sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Instalada CPMI contra MST

Com exatas 210 assinaturas de deputados e 36 de senadores, foi instalada nesta quinta-feira (22/10), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). De acordo com o presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rolf Hackbart, a CPMI pretende desmoralizar a Reforma Agrária e é uma resposta dos ruralistas pela pressão que o MST tem feito para que sejam atualizados os índices de produtividade do campo.

Foi a segunda vez, em menos de um mês, que a bancada ruralista do Congresso, representada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e pelo deputado federal Ronaldo Caiado (GO), tentou criar a CPMI. Rolf afirma que a persistência dos ruralistas tem objetivos claros. “O movimento em torno da CPMI é para desmoralizar a Reforma Agrária, o Incra e os movimentos sociais. Os setores improdutivos do latifúndio são claros e mostram que querem parar com o Pronera [Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária], com a assistência técnica e principalmente parar com a desapropriação de terras. Estes são os recados da CPMI. É isto que está em jogo.”


A revisão dos índices de produtividade foi defendida pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Ele disse que a reação da bancada ruralista já é esperada por todos, pois ela representa um setor acostumado a “ganhar as coisas no grito”. Para ele, os ruralistas impedem o reajuste dos índices há anos. “Os índices de produtividade vigentes foram feitos em 1980, com base nas condições tecnológicas e na produção de 1975. Qualquer cidadão ou cidadã com o mínimo de informação, de bom senso e de equilíbrio sabe que de 75 para cá a agricultura mudou muito. A produção e a produtividade cresceram bastante. A tecnologia mudou e mudou radicalmente.”


CPT Nacional
Original em: http://www.cptnac.com.br/?system=news&action=read&id=3450&eid=8

Trabalho Escravo é tema de oficina em encontro de Jovens

A Comissão Pastoral da Terra participou como convidada do I Seminário ‘Juventudes com Arte, construindo a paz! – Sonhos de paz em tempos de violência’. O evento foi realizado no Centro da Juventude Santa Cabrini, Vila Irmã Dulce, zona sul de Teresina.


Joana Lúcia, integrante da coordenação da CPT-PI, facilitou uma das oficinas que tinha o “Trabalho Escravo Contemporâneo” como tema. Aos jovens foram apresentados dados e vídeos sobre a realidade do homem e da mulher do campo, vítimas desta prática criminosa.

“Quando falamos de trabalho escravo, as vezes falamos de nosso vizinho e não sabemos. Essa é uma realidade muito próxima de nós”, disse.

Jovens de movimentos da Pastoral da Juventude, grupos de dança e universitários integraram a oficina que também sorteou livros, cd’s e a camiseta da campanha “De olho aberto para não virar escravo”.

Ao final, como atividade prática do que foi exposto, a equipe produziu um programa de rádio sobre o tema. Com a rádio fictícia “CPT Sat”, os participantes simularam um programa jornalístico denominado “De olho aberto”, que contou com a simulação de uma ação de libertação de trabalhadores vítimas do trabalho escravo e também uma explicação sobre as causas, efeitos e modos de prevenção.

Outros dois temas estiveram em pauta como o Tráfico de Seres Humanos e a Redução da maioridade penal e extermínio da juventude. O encontro foi uma realização das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Missionárias do Sagrado Coração de Jesus e Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

terça-feira, 13 de outubro de 2009

III ENCONTRO DAS MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO

Aconteceu nos dia s 09 e 10 de setembro o III Encontro das Mulheres Quebradeiras de Coco.
Tema: Mulher, gênero e saúde: conhecimento compartilhado.

"Todo cidadão, cidadã tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde". É o que diz o primeiro dos seis princípios básicos de cidadania.

Objetivos:
Contribuir na formação para as mulheres na saúde preventiva na perspectiva de gênero
Criar um espaço de partilha das experiências vividas pelas mulheres.
Fortalecer a participação e controle social das políticas de saúde para as mulheres.
Teve a participação de 60 mulheres. Foi um encontro muito animado.
Contou com a assessoria de Maria Dulce da Silva que trabalhou Gênero e Saude e Jorge, Enfermeiro que trabalhou saúde e DSTs.
Exposição dos trabalhos realizados nos grupos de artesanato.
Momemto de mistica - mulheres abençoando mulheres.
Fala do enfermeiro Jorge.
Memento de brincadeiras de roda
Sr.Jesus do Conselho Estadual de Politicas para as mulheres fala da atuação do mesmo na luta por politicas públicas para as mulheres.
Hora da grande festa, momento da partilha nas refeições.
socialização dos trabalhos em grupo.


trabalhos em grupos

Celebração final, as mulheres fazem os agradecimentos.
Agradecimento a todas as mulheres e homens que contribuiram para que mais um encontro fosse realizado.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Saúde das trabalhadoras rurais será tema de encontro da CPT em Miguel Alves

A dificuldade da mulher trabalhadora rural em ter acesso às políticas públicas de saúde tanto na prevenção como na questão do atendimento de qualidade vão estar em pauta no III Encontro das Mulheres Quebradeiras de Coco da cidade de Miguel Alves-PI. O encontro é uma promoção da Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí (CPT-PI) em parceria com a Associação das Quebradeiras de Coco da cidade.

