março no município, com o objetivo de trazer a público as reivindicações dos grupos, como a delegacia da mulher no município, melhoria no atendimento a saúde da mulher, nas comunidades e no próprio município, construção de estradas, luta pelo acesso a água e educação para as famílias. São mulheres organizadas na luta e na busca pela efetivação dos direitos assegurados na lei.

No dia 29 de outubro acontecerá o V Encontro das Quebradeiras de Coco do Município de Miguel Alves, PI, o mesmo reunirá em torno de 100 mulheres participantes da Associação das Quebradeiras de coco do município.

“Preservar e produzir, sabedoria dos grupos organizados” será o tema estudado pelo grupo no encontro.

Dentro da noite escura há sempre uma esperança de um novo amanhecer!

É com esta certeza de um novo amanhecer, que é o sol da Justiça, da Liberdade e da Paz... Tão sonhada, tão esperada por tanta gente, sobretudo a classa mais sofredora da sociedade e, uma destas classes é dos/as trabalhadores/as do campo, aqueles/as que trabalham a terra e a faz produzir os frutos mais saborosos para a nossa sobrevivência.

Ressalto algumas áreas que a CPT de Teresina acompanha nos municípios de Miguel Alves, União, Monsenhor Gil, Povoado de Santa Teresa, e Palmeirais. Apesar de tudo, da morosidade das políticas públicas, de tantos descasos que vai deste uma estrada mais decente para o direito de ir e vir com mais segurança, educação com maior qualidade, o direito a terra, os créditos para fazer esta mesma terra produzir com mais quantidade e qualidade, entre outros. Muitos Trabalhadores destas Áreas não perdem o pique e as pelejas são grandes diantes dos desafios, correm atrás de seus direitos. No rosto de tantos homens e mulhres percebem-se a esperança e a fé em dias melhores, por isso teimam em lançar sempre as sementes para fazer a terra cumprir a sua função social, assim com também garantir a permanença na mesma.

Somando a tudo isso tem o grupo de mulheres ou Associação de Mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves que vem dando passos signicativos nas lutas em favor da vida com mais dignidade; Vem organizando-se cada vez mais e qualificando as produções: Produtos de limpeza e artesanatos do babaçu, entre outros, afim de gerar renda para a sustentação das integrantes e do próprio grupo, diante disso elas dizem: vale a pena lutar por trabalhos em nossa própria terra, pra ser mais uma das tantas a engrossar as filas de pedintes na prefeitura e outros locais e, sim iremos reivindicar mais condições, como cursos e outros para qualificar cada vez mais os nossos trabalhos. Elas dizem também que os desafios são muitos... Mas a maior riqueza é está consquistando mais liberdade, conhecimento dos direitos, dos deveres, participando nos encontros, assumindos funções no grupo... Não são mais só dos afazeres da casa! Uma foi até à Marcha das Margaridas em Brasília, disse que sentiu-se enviado pela Ass. De Mulher Q. Coco e a CPT.

É lamentável a gente repetir nesse artigo a chegada da Empresa Suzano Papel e Celulose, está também instalada em áreas que a CPT acompanha, asssim como em vários municípios do Piauí. Em Palmeirais já está devastando pra valer. Nossos companheiros/as de lutas sentem na pele o desafio para o enfrentamento a esta mega empresa, porém é incansável os encontros, as palestras nas Comunidades e Escolas sobre as graves consequências destas terríveis desvatações das matas nativas para a plantação do eucalípito. Várias Áreas se fortalecem com as palestras e resistem não vender suas propriedades.

Como diz o livro do Êxodo: 3,7-8 – O Senhor disse; Eu vi, eu ouvi a aflição de meu que está no Egito, ouvi seus clamores por causa dos seus opressores...Conheço seus sofrimentos. Desci para livrá-los da mão dos egípcios e para fazê-lo subir para uma terra que mana leite e mel.

Com esta grande Esperança continuamos a nossa luta por mais vida para todos e todas!

Ir. Josélia Diniz, articuladora da CPT - Diocese de Teresina, PI

Arte na Praça

TRABALHO ESCRAVO BASTA!

Vamos conscientizar conscientizar para não escravizar.

Assentamento Nova Conquista – Monsenhor Gil, PI.

O projeto VAMOS CONSCIENTIZAR, CONSCIENTIZAR PARA NÃO ESCRAVIZAR teve como objetivo mostrar para a sociedade civil local a grande necessidade de erradicar e combater o Trabalho Escravo no município.

Foi realizado nos dias 26 e 27 de setembro e 01 e outubro as atividades de prevenção e conhecimento dos direitos.

Nos dias 26 e 27 de setembro foram realizadas palestras nas escolas Raimundo Pessoa, Noronha filho e CRAS – Centro de Referência e Assistência Social envolvendo cerca de 150 alunos e professores do ensino médio, com explanação sobre o ciclo do aliciamento e do trabalho escravo, depoimentos de trabalhadores vitimas da migração forçada e trabalho escravo, como também a exibição de filme Aprisionados por Promessas e distribuição de matérias sobre a temática.

Nos dias 26 e 30 de setembro houve entrevistas com depoimentos dos trabalhadores vitima da escravidão na rádio local nos diversos programas exibidos pela mesma atingindo a população local de aproximadamente 10.000 habitantes.

A semana de prevenção culminou com o encerramento Um Dia de Arte na Praça, um evento com show, apresentações artísticas e distribuição de materiais sobre trabalho escravo como também com depoimentos dos trabalhadores vitimas da escravidão na praça D.Mariquinha, atingindo a população em geral do município e outros como Palmeirais e Teresina. Encerramos esse dia com uma grande confraternização da vida e com a esperança de que através da arte, da educação e com a implantação de políticas públicas seremos capazes de dar um basta ao trabalho escravo em Monsenhor Gil, no Piauí e no Brasil. Só mudamos a realidade com a prática e entendo que o ser humano se sobrepõem ao capital.

Associação do Assentamento Nova Conquista – Monsenhor Gil

Apoio: Comissão Pastoral da Terra/PI e CNBB

Joana Lucia Feitosa

ASSEMBLEIA DE LAVRADORES E LAVRADORAS DA MICRO REGIAO DE PARNAIBA.

Os Lavradores e Lavradoras da Micro Região de Parnaíba, se reuniram nos dias 01 e 02 de outubro do corrente ano, na cidade de Esperantina no espaço arraial do povo, aproximadamente 35 representantes das áreas de conflito, e de entidades como STTR de Esperantina, se reuniram e discutiram as linhas de ação para o triênio 2012 a 2015, esta assembléia foi assessorado por Gregório Francisco Borges, Coordenador da CPT Regional e auxiliada pela articuladora Maria Dicioneide Fontinele Silva, Antonio Simão de Moraes e Genésio Magalhães Conselheiros. Na oportunidade foi eleito o novo conselho Titular e Suplente da Micro Região ficando assim Maria Dicioneide e Genésio Magalhães Titulares, Carminia Rodrigues e Francisco das Chagas Suplente, em seguida foi escolhido os 09 delegados que irão representar os lavradores na assembléia regional, que vai acontecer nos dias 04 e 05 de novembro em Teresina, ficando concordado e 01 representante por área.

Todos os participantes agradeceram pela oportunidade em participar da assembléia elogiaram os trabalhos a acolhida e assessoria.

Genésio e Dicioneide pela CPT Diocese de Parnaiba.