O evento tem como tema “Mulher, gênero e saúde: conhecimento compartilhado”acontece na sexta-feira (9) e sábado (10) na comunidade Ezequiel, zona rural de Miguel Alves. Mais de 80 quebradeiras de coco devem participar do encontro que também será uma oportunidade de fortalecer a participação e controle social das políticas de saúde para as mulheres.

Roselei Bertoldo, coordenadora do encontro, explica que a questão da saúde é um problema crônico para as mulheres, sobretudo para as trabalhadoras rurais que moram distantes das zonas urbanas e que, quando buscam atendimento médico, encontram uma demora no atendimento. Diante disso, o encontro deve abordar a saúde na perspectiva de gênero:

“As mulheres do campo tem mais dificuldade de acesso a questão da saúde pública, pela demora no atendimento, pela falta de vagas e ainda as distâncias. Vamos trabalhar a importância das trabalhadoras terem conhecimento do cuidado com o corpo, métodos contraceptivos, prevenção e a reivindicação de políticas públicas de qualidade para as mulheres” explica.

A coordenadora acrescenta ainda que todo o encontro também será um oportunidade para a troca de experiências entre as trabalhadoras: “Vamos compartilhar saberes a partir do que elas sabem, dos conhecimentos tradicionais, dos chás e ervas, do conhecimento da própria natureza”.

A CPT-PI acompanha a Associação das Mulheres Quebradeiras de Coco de Miguel Alves desde o processo de organização. As ações junto as comunidades Ezequiel, Retrato e Todos os Santos visam a organização de grupos, formação e geração de renda através da produção de sabão e tapetes artesanais.

Informações Adicionais

Encontro “Mulher, gênero e saúde: conhecimento compartilhado”
Local: Comunidade Ezequiel, Miguel Alves-PI
Organização: Roselei Bertoldo / Joana Lúcia
Nossos contatos:
CPT-PI: 3222-4555


Sobre a ocupação em SP: Cutrale usa terras griladas em São Paulo

6 de outubro de 2009

Cerca de 250 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) permanecem acampadas desde a semana passada (28/09), na fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, região central do Estado de São Paulo. A área possui mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela Sucocítrico Cutrale para a monocultura de laranja - o que demonstra o aumento da concentração de terras no país, como apontou recentemente o censo agropecuário do IBGE.

A área da fazenda Capim faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e de posse legal da União. É nessa região que está localizada a fazenda da Cutrale, e onde estão localizadas cerca de 10 mil hectares de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil hectares de terras improdutivas.

A ocupação tem como objetivo denunciar que a empresa está sediada em terras do governo federal, ou seja, são terras da União utilizadas de forma irregular pela produtora de sucos. Além disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já teria se manifestado em relação ao conhecimento de que as terras são realmente da União, de acordo com representantes dos Sem Terra em Iaras.

Como forma de legitimar a grilagem, a Cutrale realizou irregularmente o plantio de laranja em terras da União. A produtividade da área não pode esconder que a Cutrale grilou terras públicas, que estão sendo utilizadas de forma ilegal, sendo que, neste caso, a laranja é o símbolo da irregularidade. A derrubada dos pés de laranja pretende questionar a grilagem de terras públicas, uma prática comum feita por grandes empresas monocultoras em terras brasileiras como a Aracruz (ES), Stora Enzo (RS), entre outras.

O local já foi ocupado diversas vezes, no intuito de denunciar a ação ilegal de grilagem da Cutrale. Além da utilização indevida das terras, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo pela formação de cartel no ramo da produção de sucos, prejudicando assim os pequenos produtores. A empresa também já foi autuada inúmeras vezes por causar impactos ao ecossistema, poluindo o meio ambiente ao despejar esgoto sem tratamento em diversos rios. No entanto, nenhuma atitude foi tomada em relação a esta questão.

Há um pedido de reintegração de posse, no entanto as famílias deverão permanecer na fazenda até que seja marcada uma reunião com o superintendente do Incra, assim exigindo que as terras griladas sejam destinadas para a Reforma Agrária. Com isso, cerca de 400 famílias acampadas seriam assentadas na região. Há hoje, em todo o estado de São Paulo, 1,6 mil famílias acampadas lutando pela terra. No Brasil, são 90 mil famílias vivendo embaixo de lonas pretas.

Direção Estadual do MST-SP

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Entidades parceiras realizam visitas as comunidades assistidas pela CPT-PI

Positiva – Esse foi o resultado das visitas feitas no último sábado (3), pelas entidades suíças Fasternopfer e Bruck Le Pont às comunidades assistidas pela Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí (CPT-PI) na cidade de Miguel Alves.

As visitas fazem parte da avaliação dos projetos implantados pela CPT-PI, em parceria com as entidades que financiam os projetos. Cláudio Padrão e Eliza Fuchs, consultores da Fasternopfer, e Claudia Larcher, representante da Bruck Le Pont, conheceram o programa de geração de renda das mulheres Quebradeiras de Coco das comunidades Ezequiel, Retrato e Todos os Santos.

Ao todo, 40 mulheres participaram da reunião ocorrida na comunidade ‘Todos os Santos’ e partilharam as transformações que aconteceram a partir da efetivação da organização dos grupos bem como dos trabalhos voltados para a geração de renda como a produção de tapetes e sabão.

Além da reunião com os grupos de mulheres, as entidades parceiras conheceram a realidade da área de conflito ‘Mato Seco’. O conflito envolve 100 famílias sendo que destas, 60 se destacam na luta pela terra.


Os trabalhadores e trabalhadores relataram a Fasternopfer e a Bruck Le Pont a importância da parceria com a CPT-PI na formação e organização do grupo, bem como as dificuldades advindas da falta de interesse do Incra em agilizar o processo de regularização do assentamento. Os trabalhadores e Trabalhadoras seguem resistindo na luta para que a posse da terra seja determinada.

Reunião e Avaliação com parceiros

Nesta segunda-feira (5), continua a avaliação realizada pela Fasternopfer. À tarde, será realizada um encontro com parceiros da entidade de todo Norte e Nordeste do Brasil. Ao todo, 13 pessoas participam da reunião ampliada que servirá de intercambio entre as entidades.

O encontro acontecerá na sede da Obra Kolping, bairro Dirceu Arcoverde II, zona sudeste de Teresina. A reunião prossegue até o meio-dia da terça-feira.

Já na quarta-feira, a Bruck Le Pont realiza encontro com CPT-PI. Conforme já divulgado, o objetivo do encontro é fazer uma análise de conjuntura e discutir o projeto trienal 2010/2012 da CPT-PI bem como da própria entidade suíça.

Além disso, a Brucke Le Pont fará por meio de entrevista a escolha de um representante no Brasil, uma vez que a entidade concentrará suas atividades no Estado do Piauí.

ASCOM
cptpi@velox.com.br



sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Entidades parceiras fazem visita a CPT-PI

A Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí receberá entre os dias 02 e 06 de outubro de 2009, a visita técnica de representantes da entidade suíça Fastenopfer. A entidade é parceira da CPT-PI no financiamento de projetos implementados em todo o Estado.

O objetivo da visita é avaliar os projetos em andamento em todo Norte e Nordeste do Brasil, sobretudo na CPT-PI, entidade modelo. Marku Brum, um dos diretores da Fastenopfer e outros dois avaliadores participam da vista à CPT. A avaliação técnica segue o seguinte cronograma:

Dia 2/10 – Visita a sede da CPT-PI

Dia 3/10 – Visita ao programa de geração de emprego e renda das mulheres quebradeiras de coco em na cidade de Miguel Alves – PI das 09h às 14:00h e ás 15h,

Visita a área de conflito Mato Seco.

Dias 05 e 06 – Encontro regional com as entidades parceiras na sede da Obra Kolping em Teresina.


Gregório Borges, integrante da coordenação da CPT-PI, afirma que a Fastenopfer poderá acompanhar a importância dos projetos para às comunidades assistidas pela CPT-PI:“A CPT vai mostrar a importância dos projetos no apoio as lutas pela terra, pela segurança alimentar e ajuda na conquistas do direito a cidadania”, conta o coordenador, acrescentando ainda que a produtiva parceria entre CPT-PI e Fastenopfer é mantida desde 1985.

Brucke Le Ponte

Outra parceira que também fará visita à Comissão Pastoral da Terra Regional Piauí, é a entidade suíça Brucke Le Pont. A organização também financia projetos da CPT-PI em diversos municípios como apoio às lutas pela terra, organização e geração de renda.

Claudia Larcher, representante da Brucke Le Pont, fará o acompanhamento entre os dias 03 e 10 de outubro. O objetivo é fazem uma análise de conjuntura e discutir o projeto trienal 2010/2012 da CPT-PI bem como da própria entidade suíça.

Além disso, a Brucke Le Pont terá a escolha de um representante no Brasil, uma vez que a entidade concentra suas atividades no Estado do Piauí. Também será realizado um encontro com as entidades parceiras e com organizações que pretendam estabelecer parcerias.

Na programação conta: visita ao programa de Geração de Emprego e Renda das Mulheres quebradeiras de Coco em Miguel Alves e reunião técnica com as coordenações das CPTs.

ASCOM
cptpi@velox.com.br

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